No efémero palco da existência, onde as emoções desempenham os seus papéis
intensos, há um momento singular que se desenrola depois da alegria. É como se
a vida, habilidosa dramaturga, conduzisse a sua narrativa através de altos e
baixos, reservando um capítulo especial para a serenidade que segue a efusão de
felicidade.
Nesses instantes, a efervescência do riso cede espaço à melodia mais suave
da contemplação. As palavras festivas dão lugar a um silêncio eloquente, e as
cores vibrantes da celebração desbotam suavemente para tons mais suaves e
introspetivos.
Depois da alegria, emerge uma quietude carregada de reflexão, onde a mente
dança ao compasso de pensamentos serenos. É como se o coração, tendo celebrado
plenamente, buscasse agora a quietude de um repouso merecido. Nas entrelinhas
da existência, percebemos que a verdadeira beleza, muitas vezes se revela no
eco tranquilo que ressoa depois do tumulto festivo.
Neste período de transição, as memórias felizes entrelaçam-se com os sonhos
futuros, criando uma tapeçaria única de experiências e esperanças. À medida que
as emoções se aquietam, a sabedoria insinua-se subtilmente, e a jornada da vida
continua, agora enriquecida pela compreensão de que a alegria é, apenas, um
capítulo em constante movimento no livro da existência.
Assim, depois da alegria, encontramos um espaço sagrado onde a alma respira profundamente, preparando-se para os atos subsequentes desse espetáculo imprevisível chamado vida.
2 comentários:
Todos os dias dou graças por ser actor nesse espectáculo único.
Adoro estar vivo.
Com os momentos mais e os menos, mas vivo.
🌹
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