Fui hoje
ver o “Jogo de Imitação” e dou por muito bem empregue o tempo que passei na
sala onde o vi, pese embora tivesse ido a uma sessão em que ainda havia bons
raios solares para aproveitar.
Trata-se de um filme realizado pelo norueguês Morten Tyldum - o mesmo de "Headhunters- que narra a vida de Alan Turing, o lendário génio da matemática que, ao decifrar os códigos nazis, terá ajudado a Inglaterra a ganhar a guerra.
O elenco conta, entre outros, com os actores Benedict Cumberbatch, Keira Knightley, Matthew Goode e Mark Strong.
Num mundo que considerava a homossexualidade um crime, o protagonista acabaria perseguido pela sua orientação sexual, facto cuja crueldade é, na película, tratado com muita sensibilidade.
Em 1954, dois anos depois de iniciar uma castração química, a que foi obrigado pelo governo inglês para não ir para a prisão, Turing é encontrado morto na sua própria casa. A morte foi classificada como suicídio, embora muitos, como sua mãe, refutem a conclusão.
Em 2009, depois de uma campanha liderada por John Graham-Cumming, o primeiro-ministro Gordon Brown faria um pedido oficial de desculpas em nome do Governo britânico, devido à maneira como Turing foi tratado e finalmente, em 24 de Dezembro de 2013, o matemático receberia o perdão da rainha Isabel II.
Entre muitas outras coisas, os seus estudos serviram para abrir portas a uma das questões mais pertinentes da tecnologia da actualidade: a possibilidade teórica da inteligência artificial.
Mais do que a narrativa histórica, o que me encantou no filme - que pessoalmente considero excelente - foram os retratos que ali são traçados e a evolução que o mundo fez nas seis décadas que se seguiram a todos estes acontecimentos. Era muito pequena nessa altura e vivia num país que não participou directamente no conflito. Mas lembro-me bastante bem da moralidade da época...
Cumbarbatch tem um notabilíssimo desempenho e, sem conseguir explicar porquê, a sensação com que fiquei é a de que a personagem real se não afastará muito do magnetismo daquela que interpreta.
O filme é tão bem feito que pode ter leituras variadas, o que não deixa de ser curioso. Tantas, que a minha, por exemplo, é diversa da do meu filho, num pormenor que faz toda a diferença na caracterização do protagonista e que não refiro aqui para não influenciar quem ainda não tenha visto a película. Se for o caso, vá rapidamente, porque vale mesmo a pena!
Trata-se de um filme realizado pelo norueguês Morten Tyldum - o mesmo de "Headhunters- que narra a vida de Alan Turing, o lendário génio da matemática que, ao decifrar os códigos nazis, terá ajudado a Inglaterra a ganhar a guerra.
O elenco conta, entre outros, com os actores Benedict Cumberbatch, Keira Knightley, Matthew Goode e Mark Strong.
Num mundo que considerava a homossexualidade um crime, o protagonista acabaria perseguido pela sua orientação sexual, facto cuja crueldade é, na película, tratado com muita sensibilidade.
Em 1954, dois anos depois de iniciar uma castração química, a que foi obrigado pelo governo inglês para não ir para a prisão, Turing é encontrado morto na sua própria casa. A morte foi classificada como suicídio, embora muitos, como sua mãe, refutem a conclusão.
Em 2009, depois de uma campanha liderada por John Graham-Cumming, o primeiro-ministro Gordon Brown faria um pedido oficial de desculpas em nome do Governo britânico, devido à maneira como Turing foi tratado e finalmente, em 24 de Dezembro de 2013, o matemático receberia o perdão da rainha Isabel II.
Entre muitas outras coisas, os seus estudos serviram para abrir portas a uma das questões mais pertinentes da tecnologia da actualidade: a possibilidade teórica da inteligência artificial.
Mais do que a narrativa histórica, o que me encantou no filme - que pessoalmente considero excelente - foram os retratos que ali são traçados e a evolução que o mundo fez nas seis décadas que se seguiram a todos estes acontecimentos. Era muito pequena nessa altura e vivia num país que não participou directamente no conflito. Mas lembro-me bastante bem da moralidade da época...
Cumbarbatch tem um notabilíssimo desempenho e, sem conseguir explicar porquê, a sensação com que fiquei é a de que a personagem real se não afastará muito do magnetismo daquela que interpreta.
O filme é tão bem feito que pode ter leituras variadas, o que não deixa de ser curioso. Tantas, que a minha, por exemplo, é diversa da do meu filho, num pormenor que faz toda a diferença na caracterização do protagonista e que não refiro aqui para não influenciar quem ainda não tenha visto a película. Se for o caso, vá rapidamente, porque vale mesmo a pena!
HSC
5 comentários:
Vi o filme e gostei imenso, vale bem a pena ir ao cinema em vez de esperar pelo DVD.
L.L.
Vi o filme e ja fiz o come trio no meu blog. Adorei.
Está na minha lista de "filmes a ver".
Se diz que vale a pena, ainda fico com mais vontade... ;)
Beijinho e até breve (espero...)
Tks a lot.I believe in you.
Excelente.
Miguel
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