Magic in the Moonlight –
entre nós, Magia ao Luar - é o ultimo filme de
Woody Allen e foi realizado no meio do
turbilhão que lhe causou a acusação de abuso sexual feita pela filha adoptiva
de Mia Farrow, sua ex-mulher. Talvez isso explique a necessidade que o
realizador, de 78 anos, terá sentido de fazer uma comédia leve, que vive muito
de ideias e situações recicladas de obras suas anteriores.
Stanley (Colin Firth)
interpreta um falso mágico com talento para desmascarar charlatões, que é
contratado para acabar com a suposta farsa de Sophie (Emma Stone), uma jovem americana de origem humilde a quem são
creditados poderes mediúnicos.
Inicialmente céptico, ele irá
aos poucos começar a duvidar de suas certezas e sentir-se cada vez mais
encantado pela jovem.
O ambiente decorre nos finais dos anos vinte e é um filme sobre magia. A magia a
sério e a magia do amor.
Woody Allen centra a sua história na Côte d'Azur, e volta a especular sobre os seus dois antagónicos
universos. Um movido pela razão, o outro alimentado pela fé.
A acirrada discussão entre racionalidade e religião decorre entre citações a Hobbes, Freud e Nietzsche e a dúvida sobre a natureza da cura de uma doente se dever às preces da família ou à qualificação dos médicos que a atenderam. No caso do filme, a oposição dá-se, ainda, entre a magia como a arte da habilidade, ciência e precisão, que encanta quem quer ser iludido, e a clarividência, vista como arte da dissimulação em que um se vale da ingenuidade e boa fé. A questão afinal é sempre a mesma: Deus existe ou está morto?
O Escorpião de Jade, Scoop - O Grande Furo e este Magia ao Luar são três filmes recentes de Woody Allen que possuem duas carcterísticas em comum. Uma, a de trazerem histórias envolvendo mágica ou ilusionismo. Outra, a de estarem entre os filmes mais fracos deste grande director. Apesar disso, a linha média de qualidade de Allen - que alterna entre filmes óptimos e filmes menos bons -, tem conseguido manter-se sempre uns degraus acima daquilo que se costuma ver nas salas de cinema do circuito comercial.
A acirrada discussão entre racionalidade e religião decorre entre citações a Hobbes, Freud e Nietzsche e a dúvida sobre a natureza da cura de uma doente se dever às preces da família ou à qualificação dos médicos que a atenderam. No caso do filme, a oposição dá-se, ainda, entre a magia como a arte da habilidade, ciência e precisão, que encanta quem quer ser iludido, e a clarividência, vista como arte da dissimulação em que um se vale da ingenuidade e boa fé. A questão afinal é sempre a mesma: Deus existe ou está morto?
O Escorpião de Jade, Scoop - O Grande Furo e este Magia ao Luar são três filmes recentes de Woody Allen que possuem duas carcterísticas em comum. Uma, a de trazerem histórias envolvendo mágica ou ilusionismo. Outra, a de estarem entre os filmes mais fracos deste grande director. Apesar disso, a linha média de qualidade de Allen - que alterna entre filmes óptimos e filmes menos bons -, tem conseguido manter-se sempre uns degraus acima daquilo que se costuma ver nas salas de cinema do circuito comercial.
HSC
19 comentários:
Quero vê-lo. Porque, como diz a Helena, Woody nunca nos desanima no completo. E sou fã do estilo, pronto. Mesmo os filmes mais fracos são bons de ver, têm mensagem, dispõem.
Gostei imenso do escorpião de Jade (2001):) é leve, engraçado e tem os seus quês a requerer interpretação. Além disso aprecio os diálogos, caem-me bem.
Obrigada pela dica
Revisão feita e encontrei
...specular...
...trazefrem...
Face ao seu elogio a minha decisão irrevogável ficou sem efeito.
Sou um orgulhoso irrevogável.Vale sempre a pena voltar atrás com a palavra para as coisas ficarem correctas.
Gralhas
Senhora,saudades de algo doce?
http://youtu.be/o6iMVFwyZdA
Ambrósio
Muito boa analise. Já vi o filme há duas semanas e fiz a crítica no meu blogue. Não sendo Tão bom Como Blue Jasmine, que para mim lhe é muito superior, agrada pela leveza, pela eloquência do diáçogo, a verve dos interlocutores e a ternura dos sentimentos. Gostei.
Magia ao Luar
Seria...se eu fosse o homem arbusto plantado no seu terraço para espantar os olhares alheios.
Seria tão fiel quanto o homem estátua...
Seria o incerto nas horas certas...
Seria o :-) sorriso quando a :-( tristeza quisesse entrar...
Seria o fio sem prumo.
:-)
Não consigo gostar de Woody Allen.
Dito isto, nada a acrescentar.
Ontem é história,amanhã é mistério,e hoje é dádiva,por isso se chama presente.
FT
Ó Anónimo das 16:31
Sendo tanta coisa, essa de ser o fio sem prumo é que me preocupou...
O que faz um fio sem prumo? Voa, perde-se, fina-se!
:-)))
Ambrósio, muito obrigada, mas não tenho saudades de nada doce!
Ó Senhora Dra,é tão bom ás vezes esqueçer o prumo...voar é tão bom.
Perdermo-nos para depois nos encontrarmos...já imaginou?
Finar-se,para depois renascer revigorado?
Isto sim,é magia pura.
É que um fio sem prumo precisa de prumo.Que faço eu aqui senão a busca do prumo?
Os opostos... :-)))
:-)
Quanta honra ser o "seu" revisor.
É a autora que qualquer um sonha...
Gralhas
Senhora,se não tem saudade de algo doce,será de salgado? Ou picante? Ou apimentado? Ou agri-doce?
Tomo a liberdade de satisfazer o seu desejo.É só pedir.
Ambrósio
Anónimo das 18:00
Vá, tente lá a poesia!
Desafio aceite...ufff! Quanta responsabilidade!
Eu vou,mas volto!
:-)))
Anónimo das 18:00h
Senhora,tivesse eu o poder do Espírito Santo e o Ópera seria reservado só para si.
Ambrósio
Senhora Dra Helena,eu penso,penso...e nada de inspiração para poesia.Como posso eu,um sapo das palavras,fazer poesia que é arte digna dos príncipes das palavras?
Sei que vou precisar de uma musa :-),de uma noite estrelada :-),de alguma loucura ,e,claro,magia.
Vou pensar em si e no que me pediu para saber se consigo ter a veleidade de ser poeta.
-:)))
Bom dia Helena!!
já me fizeram rir hoje :):)
Acho imensa graça ao Ambrósio, às respostas da Helena, sempre tão delicadas,com o seu humor saudável!
Fazer rir os outros também é arte, rir faz bem dizem os entendidos!
Tenho pouco sentido de humor, dizem os que me conhecem, mas admiro muito o humor saúdavel, o humor ingénuo que não cria, nos outros mal estar.
Temos que aprender q rir-nos de nós próprios, segundo alguns profissionais.
A Helena têm atributos que muito admiro!
Não só admiro, como tento seguir alguns, com o tempo vou lá...
A sua veia humorista veio da parte paterna ou materna?
No livro, não revela essa parte...
No meu caso, a minha falta de humor veio do lado materno, o meu pai era mais alegre.
Carla
Ó Ambrósio os seus "presentes" já estão a causar ciúmes cá em casa.
Vamos fazer o seguinte:
1. faz-me apenas uma oferta quinzenal e eu digo ao amor da minha vida que ela é natural, dada a circunstância de eu ser uma mulher muito especial.
2. passa a escrever youtube sem um ponto no meio.
3. Combinados?
Senhora,quem terá ciúmes de um simples chauffeur?
1- O seu desejo é uma ordem.E é sem dúvida muito especial.
2- Eu apenas copiei e colei o link.
3 - Com todo o respeito,sim Senhora!
Ambrósio
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