"...Lévy
é um filósofo de algum mérito, com uma expressão mediática constante, uma
exagerada exposição da sua figura física e do seu verbo. Veste-se daquilo que
os brasileiros qualificam de "esporte fino", isto é, bons fatos com
camisa branca aberta até ao terceiro botão, a mostrar o peito, cabelo ondulado
e esvoaçante graças à eficácia da laca. Lá o vi, há semanas, no
"Flore", em Paris, preponderando numa corte de admiradores..."
Este excerto sobre Bernard Henri Levy que retirei de um post
mais longo do blog de Francisco Seixas da Costa -
duas-ou-tres.blogspot.pt - é um fiel retrato do mediático filósofo Bernard
Henri Levy, mais conhecido por BHL, que tive oportunidade de conhecer em Paris,
há alguns anos.
Para completar a fotografia vale a pena acrescentar que é judeu, rico e casado, há muito tempo, com a mesma mulher, uma bela actriz francesa - Arielle Dombasle - o que,
convenhamos, lhe dá, também, uma aura especial!
HSC
2 comentários:
Pertence aos bobos parisiens e ao círculo académico-jornalístico que se alimenta mutuamente. Vaidoso, não perde uma oportunidade de aparecer sempre que uma crise internacional espreita a reclamar a responsabilidade messiânica da França intervir. Por cá também temos os equivalentes correspondentes em doses bastantes de ego a quem os média dão espaço e holofotes q.b.
sempre foi um assunto muito querido dos franceses, o intelectual e a politica, rousseau, montesquieu, victor hugo, camus, sartre, senghor, mauriac,malraux, regis debray, bhl, etc, lista interminavel, catolicos, ateus, comunistas, de direita ou não, trotskistas ou gaullistas, ou seja, os intelectuais e a politica, e em intelectuais entra muito, filósofos, romancistas, poetas, ensaistas, professores disto ou daquilo, devem eles envolver-se com a politica? tem o dever de agir assim, intrometer-se nesse campo passando mesmo à acção? ou terão o direito de se alhear, ignorar a situação politica dos seus concidadãos ou doutros? nos ultimos 50 anos foram publicados em frança vários livros + ou - com este nome, os intelectuais e a politica,ou titulo parecido, tambem do tipo a morte dos intelectuais, alguns foram best seller.
sartre andou por cá com a simone logo a seguir ao 25a, outros andaram pelo chile de allende, por cuba.
pois bem, será uma forma de fazer politica e intervir sem ser dentro dum partido nem ser ministro nem maire, nem ir a eleições, mas através de ideias e principios que teorizam, defendem, e se tiverem a possibilidade de influenciar politicos como este bhl com sarkozi apontando para a libia...
pois o denhor bhl sentirá se seguro, influente, estrela, e até o é, parece que tem um livro de investigação sobre a morte, rapto e assassinato, do jornalista americano daniel pearl interessante.
pois nós aqui temos algo parecido mas em menor escala, manuel carrilho, viegas, mas não são bem o mesmo, vários tivémos durante a ditadura salazarista, urbano t rodrigues, lindley cintra, pois ir a kiev à praça da liberdade arengar como parece que fez bhl até é interessante, há por ali vocação a uma causa politica, humanista, claro, deve existir uma grande dose de narcisismo dentro do sr bhl, mas então, se ele até influencia presidentes não sendo um politico profissional, pois que continue, tem o seu papel, onde está um bhl português que influencie coelho ou cavaco? etc
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