![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9D8FWOzs0kcKiWOlyw5QSHXN2JbwHRV16P-4GL_FmSr5ReWkOkKqU_pz_2shkRcWrXWcOukodVnWa7NS1le6TNZOJTFTnCMoiDUhI1RImX0COq4Ko4xaUXM-AGjGpItH2PLPATyRCM3n-/s280/Passos+Coelho.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhodXmbk4S2COoEls11UJmUip6nFOpO9GXPEntK6IBrf9r178L1F2EBS2mJHCA38QRS3tILZ419HUC09CvcL_ISuxpmP2hYHjAW2miG7E3UVmWgBWtsOhmGa15bN4XGtViCdTiS2sD2bpp6/s400/Cavaco+1.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEij8RKxtRT8DMPZCCKPLWyg4AViItrQVoHiIy3YmLBkpf-X6pcVhvVTxr9NKA9H-jQVYhX3v5AymOLGI29IhGdyLgtfL7BKls8HEJ3ozK2hyphenhyphenCkEIt9vJLeMWAWC88DHPiEGBoZoyB2ReIwI/s280/DuraoBarroso.jpg)
Andei o dia todo num virote, alheada das coisas importantes da vida - o mundo, a Grécia e nós - e dedicando-me, apenas, ao novo programa Moeda de Troika em que vou participar na RTP Informação.
Cheguei a casa já mais morta que viva, liguei a caixa mágica e, de supetão, sai-me uma voz conhecida, num inflamado discurso em francês. Cansada como estava, ainda pensei que seria algo sobre DSK, que continua a ser tema para todas as inflamações.
Nada disso. Era o nosso "cherne" de águas profundas, que emergira e se transformara num Neptuno armado de Tridente.
Não queria acreditar. Só podia ser um clone, a quem haviam encarregado de incarnar o reverso do discurso habitual, cujo tom sereno reflecte a tranquilidade dos que têm o futuro assegurado.
Mas o pasmo não ficou por aqui. Portugal mostrava-se ao mundo, no mesmo dia, no discurso de Cavaco Silva. Ou melhor, na lição de economia e finanças, proferida pelo Professor, que aqui e ali, foi esclarecendo aquilo que, para nossa surpresa, disse não ter sabido a tempo. O que é estranho, porque algumas delas eu sabia, que sou colega de ofício, mas de menor nível. Confesso, apesar de tudo, que como primeiro discurso institucional do segundo mandato, ainda deu alguns recados. Não os que eu gostaria de lhe ouvir, mas os que ele entendeu deviam ser dados.
Quando o fim da noite se aproximava e os meus olhos pesavam, a voz de Passos Coelho arrebitou-me um pouco, mas o que proferiu já me apanhou a ir para os braços do Morfeu. Pareceu-me, todavia, que se recriminava por, no passado, ter falado demais. Não garanto, mas fiquei com esta ideia que, em política, não é propriamente nova.
E, já meio ensonada, pensei que esta semana teria sido a ideal para a estreia da Moeda de Troika, com tanto palreio para nos entreter...
HSC