domingo, 4 de setembro de 2011

Inesperado Tango


Este tango em verso foi dedicado a duas Helenas. Uma sou eu. A outra é linda e, como eu, gosta de tango. Sabendo disso ERA UMA VEZ, uma deliciosa comentadora poeta, deixou-nos este presente, num blogue lá para os lados do Tibete, onde sedia Timtim, que o publicou. Por tudo isto, não resisti e partilhei-o convosco.
É como se estivesse a dançá-lo. Nem mais!

"Olhar-te
e ver crescer um fogo nos teus olhos
enquanto serpenteias no meu corpo
lutar
sentir
amar
rodopiar
trair
sempre em movimento
e
um resto de mim a resistir
e outro resto de mim a deixar-se ir

e a música comanda
o sentimento
e a luta que prossegue
é guerra aberta
desenho no chão com o salto do sapato
a indecisão da vida
da vida ao desbarato
talvez não seja nada
talvez seja paixão
sinto-me tonta
vermelho e negro
só vejo
vermelho e negro

depois deste cansaço
sei lá o que se segue
que seja o céu a decidir

e a alma a deixar-se ir e a alma a deixar-se ir..."


Apenas lhe acrecentei "...e o corpo a decidir".
Obrigada pela parte que me toca!

HSC

4 comentários:

  1. Oh Helena, tive a mesma ideia! mas a minha amiga é rapidissima em respostas. Resta-me agradecer-lhe a si e à amiga ERA UMA VEZ a vossa infinita generosidade e simpatia.

    A imagem ilustra perfeitamente o "corpo a decidir" com musica da autoria de ERA UMA VEZ...

    Bem hajam!

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  2. Obrigada pelas suas palavras.
    O Tango tem destas coisas. É o chamado Fogo Posto.

    ...e o "corpo a decidir"
    é isso, às vezes tem vida própria...
    Bem haja!

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  3. Eh... Sim senhor minhas caras senhoras , isto vai bonito...

    só mais um bocadinho de veneno

    Posso?...
    ( diz o cavalheiro com restias de caballero)
    Oh, pffff...Pronto estragou tudo com a pergunta.

    E o corpo a decidir não decidir, ficamos por aqui , até porque entretanto a musica acabou...

    Mas os anteriores posicionamentos corporais, aiii...
    Tenham paciência, mas ainda não foi desta, talvez no próximo tango...

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  4. Dou-te a minha mão
    Prendes os meus dedos nos teus
    E nesse entrelaçar que nos liberta
    Uma dança fazemos.

    Sentes este tango, que te percorre os dedos?
    Entrego-te a minha boca
    Nos teus lábios amordaças os meus
    E nesse beijo que nos incendeia
    Uma sombra abatemos.

    Porque sinto o Sol a percorrer-me o corpo, sem medos?
    A ti me dou, em forma de palavras
    Para que nos teus sentires, despertes os meus
    E nessa paixão que nos enlaça
    Um poema satisfazemos.

    Um poema...
    Este poema mágico, que sentimos dentro de nós
    As tuas palavras, com que saboreias a minha alma...


    :-)))


    Um abraço

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