quarta-feira, 7 de julho de 2010

A silly season

Quem se dedique a olhar os jornais ou a ver e ouvir os noticiários tem três opções: o futebol, o filho de Cristiano Ronaldo ou a telenovela da Vivo. Tudo questões importantes em tempos conturbados. Entretanto, o PM inaugura uns resquícios de coisa nenhuma, os líderes partidários lançam os apelos característicos do fim de estação política - vulgo saldos - e... a crise segue dentro de instantes. O pessoal, sem dinheiro, paga férias antecipadas na Marsans e fica sem elas e sem ele... Tudo próprio de um país em desenvolvimento.
Em Outubro o pessoal vai compreender que lhe entraram fortemente no bolso, mas como vem logo a seguir o Natal, encosta à box e diz que vai pensar no assunto em Janeiro. Excepto aqueles que, como eu, passam todos os meses recibos verdes e que vêem a receita depreciada e o imposto aumentado. Logo há que fazer contas e ver se não valerá a pena trabalhar menos.
No meu caso, volto talvez, quem sabe, às explicações porque aí não há tributação na fonte e filhos pouco estudiosos a precisarem de ajuda nunca faltaram no país. Nem sei se diga (in)felizmente...
É assim a silly season em tempos de crise!

HSC

4 comentários:

Lura do Grilo disse...

Cara Helena

O FISCO mudou de nome! Agora é mais solidário e toma o nome de CONFISCO.

Boas Férias

Helena Sacadura Cabral disse...

Meu caro Lura e quem é que pode dar-se ao luxo de fazer férias tendo sido confiscada no dobro do que esperava ser?!
Isso é bpm para os que não pagam impostos...

Anónimo disse...

E quem como eu, presentemente, costuma acordar com a leitura do noticiário e/ou dos titulos da imprensa, o que sente mesmo é vontade de já nem abrir os olhos ou abri-los, fazer a mala e sair porta fora de encontro a um qualquer paraiso onde reine o silêncio dos...humanos!
Helena

L. disse...

Engraçado mesmo é continuarem com os rendimentos mínimos e os pouco claros subsídios de desemprego face à duração da situação de desempregado enquanto, por outro lado, fazem um saque ao contribuinte que trabalha todos os dias. Mas porque razão plausível os desempregados e os beneficiários do r.s.i. não são inseridos obrigatoriamente em cursos de formação ou/e em trabalho útil pelas 'capelinhas' do Estado?
Devo ser muito burra, porque eu não compreendo esta, digamos... política!