sexta-feira, 28 de junho de 2024

SER OU TER

As questões de "ser" e "ter" são amplamente debatidas em contextos filosóficos, psicológicos e culturais, e podem ser abordadas de várias maneiras. Aqui estão alguns pontos de vista sobre esta questão:

Filosófico

  • Existencialismo: Filósofos existencialistas como Jean-Paul Sartre, argumentam que "ser" é mais importante que "ter". Enfatizam a autenticidade e a essência da existência, sugerindo que a verdadeira realização vem de "ser" verdadeiro consigo mesmo e com os outros, em vez de "ter" posses materiais.
  • Materialismo: Por outro lado, filosofias materialistas podem argumentar que "ter" é fundamental para a sobrevivência e o bem-estar. Possuir recursos e bens materiais é necessário para satisfazer necessidades básicas e proporcionar segurança.

Psicológico

  • Teoria das Necessidades de Maslow: Abraham Maslow sugere que as necessidades humanas são hierárquicas. As necessidades de "ter" (como segurança, abrigo e alimentação) devem ser satisfeitas antes de que uma pessoa se possa focar no "ser" (como auto atualização e realização pessoal).
  • Psicologia Positiva: Estudos mostram que experiências e relacionamentos (aspetos do "ser") trazem felicidade mais duradoura do que posses materiais ("ter"). A busca por significado e conexões interpessoais é vista como mais gratificante a longo prazo.

Cultural

  • Valores Ocidentais vs. Orientais: Culturas ocidentais frequentemente enfatizam o "ter" como um sinal de sucesso e status social. Em contraste, muitas culturas orientais podem colocar mais ênfase no "ser" – na harmonia, na meditação, e na realização espiritual.
  • Minimalismo: Movimentos modernos como o minimalismo promovem a ideia de que "ter" menos pode levar a um "ser" mais pleno e significativo. Argumentam que a desordem material pode distrair das verdadeiras prioridades da vida.

Conclusão                                                                                                                                  A resposta à questão "ser ou ter" pode variar amplamente dependendo do contexto e da perspetiva individual. No entanto, muitas vezes, é um equilíbrio entre ambos que leva a uma vida satisfatória e significativa. Ter o suficiente para atender às necessidades básicas é essencial, mas ser autêntico, buscar realização pessoal e construir relacionamentos significativos são igualmente importantes para o bem-estar geral.

1 comentário:

Pedro Coimbra disse...

Olhe que aqui no Oriente o ter é cada vez mais importante.
Macau, Hong Kong, China (Continente) cada vez mais valorizam o ter.
Ad nauseam.