sábado, 4 de maio de 2019

A inteligência e o humor



Sempre fui sensível à inteligência e ao sentido do humor. Continuo a sê-lo. Hoje li um texto que explica um pouco a ligação entre aquelas duas qualidades, e que tento resumir de seguida.
Pesquisadores na Áustria descobriram recentemente que as pessoas divertidas – especialmente as pessoas com sentido de humor negro – têm um QI mais alto do que as menos divertidas. Argumentam que são necessárias bastantes habilidades cognitivas e emocionais para processar e produzir humor. A análise mostra que pessoas engraçadas também têm maior inteligência verbal e não verbal e obtêm melhores resultados em testes de agressividade ou de perturbação de humor.
Além das pessoas engraçadas serem inteligentes, também são mais agradáveis de ter como companhia. Evidências até já sugeriram que ter um bom sentido de humor está ligado a ter inteligência emocional, o que é uma qualidade muito desejável num parceiro.
Psicólogos evolucionistas descrevem o senso de humor como uma característica hereditária, que está ligada a uma mente saudável e agilidade intelectual importantes para um possível parceiro no futuro. Estudos de atração mostram que tanto homens como mulheres, avaliam as pessoas engraçadas como mais atraentes e citam o bom sentido de humor como um dos principais traços de um companheiro a longo prazo.
Ter uma visão humorística de vida também é uma boa forma de ajudar as pessoas a gerir melhor o stresse e a adversidade, já que estilos de humor mais negativos, como sarcasmo, escárnio e humor auto-destrutivo não oferecem qualquer benefício. Na realidade, tal tipo de atitude tende a afastar as pessoas, que são normalmente associadas a gente depressiva e até agressiva.
A neurobiologia mostra que rir leva a mudanças cerebrais que podem explicar a relação entre senso de humor e inteligência. Estudos apontam que ter experiências com estados emocionais positivos como alegria, diversão e felicidade aumenta a produção de dopamina no cérebro. Esta hormona não só faz as pessoas sentirem-se bem, como abre caminhos de aprendizagem no cérebro, que permitem e mantêm mais conexões neurais. Como resultado, as pessoas tornam-se mais flexíveis, criativas e melhores a solucionar problemas.
Depois da leitura do artigo, lembrei-me duma frase de Albert Einstein que atribuía o seu brilhantismo, ao facto de ter um sentido de humor parecido ao de uma criança. Era muito capaz de ter razão!

HSC

1 comentário:

Maria Eugénia disse...

Concordo e acho imprescindível para uma relação qualquer, funcionar. Se nós soubermos rir de nós próprios, melhor ainda.
Mas cuidado, não exageremos, é preciso ter alguns cuidados para saber exatamente que momentos são esses,para não nos tornarmos "bobos da corte".
Bj da Maria do Porto