A política na Europa tornou-se imprevisível. Espanha, Austria, Inglaterra, Itália e em breve a França deram cabo de todas as sondagens feitas para eventos politico eleitorais. O que mostra uma de duas: ou as agências não percebem nada do que fazem, ou a realidade ultrapassa, em muito, as bases em que aquelas assentam. De facto, o desacerto tem sido excessivo.
Parando um pouco para olhar o mundo, vemos que a América não vai melhor e o Oriente é um potencial foco de infecção. Isto para não falar já das complicações de Moçambique, do anuncio da retirada de José Eduardo dos Santos em Angola, do Brasil ou de Cuba.
Levámos oito dias a acompanhar a subida aos ceus de Fidel de Castro, com votos de louvor na Assembleia da Republica, cujos deputados, dada a sua tenra idade, não devem perceber bem que Fidel teria todo o direito a estas homenagens se tem morrido em 1959. Mas como faleceu em 2016, nem sei como as classificar... É este o surpreendente mundo novo em que vivemos!
HSC
8 comentários:
Há aí um pequeno desacerto no seu post, D. Helena: os maiores e mais fortes louvores partiram dos deputados do PCP, que, na sua maioria, não são assim tão tenros de idade.
"a subida aos céus de Fidel" é um eufemismo, certo? Assim como que uma força de expressão.
Caro Anónimo das 16:28
Não diga isso. A média de idades do PCP rejuvenesceu bastante, Até ja têm no Comité Central uma jovem estudante.
E o BE, também cheio de juventude, que eu saiba, não se absteve na votação.
Os louvores dos deputados têm tanto valor quanto a máscara que adoptam na Assembleia. Aí não há direito de opinião. Todos gostam do mesmo, saúdam o mesmo, opinam o mesmo e atacam o mesmo. E isto tanto serve para uns como para outros. O do PAN tem atenuantes.
A subestimação da juventude tem sido um dos principais erros de alguns quadrantes da sociedade.
Essa jovem estudante é uma novidade deste fim de semana, coisinha fresca, que ainda nem o creme para o acne descobriu, quanto mais quem foi Fidel Castro. Ainda não é um dos tais doutos deputados com obrigação de saber o que aconteceu em Cuba entre 1959 e 2016.
O BE lá foi dizendo que, sim senhor, foi um grande homem, que cometeu alguns erros. Vamos todos repetir em conjunto: alguns erros.
É a hipocrisia política dos velhos e a ignorância dos novos!
Um dia o marido de uma colega, em conversa de café onde eu estava fazia a apologia da política de Fidel, ainda ele governava. Eu que gosto dos pontos nos iii perguntei-lhe serenamente: diga lá, gostava que a sua filha fizesse vida em Cuba, como mera cubana? Resposta zero e mudança de assunto!
Ainda outra de outro simpatizante de foice e martelo ao peito, mas com o qual eu tinha certo avontade,já que fomos da mesma comissão de pais da escola dos nossos filhos quando pequenos e perante o elogio da personalidade em questão, eu perguntei-lhe: Ó xxx, se nós tivéssemos um regime como o do Fidel, já viu que ia ter que partilhar a sua piscina com toda a gente do nosso bairro?! ... Silêncio sepulcral. Eu rematei: sabe eu não, eu quero a minha só para mim!
Estávamos lá para o princípio dos anos 80...
Anónimo das 16:30
É o meu sentido do humor...
Agrada-me a ideia da subida de Fidel ao etéreo !
Enviar um comentário