Ao sétimo dia, o Presidente falou. E fe-lo para lembrar lembrar que o preço a pagar por uma crise política, neste momento, seria "muito, muito elevado". Aconselha, por isso, "serenidade" aos vários actores políticos - a mensagem segue em várias direcções - e esclarece que, naquilo que depender de Belém, não haverá eleições antecipadas. Antes de mais, porque não encontra em Portugal um funcionamento das instituições nem mais nem menos regular que na generalidade dos países europeus.
Perante esse cenário, o PCP
foi o primeiro a avançar, ao pedir uma audiência ao Presidente da República
para levar a mensagem de que estaria em causa o regular funcionamento das
instituições de soberania.
Para os que falavam em clima
irrespirável entre os vários órgãos de soberania, o Presidente deixou o recado:
"Se alguém pensa que está a pressionar-me, é melhor desistir, porque eu
não cedo a nenhumas pressões venham elas de onde vierem, eu guio-me
exclusivamente por aquilo que considero o superior interesse nacional". E
garantiu que não será ele a fazer uso da bomba atómica.
"O Presidente da
República nunca irá fazer qualquer ingerência" no espaço de acção dos
partidos, até porque o executivo "responde politicamente perante a
Assembleia da República".
A alternativa, dissolver a
Assembleia - essa, sim, função do PR - é um cenário fora de questão. Numa
palavra, eleições antes de tempo, nem pela mão do Presidente, nem (espera
Cavaco) por iniciativa do governo.
Sobre
a origem do actual momento político - o chumbo do TC -, Cavaco Silva não fala,
"por respeito pelo principio constitucional da separação de poderes".
Se alguém pensava que o Presidente, no meio de uma crise no maior partido da oposição iria tomar a iniciativa de dizer mais do que disse, não conhece o Presidente nem a interpretação que ele faz do seu papel...
HSC
6 comentários:
Exma. Senhora,
Que grande produção dominical.
Diria, que, está tão "pelos cabelos" como eu.
Desejo-lhe um almoço reconfortante!
ah ah ah ...ao sétimo dia!!!...
Com um Presidente que se tem mostrado tão frágil em determinadas circunstâncias, tudo se pode esperar, desde que não interfira com a sua simpatia partidária.
Ainda bem que Cavaco Silva não ser ele a usar a bomba atómica. Temo que nem com uma bomba nuclear o Presidente acerte ... em coisa nenhuma.
Com todo o respeito, apresento os meus cumprimentos, estimada Helena.
sugiro 'o que se diz por cá (5)'
http://expresso.sapo.pt/contrasemantica=s25734
Cumprimentos
Tem graça a sua forma de separar facções...
Andam. os ditos políticos, a mostrarem o que na realidade são, uns grandes imaturos e sem o mínimo de consciência do que é ser cidadão consciente e responsável.
O Presidente foi a cereja no topo do bolo - país triste de se viver, mas há que dar graças pois ele é lindo, o povo simpático e o clima optimo...
Um abraço amigo, Zia
ah ah ah. cabelo verde?!
Copiou a Maria José Valério e é do Sporting,ou então está verde das trapalhadas da política?!
Linda cor,fica lindo!
ah ah ah ...
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