segunda-feira, 29 de março de 2010

A nova solidariedade

Os líderes europeus concordaram, na semana que passou, com um mecanismo de empréstimos bilaterais à Grécia. Para testar o valor deste balão de oxigénio, o governo do Senhor Papandreou vai fazer uma nova emissão de dívida pública, através da qual espera encaixar 5 mil milhões dos 15 mil milhões de euros de que necessita até final de Maio. O que representa quase o mesmo valor da dívida vendida no primeiro trimestre de 2010.
As incertezas sobre este mecanismo - o pacote de ajuda da União Europeia - são, ainda, grandes, pelo que, só após se verem os resultados desta nova emissão helénica, se poderá saber qual a reacção dos mercados.
Na última sexta feira a Europa, com o apoio do Banco Central Europeu, concordou no prolongamento das medidas de emergência para a Grécia, permitindo-lhe que obrigações soberanas de rating até BBB- funcionem como garantia junto do Banco Central.
Eu, pessoalmente, senti um calafrio. Porque me perguntei como irá funcionar a nova solidariedade europeia, quando chegar a vez de Espanha e Portugal...

HSC

3 comentários:

Anónimo disse...

Se se tivessem tomado as medidas – realmente - necessárias, era capaz de acreditar na luz ao fundo do túnel aqui no nosso “cantinho à beira mar plantado”. Como não foi o caso, comungo do seu receio de um calafrio, um dia destes. É que estimular uma economia não é o mesmo que “agredir” contribuintes, quer singulares, quer colectivos e menos ainda permitir que “alguns” fiquem de fora da factura a pagar.
P.Rufino

causa vossa disse...

Todos os dias procuro uma notícia e um sinal que nos redima e nos dê esperança. Em vão! E é todo os dias por coisas como esta
http://causavossa.blogspot.com/2010/03/valenca-do-minho-e-o-estado-besta.html e http://causavossa.blogspot.com/2010/03/greve-dos-enfermeiros-e-greve-das.html.

Lura do Grilo disse...

A emissão da dívida foi um fracasso rotundo.

A Grécia é pequena em relação a Espanha. Vai ser uma hecatombe.

O UK também está nas lonas mas as impressoras rolam à doida.

Falhou o socialismo financeiro.