quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Inês Pedrosa

Gosto da Inês. Das suas múltiplas capacidades. Do que escreve. Da fidelidade aos amigos.
Mas falo hoje aqui dela porque a acção que tem desenvolvido na Casa Fernando Pessoa é digna dos maiores elogios. Inês Pedrosa conseguiu torná-la um centro permanente de actividade cultural, sem alarde pessoal e sem descurar os compromissos que mantinha anteriormente.
Ela venceu - já - onde outros soçobraram. E conseguiu colocar no mapa geográfico de Campo de Ourique, um polo de atracção pelas artes e pelas letras. Tudo com muito poucos meios e uma criatividade prodigiosa. Merece a nossa admiração e, sobretudo, o nosso respeito!
Parabéns, amiga!

H.S.C

4 comentários:

CNS disse...

Uma Mulher admirável. Tal como a sua escrita.

carolina disse...

Das coisas que me dão prazer conversar está entre as primeiras, conversar numa mesa de amigos é maravilhoso, mas desde sempre tive um lado de lobo solitário que se vai acentuando com os anos, talvez por isso leio quase compulsivamente, e, crio laços de intimidade com os autores dos livros que leio sinto com muitos deles uma empatia como se fossemos verdadeiros amigos. Pois, isto para dizer que li este e outro post deste Blog sobre a Inês Pedrosa e, despertou em mim a ternura e gratidão que devo a Inês Pedrosa, pelo seu livro "Fazes-me falta" que li depois de ter sentido a morte em mim, pela morte da minha Mãe. Quando o li soube que ela sabia do que eu estava a sentir e eu sabia do que ela estava a escrever... Obrigado Inês Pedrosa... pela companhia que nos fez, somos três irmãs, todas a lemos na mesma altura e hoje quando vemos um livro seu, entreolhamo-nos e recordamos aquele misto de dor e ternura que nos uniu á volta daquela leitura..

Helena Oneto disse...

"Nesse Céu onde o olhar"

"Este livro foi sonhado como uma muralha contra a morte.....

...A ideia da fotobiografia descontraiu-o, não tanto por se tratar de um livro sobre ele, mas sobretudo porque era um livro que ele ainda podia fazer. Com o rigor cirúrgico que punha em tudo o que escrevia -por isso é que não escreveu mais, preferia torturar-se por não escrever do que infligir aos outros e à sua imagem de si a maçada da redundância.
E ofereceu-me, em conjunto com o nosso comum amigo e editor, a realização dest livro, numa profissão de fé
que, mais do que honrar-me, me comoveu desmedidamente. E que eu gostava muito do Zé Cardoso Pires, mas nunca lho disse. Gostava tanto dele como dos seus livros, o que quase nunca se pode dizer de um escritor."

de Inês Pedrosa em "José Cardoso Pires, fotobiografia" Publicações Dom Quixote.

Helena Oneto disse...

Apercebo-me, agora, que o meu comentario ficou incompleto. Citei o livro que Inês Pedrosa (que não tenho o prazer de conhecer) dedicou a JCP, para dizer que o Zé também gostava muito dela.