quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Nada de especial...


Vejam este impressionante vídeo em ecrã grande para terem a noção do que este trabalho representa. Ao técnico que nele vemos, alguém terá perguntado o que ele fizera nesse dia. A resposta foi "nada de especial, apenas mudei uma lâmpada"!

HSC

Agosto já era!


Sempre fiquei em Lisboa no mês de Agosto. Ou antes, para ser verdadeira, desde que os filhos passaram a fazer as férias com os amigos. E deliciava-me com uma capital redimensionada, onde desde as esplanadas até aos estacionamentos tinham  sempre um lugar à minha espera.
Pois bem, essa oportunidade foi à vida. Há uns dias fui ao Chiado e tive a sensação de mergulhar numa Europa de chinela, onde ser nacional ou lisboeta, era crime de lesa pátria. Com efeito, entrei num estabelecimento para beber um café e o empregado pareceu não entender o pedido que, feito em inglês, teve honras de primazia. Saí esbaforida e dei com uma jovem contorcionista que pretendia fazer a dança do varão sem o dito. Confesso que ainda parei uns segundos, sem bem acreditar no que via. Quando reagi e dei uns passos, esbarrei com um outro artista, tocador de pífaro, que tinha um cão a solicitar o nosso contributo financeiro para a carreira do dono. Um pouco atordoada com tanta diversidade, decidi que o melhor era mesmo entrar numa loja e ficar a ver passar,não a banda, mas a onda turística que avassalou o meu pequeno mundo. E, economista que sou, lembrei-me dos velhos mestres, Keynes e Adam Smith, que certamente reveriam uma boa parte das suas posições se pudessem, agora, estar entre nós.
Ia entrar num solilóquio sobre os efeitos da globalização. Mas aqui as minhas "celulazinhas cinzentas", que não são como as do Poirot, já haviam fundido. Eu já não estava em condições de pensar o que quer que fosse. Só queria mesmo era sair daquelas ondas e vir para casa. Levei 24 horas a recompor-me para ser capaz de escrever estas linhas e de perceber que, para o bem e para o mal, o meu Agosto, aquele pelo qual esperava, esse... já era!

HSC

domingo, 28 de agosto de 2016

Os Anónimos


Proliferam na net uma vaga de "anónimos" que não tendo blog próprio, ou não querendo assumir responsabilidades pelo que escrevem, se aproveitam do manto diáfano do anonimato, para vir bolsar nos outros blogues que tal lhe permitem, aquilo que não são capazes de dizer ou escrever, identificando-se.
Até aqui vim tolerando esse tipo de comportamento. Não foi o mais certo. Por isso, a partir do dia 21 de Agosto último, os ditos passaram a ser excluídos deste blog. Poderei perder leitores. Mas os que ficarem são aqueles que valem a pena. A vida é feita de escolhas. A que considero, neste momento, como a mais acertada é esta. Aqui fica a explicação da medida!

HSC

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

O passar responsabilidades


Leio que a ”medida-chave contra incêndios é facultativa". Leio de novo para ver se percebi. Trata-se do destino a dar às terras abandonadas, cujo mato nunca é limpo, e que nesta época são sempre potenciais focos de incêndios florestais. 
Capoulas Santos falou sobre o tema, no fundo, para publicamente dizer que os municípios que vierem a assumir voluntariamente a posse da floresta sem dono, deverão fazê-lo de forma voluntária e tendo a capacidade de gerir esses perímetros florestais.
Como era de esperar houve logo quem se demarcasse dessa possibilidade. Quem? Claro que foram os três autarcas das áreas mais martirizadas pelos fogos deste ano - Arcos de Valdevez, São Pedro do Sul e Arouca. Alegando, como se esperava, não ter capacidade para assumir tal responsabilidade...
Este permanente "passa - responsabilidades" do poder central para o autárquico e do autárquico para o central é, depois de tudo o que se passou, absolutamente inaceitável.
E a ideia de que tal responsabilidade possa ser facultativa – e não o são, afinal, todas aquelas que o poder autárquico vem exercendo?! – é que me tira do sério e me leva a crer que, para o ano, voltaremos a estar, mais uma vez, impotentes perante a repetição desta tragédia que é o resultado da irresponsabilidade, da incompetência e do laxismo de quem tem a obrigação de, no mínimo tentar, com seriedade, combater este drama sazonal.
Muito se falou, também, sobre um eventual aumento das penas dos incendiários, como se isso fizesse dissuadir pessoas com falta de tudo o que é racional, inclusive, em muitos casos, do próprio  equilíbrio mental.
É aos políticos deste país que se têm de pedir responsabilidades por não alterarem as políticas de gestão florestal, as políticas de prevenção contra incêndios florestais e as políticas de combate a esses mesmos incêndios. Se isso tivesse sido feito, decerto não teríamos tido metade do país a arder. Marcelo prometeu acompanhar este assunto de perto. Oxalá o faça!

HSC 

Nota: hoje há Agenda de Sabores

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Uma dádiva!


Se ser velho é produzir isto, então não posso deixar de dizer "abençoados estes velhos" que enchem a nossa alma! Para quem, como eu, gosta deste género de música, trata-se de uma dádiva ouvi-la!

HSC

Decoro?!


O ano passado esta cimeira incluiria o Primeiro-Ministro inglês. Mas como os eleitores ingleses já disseram o que pensam de todo este disparate, os verdadeiros governantes da Europa passaram a reunir-se a três, deixando naturalmente os países servos de fora. E estes três estarolas acham que a solução para o Brexit é mais integração, ou seja, ainda maior domínio dos Estados pequenos pelos grandes, uma vez que estas cimeiras deixam claramente perceber que as instituições comunitárias não passam de um verbo de encher, já que estes países e só estes é que mandam na Europa.

Esperava-se que a saída do Reino Unido fizesse esta gente ter um pouco mais de decoro. Mas afinal parece que se lhes aplica a frase que Talleyrand disse dos Bourbon: "Não aprenderam nada nem esqueceram nada!". É assim inevitável que ao Brexit venham a seguir-se muitos outros "exit". No fim, a Europa dos 27 deve acabar por ser a Europa dos 3. Na realidade, nunca foi outra coisa.

                            Menezes Leitão em Delito de Opinião

Para aprender é preciso querer. E ter capacidade para tal. Cada um destes senhores só quer pensar em si próprio e vá lá de vez em quando no país. Agora reúnem-se em triunvirato e decidem sobre a Europa dos pequeninos. 
E depois admiram-se de ver Sarkozy anunciar a sua candidatura, que sendo má, não pode ser pior do que a de Hollande tem sido e que deixa a França num dos seus piores momentos!

HSC

domingo, 21 de agosto de 2016

Os cintos de segurança


1. A trapalhada com que o caso da Caixa Geral dos Depósitos foi gerido, tornou-se algo de profundamente lamentável. Para além de nos virem relembrar, do exterior, que não estávamos a cumprir a nossa própria legislação, dos nomes apresentados uns foram chumbados e outros para poderem ser aceites teriam que frequentar um curso de gestão bancária. Por outro lado, a António Domingues só é possível acumular a presidência do Conselho de Administração e da Comissão Executiva, durante seis meses. E, claro, como já aqui fora dito, no futuro terá de haver mulheres na administração.
Leonor Beleza, como seria de esperar já fez saber que não poderão contar com ela. Pergunto o que farão os restantes convidados, perante quem convidou sem, afinal, ter o prévio aval de quem manda?!
2. A economia no segundo trimestre só cresceu 0,2%, e a única agência, canadiana, que até agora, tem garantido notação positiva à nossa dívida pública, começa a dar sinais de que olha com grande apreensão o estado da economia portuguesa, onde o indicador de actividade económica voltou, em Junho, a cair e as contas externas do país atingiram um défice no primeiro semestre, quase 20 vezes superior ao do período homólogo do ano passado. 
Lembram-se de eu ter escrito aqui, há dias, que aquilo que mais me preocupava e de que ninguém parecia interessado em falar, era o Orçamento de 2017? Pois bem, em minha opinião, avizinha-se um semestre com muita turbulência, que exige, à cautela, o uso de cintos de segurança bem apertados!

HSC

Nota. A partir de hoje os comentários anónimos não serão aceites. Quem quiser faz post's nos blogues próprios ou então identifica-se, se quiser dialogar aqui. 

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

A mesma cartilha...

O dirigente e deputado do CDS-PP, Hélder Amaral, disse, em Luanda, que aquela força política portuguesa está muito mais próxima do MPLA, partido no poder em Angola, e agora com "muitos mais pontos em comum".
Por seu lado, Carlos César, líder parlamentar da bancada socialista em São Bento, discursando como convidado de honra no congresso, cumprimentou, em seu nome pessoal e em nome do Partido Socialista, de forma especialmente fraterna, o presidente do MPLA, José Eduardo dos Santos, a figura referencial da história de Angola e da história da emancipação africana".

HSC

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Contamos consigo, Professor

Oiço dizer que se pretende que a AT - Autoridade Tributária e Aduaneira - tenha livre acesso às nossas contas bancárias. Até admira como só agora é que tiveram a ideia de estender aos nacionais aquilo que, num só sentido, se pedia aos estrangeiros. 
Porque, como devem calcular, os que teriam alguma coisa a esconder, já a puseram ao fresco. Porquê? Porque, sendo gente muito bem informada, sabe sempre, com antecedência, o que o governo vai fazer...
Logo, o que sobrar será a arraia miúda. E a essa, que até já perdeu algumas liberdades, que mal lhes fará perderem mais esta?
Francamente não vejo o motivo de tão grande preocupação com mais esta "medida". Ora se as revistas cor de rosa já publicam divórcios e casamentos, porque é que a AAT, não há-de, em transparente cooperação com elas, dar a conhecer as continhas  de cada um, que tanto facilitarão certos casamentos ou desencontros?!
A mim, parece-me, claramente, uma medida a favor da família. Como também já o foi, a que liga o sol e o IMI. Os governantes só querem o nosso bem. Nós, portugueses, é que nem sempre alcançamos os seus desidérios. 
Professor Rebelo de Sousa faça o favor de, afectuosamente, explicar aos portugueses a grandeza da medida. Conto consigo!

HSC

As caixas de comentários


Os jornais possuem caixas de comentários sobre as noticias que publicam. Quem se debruce sobre elas, fica a conhecer uma boa parte da população que se diz ler jornais. E, como não são moderados, prestam-se às mais requintadas formas de aviltamento que se possa imaginar. Escreve-se com o intuito exclusivo de denegrir e de, a coberto do anonimato, bolsar as afirmações mais vergonhosas sobre qualquer pessoa.
Pergunto: qual é a utilidade de tamanha catarse, quando há psiquiatras ao alcance para o fazer. Porque é que a comunicação social permite que se enxovalhem pessoas. sem reagir? Audiências? Mas o que é que deve comandar jornais, revistas, televisões? É vender o que de pior a sociedade tem?! Lamentável critério economicista. Acabem com as referidas caixas e talvez tenham a surpresa de ganhar alguns leitores...

HSC

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Perguntar o obvio?!

A situação que temos estado a viver, com o relato ao vivo e a cores do que se tem passado por este nosso Portugal tem, também, permitido perceber as  diferenças ou as semelhanças entre o que entre nós se chama de comunicação social. A qual, na luta pelas audiências, parece ter um prazer mórbido em explorar o lado mais trágico destes acontecimentos, como se eles próprios não fossem, já por si, suficientemente dramáticos.
É isto que explica que um jornalista , há dias, tenha perguntado a uma idosa que tudo perdera, "como é que ela se sentia e o que tencionava fazer?", explorando uma boca sem dentes e as lágrimas que corriam por um rosto sulcado de rugas. A senhora ainda arranjou forças para responder "sinto-me perdida, quase morta". 
Será que alguém, com sensibilidade, poria esta questão? Ou esperaria que uma pessoa naquelas circunstâncias tivesse cabeça para responder alguma coisa? Talvez, com um negro sentido do humor, a inquirida pudesse dizer que estava "muito feliz"!

HSC

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

A mulher de César...


Há já bastantes dias em que os incêndios começaram a dominar as notícias. Aos do Continente, onde alguns chegaram a ameaçar habitações, seguiram-se os da Madeira que estiveram no centro das atenções e preocupações de todos nós.
Confesso que estranhei a ausência da Ministra da Administração Interna, logo no inicio destes acontecimentos. Nada.
Só a meio da semana haveria de aparecer publicamente a anunciar um pedido de auxílio ao mecanismo europeu de protecção civil.
O aparecimento ontem, de fotos de Constança Urbano de Sousa numa revista social foram o rastilho para a tornar alvo de duros ataques.
Logo de seguida e com surpresa, confesso, leio que Constança Urbano de Sousa, a Ministra da Administração Interna de turno, participara numa festa social organizada por uma revista cor-de-rosa, enquanto os bombeiros acudiam aos incêndios, esse drama nacional que insiste em não desaparecer e que teve, este ano, contornos terríveis.
Ora ao invés do que muitos demagogicamente vociferam, os titulares de cargos públicos têm, como qualquer outro trabalhador, direito a descanso. 
Mas, em momentos como este, apesar do gozo desse justo e legítimo descanso, pede-se ao ministro da tutela, o imediato aparecimento publico, para tranquilizar as populações e animar os bombeiros. Numa ocasião destas exige-se uma disponibilidade permanente e uma autoridade institucional.
E, mesmo quando a sua vida pessoal lhe oferece e permite razões de alegria, o mínimo que se pode pedir ao MAI é que tenha a sensibilidade de não a manifestar publicamente, sobretudo, quando os profissionais sob sua tutela, diariamente arriscam a vida em prol da segurança das pessoas e dos seus bens.
Em momentos como este pede-se não só que a mulher de César seja a primeira a dar o exemplo, como a mostrar que é esse exemplo que a torna digna de ocupar o lugar que lhe foi destinado. São estes “mínimos” que Constança Urbano de Sousa jamais deve esquecer.

HSC

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

A ajuda da geringonça !


Durante muitos e muitos anos não tive casa própria. Acabei por tê-la contra vontade. Mas ao adquiri-la obedeci aos critérios dos especialistas, procurando uma que fosse virada na sua maior parte para sul a fim de poupar energia e tendo alguma vista. A vista foi muito relativa e sol de pouca dura, com uma construção clandestina no prédio da frente, que me deixa apenas ver uma parte do que via. Por estes dois factores e um lugar de garagem paguei, para a época, um balúrdio. 
Depois de me divorciar, decidi divorciar-me da casa também. Mas aí, veio o muro das lamentações dos dois filhos em uníssono, que encaravam ser possível, depois da minha ultima viagem, partilharem a casa. Sempre me pareceu pouco provável, mas eles insistiam que era possível dividi-la de forma independente e manter comum salas e cozinha. Quem era eu para falar de utopias, quando estava perante dois mestres?!
Assim, mantive, a contra gosto, esta casa que é sem dúvida, muito bonita, porque foi arranjada com muito sacrifício, mas com o maior carinho. O IMI nos últimos anos quase dobrou, as despesas de condomínio aumentaram, os condóminos iniciais ou venderam ou alugaram, e o pequeno prédio tornou-se, para mim, muito caro. 
Eis senão quando a geringonça me veio dar a mão e me disse que se eu queria ter sol - que antes me tinham aconselhado para ajudar energeticamente o país - então iria correr o risco de pagar até mais 20%, só de sol, já que o terraço é cobertura do prédio. Estava encontrada a solução contra a qual, agora, nem filho nem netos se pode opor, ou seja, a venda do andar, antes que tomem conta de toda a minha reforma. 
E com a venda, alugo um T2 em Campo de Ourique, o meu velho sonho, e deito fora metade das minhas tralhas que só existem para decorar uma vida que já não é a minha. Eu sabia, tinha mesmo a certeza que este novo governo havia de governar bem. Está provado, apesar do Dr Marques Mendes, ontem, quase ter estragado o meu plano, ao dizer que a determinação era ilegal por lhe faltar a consulta aos municípios!

HSC

Em tempo: Lembrei-me agora se o governo terá pensado no que significa ter vista e um terraço no inverno? É que sol e vista vão à vida e o terraço dá um trabalhão para o escoamento de águas não entupir com a queda das folhas...

domingo, 7 de agosto de 2016

Ivo Pitanguy


Nunca fiz uma plástica. E espero não fazer, porque isso seria sinal de que algo teria acontecido, que me desfigurara. Nunca critiquei quem as faz, embora pense que elas são, na maioria dos casos, sinal de falta de confiança em si próprio. Mas nada tenho a opor, desde que isso contribua para um maior bem estar pessoal. Só que, ou eu tenho demasiada confiança em mim, ou me acho uma pessoa especial, ou tenho um medo terrível que me estraguem o que possuo, com o qual convivo há imenso tempo, e de que gosto muito.
Há uns anos num almoço de lampreia em casa de amigos comuns, o meu querido Fernando Póvoas dizia-me que se eu fosse à sua Clínica, ele me tirava 5 quilos e eu ficava ótima. Dei uma tremenda gargalhada e disse-lhe que quem levasse o meu coração, teria que levar o pacote todo, incluindo esses cinco quilitos. Continuámos bons amigos, eu não perdi e até aumentei o peso e quem levou o meu coração levou tudo no pacote, sem ter havido reclamação.
Vem isto a propósito da morte de Pitanguy, a quem muitas mulheres devem o terem passado a gostar de si próprias, numa altura da vida em que acreditam, tudo está perdido. Apesar de não haver nada mais falso!

HSC

A CGD e as mulheres


Tenho muito respeito por Leonor Beleza. Por muitas e diversas razões. Talvez por isso tenhamos alguns amigos comuns. Sei, agora, que ela aceitou fazer parte do futuro Conselho de Administração da CGD - Caixa Geral de Depósitos -, o qual vai ser constituído por 19 membros.
Já aqui disse, há dias, o quanto pessoalmente me incomoda, na qualidade de cidadã, contribuinte e cliente, esta decisão, em especial no momento que atravessamos. Mas, mesmo que o momento fosse outro, não concebo nem como economista, uma instituição bancária pública que carece de 19 administradores para ser gerida. Ia acrescentar "bem  gerida", mas torna-se desnecessário...
O que me leva a pegar novamente no assunto, são as célebres quotas para mulheres ou, a sua versão mais elitista - sob a forma se promessa -, de que, no futuro, 30% dos futuros gestores deveriam ser sempre do género feminino. Pois bem, aqui está a prova da crueza das decisões tomadas sobre o joelho. Nos 19 futuros gestores da CGD, apenas uma é mulher.
Este governo está a precisar que lhe ofereçam uma máquina de calcular . E, por seu lado, quer o PC quer o BE, devem estar a banhos, sob sol tão tórrido, que os neurónios fundiram e eles não reagiram!

HSC

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Saudade...


Tudo o que se tem passado ultimamente no mundo e particularmente entre nós, dá-me uma consciência muito viva do tempo que já vivi. Não sou saudosista e aceito o que a vida me dá e me tira, sem fazer grande alarido, porque cada vez mais me convenço da necessidade do silêncio na nossa entourage.
Ultimamente, talvez por isto, tenho-me lembrado muito de pessoas que já partiram e deixaram em mim uma marca tão profunda, que basta um cheiro, uma cor, um olhar, para elas virem imediatamente ter comigo. Sei que tenho saudades delas, porque mais do que a sua ausência, o que eu sinto é uma imensa necessidade da sua presença.
Não se trata de tristeza. Tão pouco de mágoa. É algo de espiritual, uma espécie de elo invisível que liga o lado de cá, o da vida pujante, a um outro lado sensorial, gratificante, mas que não está ao nosso alcance. É com estes familiares e amigos que tenho convivido mais ultimamente e são eles que me têm serenado neste período de férias, em que tanto trabalho tenho tido. Tem sido uma saudade muito boa!

HSC

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Os tão falados administradores não executivos

"...No caso do Novo Banco tivemos uma situação única a nível mundial com uma resolução decretada pelo Estado, tendo-se criado um "banco bom" com a ajuda de dinheiro emprestado ao Fundo de Resolução, que o Estado nos tentou convencer de que irá ser recuperado. Pois não só esse "banco bom" não pára de dar prejuízos, tendo até conseguido este ano que os mesmos subissem para mais de 362 milhões de euroscomo agora descobriu a urgente necessidade de um "chairman", ou seja de um presidente não executivo..." 
                                            in Delito de Opinião


Quando oiço referir administradores não executivos em instituições que carecem de total empenhamento por parte de todos os que a ela estão ligados, confesso que não consigo deixar de sentir algum incómodo, pese embora saber que, contrariamente a um mito recorrente, estes administradores têm exactamente as mesmas responsabilidades fiduciárias perante a empresa que os administradores executivos, pelo que são supostos estudar com profundidade os documentos que lhes são apresentados e discuti-los, com conhecimento, em conselho de administração antes da sua aprovação. 
E também sei que a diversidade de valências, competências e experiências dos administradores não-executivos é considerada, cada vez mais, como uma necessidade para o funcionamento eficiente e útil do conselho de administração.
Todavia, e é a minha opinião pessoal, que decorre dos anos que andei pela banca privada e pelo Banco de Portugal, o que mais falta faz aos nossos bancos são accionistas a sério, que elejam administradores a sério e que fiscalizem a sério, o que em seu nome, eles decidem. 
Deixar o Estado entrar neste negócio, para o qual não está vocacionado, nem muitas vezes preparado, distribuindo aqui e ali administradores não executivos, só serve para um mau uso do dinheiro dos contribuintes. E este, faz muito mais falta noutros lugares, que sem ele, se tornam inoperativos.


HSC