segunda-feira, 15 de agosto de 2016

A mulher de César...


Há já bastantes dias em que os incêndios começaram a dominar as notícias. Aos do Continente, onde alguns chegaram a ameaçar habitações, seguiram-se os da Madeira que estiveram no centro das atenções e preocupações de todos nós.
Confesso que estranhei a ausência da Ministra da Administração Interna, logo no inicio destes acontecimentos. Nada.
Só a meio da semana haveria de aparecer publicamente a anunciar um pedido de auxílio ao mecanismo europeu de protecção civil.
O aparecimento ontem, de fotos de Constança Urbano de Sousa numa revista social foram o rastilho para a tornar alvo de duros ataques.
Logo de seguida e com surpresa, confesso, leio que Constança Urbano de Sousa, a Ministra da Administração Interna de turno, participara numa festa social organizada por uma revista cor-de-rosa, enquanto os bombeiros acudiam aos incêndios, esse drama nacional que insiste em não desaparecer e que teve, este ano, contornos terríveis.
Ora ao invés do que muitos demagogicamente vociferam, os titulares de cargos públicos têm, como qualquer outro trabalhador, direito a descanso. 
Mas, em momentos como este, apesar do gozo desse justo e legítimo descanso, pede-se ao ministro da tutela, o imediato aparecimento publico, para tranquilizar as populações e animar os bombeiros. Numa ocasião destas exige-se uma disponibilidade permanente e uma autoridade institucional.
E, mesmo quando a sua vida pessoal lhe oferece e permite razões de alegria, o mínimo que se pode pedir ao MAI é que tenha a sensibilidade de não a manifestar publicamente, sobretudo, quando os profissionais sob sua tutela, diariamente arriscam a vida em prol da segurança das pessoas e dos seus bens.
Em momentos como este pede-se não só que a mulher de César seja a primeira a dar o exemplo, como a mostrar que é esse exemplo que a torna digna de ocupar o lugar que lhe foi destinado. São estes “mínimos” que Constança Urbano de Sousa jamais deve esquecer.

HSC

10 comentários:

  1. Uma sensibilidade comum aos nossos políticos do "antes" e do "depois", o que é uma pena!

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  2. O problema maior é os politicos não estarem ao serviço do Serviço Público mas sim dos seus interesses particulares.
    Um abraço da Anabela S. R.

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  3. Estas festas têm muito que se lhe diga. Sabe-se lá se ela não foi lá com uma "agenda" muito particular?
    Seja como for, e por mais grave que acha a situação, não é preciso duplicar o post. Sim, eu sei, às vezes acontece e nem nos apercebemos. ;)

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  4. Ela estava de férias, o PM estava de férias, e no início assim
    continuaram, pensando que não iria ter a dimensão que teve.Eu
    não entendo o porquê da classe política, incluindo o PR ter que ir
    de férias em Agosto. Parece que o país fecha em Agosto e não não
    fecha. Os fogos tiveram uma dimensão inimaginável(só quem os viveu,
    sabe).
    Depois apareceram os governantes, e começou toda aquela conversa "dos políticos" e
    agora estão na fase das visitas com um ar triste...ou quase! Mas
    o verde desapareceu, os animais morreram, as pessoas morreram, as casas arderam, a maquinaria agrícola ficou destruída. E quem ficou
    mais afectado? Os de sempre: os mais pobres!!!
    E depois de toda esta desgraça, tudo pede dinheiro, e dinheiro e
    dinheiro e eu só penso no deficit deste ano!!!
    E acredite drª. Helena que vivo apavorada que o Governo não cumpra
    o deficit este ano, de novo...
    .....................
    A Caixa Geral de Depósitos aumenta os seus prejuízos e os depósitos baixaram. Nova administração será mais reduzida?O público diz que sim,e o Sol desta semana, diz que o novos administradores têm liberdade na aquisição de carros, de telemóveis, enfim mais gastos...

    Como é que um país que vive de empréstimos, que pouco produz,
    se pode dar ao luxo de continuar a fazer gastos como se fosse muito
    rico.
    Voltando aos incêndios, ardeu demais, mas vai-se pagar demais pelo
    uso dos aviões = estranho? A mim, parece-me.

    E outra coisa estranha: as festas continuaram com os seus foguetes.
    Ninguém proibiu. É preciso é haver festa...

    Enfim, um país cheio de contradições e alheamentos.Parece que se
    perdeu o juízo e a responsabilidade.
    Desculpe ter-me alongado, mas sinto-me revoltada.
    Os meus cumprimentos.
    Irene Alves

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  5. Hoje em dia as personalidades políticas são como os famosos, só dão a cara nos eventos sociais, onde aparecem glamorosos, com um bronzeado invejável e numa forma física excelente. Na maioria dos casos, até têm receio de se misturar com as catástrofes, só querem associar-se às vitórias desportivas ou sucessos comezinhos.

    Coitados dos governados...é cada um por si...

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  6. Lidos os dois primeiros comentários, só me resta a vã esperança que se demita ( o que já devia ter feito, obviamente ).

    Melhores cumprimentos, HSC.

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  7. Pedia-se somente bom senso! Mais nada!
    As mulheres são tão sensíveis nestas coisas, que me admira como não pensou nisto antes de ir festejar num momento tão crítico! Imaturidade? Talvez, mas muito triste...
    Bjs

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  8. Não sofri à festa como se manteve na praia até meio da semana!
    Não vale a pena ocupar o lugar.

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  9. Anónimo das 17:10
    Como já deve ter percebido não sou eu que publico post's em triplicado ou duplicado. É o Google que, agora, se diverte a re-publlcar todos os post´s cada vez que se abre o nosso blog!
    Ainda mantenho a minha sanidade mental...

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  10. Inconseguimento da Sra Ministra.
    Teresa

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