quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

AMOR PLATÓNICO

Em um mundo onde o amor se desenha em cores vivas e emoções palpáveis, há uma esfera distinta reservada para o amor platônico, onde os sentimentos transcendem a realidade física e habitam o reino das ideias intocadas.

É uma dança delicada entre corações que se encontram, mas nunca se tocam. É como contemplar uma estrela distante, cujo brilho aquece a alma, mas permanece inalcançável.

No amor platônico, as palavras são como pétalas de flores lançadas ao vento, carregadas pela esperança de que possam tocar o destinatário de forma sutil, mesmo que nunca sejam realmente ouvidas.

É uma sinfonia silenciosa, onde os acordes do coração ecoam em melodias suaves, mas profundas. É um oceano de sentimentos, onde as ondas da admiração e da afeição fluem livremente, mesmo que nunca alcancem a praia do romance.

É um amor que desafia o tempo e o espaço, existindo além das barreiras físicas e das convenções sociais. É uma jornada de descoberta interior, onde a beleza da conexão transcende a necessidade de contato físico.

No amor platônico, encontramos a beleza na pureza dos sentimentos, na sinceridade das intenções e na aceitação desinteressada do outro. É um amor que alimenta a alma, mesmo que nunca sacie o desejo do toque.

E assim, o amor platônico permanece como uma estrela brilhante no firmamento do coração humano, iluminando os caminhos daqueles que ousam sonhar além das limitações da realidade, onde o amor é mais do que apenas um encontro de corpos, mas sim uma fusão de almas em uma dança etérea de conexão pura.

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

E DEPOIS...VEIO O DOMINGO!

A origem do domingo como dia de descanso está enraizada em tradições culturais, religiosas e históricas de várias civilizações. Alguns aspetos contribuíram para a associação do domingo com o descanso.

Tradições religiosas: Em muitas culturas, o domingo é considerado o dia sagrado da semana devido à influência do Cristianismo. Segundo a tradição cristã, Deus descansou no sétimo dia após criar o mundo, e esse dia é conhecido como o sábado. No entanto, os cristãos adotaram o domingo como o dia de adoração e descanso para comemorar a ressurreição de Jesus Cristo, que ocorreu no primeiro dia da semana.

Decretos e Leis: Ao longo da história, governantes e autoridades religiosas promulgaram decretos e leis que estabeleceram o domingo como um dia de descanso. Por exemplo, o Édito de Milão, emitido em 313 d.C. pelo imperador Constantino, foi um marco significativo na história do Cristianismo, pois concedeu liberdade religiosa e decretou o domingo como um dia de descanso legal para os cristãos no Império Romano.

Influência Cultural: O domingo também se tornou associado ao descanso devido à influência cultural e social. Em muitas sociedades, o domingo é tradicionalmente um dia dedicado ao lazer, à família e à recreação. Essa tradição foi fortalecida ao longo do tempo por práticas como o encerramento de lojas e empresas aos domingos, permitindo que as pessoas desfrutem de tempo livre e se dediquem a atividades não relacionadas ao trabalho.

Trabalho Industrial: Durante a Revolução Industrial, houve um movimento para estabelecer o domingo como um dia de descanso para os trabalhadores, visando mitigar os impactos negativos da exploração laboral desenfreada. Esse movimento sindical e trabalhista contribuiu para a instituição de leis e regulamentos que garantiam o direito ao descanso semanal.

Em resumo, o domingo tornou-se associado ao descanso devido a uma combinação de influências religiosas, legais, culturais e sociais ao longo da história. 

segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

VIVER COM ALEGRIA


 Viver a vida sob o signo da alegria é como dançar ao ritmo de uma música celestial, onde cada passo é um sorriso e cada batida do coração é uma nota de felicidade. É encontrar beleza nos pequenos detalhes, na brisa suave que acaricia o rosto, no colorido vibrante de um pôr do sol.

É entender que a felicidade não é apenas um destino a ser alcançado, mas sim uma jornada a ser desfrutada a cada momento. É escolher ver o copo sempre meio cheio, mesmo nos momentos mais desafiadores, e cultivar uma mentalidade de gratidão por todas as experiências que a vida nos oferece.

Viver com alegria é abraçar a simplicidade e a autenticidade, valorizando as conexões genuínas com as pessoas ao nosso redor e apreciando a riqueza dos relacionamentos e das experiências compartilhadas.

É permitir-se ser vulnerável, aceitando as imperfeições e os altos e baixos da vida com compaixão e gentileza consigo mesmo e com os outros. É encontrar alegria nas próprias conquistas, por menores que sejam, e celebrar cada passo dado na direção dos nossos sonhos e aspirações.

Viver a vida sob o signo da alegria é cultivar um estado de espírito leve e despreocupado, onde os problemas se tornam desafios a serem superados e as adversidades são oportunidades de crescimento e aprendizado.

É espalhar sorrisos por onde passamos, contagiar o mundo com nossa energia positiva e irradiar a luz que habita em nosso ser. É saber que a verdadeira felicidade reside dentro de nós e que podemos escolher vivê-la plenamente, independentemente das circunstâncias externas.

Portanto, que possamos escolher viver cada dia com alegria, nutrindo nossos corações com amor, gratidão e otimismo, e compartilhando essa preciosidade com todos ao nosso redor. Pois, afinal, a vida é uma dádiva e merece ser vivida sob o signo da alegria. 

domingo, 28 de janeiro de 2024

VIVER COM AMARGURA

Viver uma vida em amargura é como estar preso numa prisão emocional, onde cada dia se torna uma batalha contra sentimentos de ressentimento, raiva e desesperança. É como carregar um fardo pesado nas costas, impedindo-o de se mover livremente pelo mundo e de encontrar alegria nas pequenas coisas da vida.

A amargura pode se instalar lentamente, como uma erva daninha que cresce silenciosamente no jardim da alma, alimentada por deceções, mágoas e injustiças percebidas. Pode começar com um único golpe devastador, uma traição, uma perda significativa ou uma série de eventos que parecem conspirar contra nós. E, se não for enfrentada de frente, essa amargura pode se enraizar profundamente, tornando-se parte da própria identidade de alguém.

A pessoa amarga vê o mundo através de lentes distorcidas, onde tudo é tingido com o tom escuro de suas próprias dores. Ela carrega consigo um peso emocional que a impede de se conectar verdadeiramente com os outros, de confiar e de se abrir a novas experiências. Cada interação se torna uma oportunidade para reafirmar suas crenças negativas sobre o mundo e as pessoas, alimentando assim o círculo vicioso da amargura.

Viver em amargura é como estar preso num labirinto sem saída, onde cada esquina escura esconde novas lembranças dolorosas e cada passo adiante parece levar apenas a mais sofrimento. É uma existência solitária e sufocante, onde a esperança se torna um conceito distante e inalcançável.

No entanto, é importante lembrar que a amargura não é um destino inevitável. Assim como as ervas daninhas podem ser arrancadas e o solo pode ser fertilizado para cultivar novas plantas, a amargura pode ser superada com o tempo, paciência e trabalho interior. Isso pode envolver enfrentar as emoções dolorosas de frente, procurar apoio terapêutico, cultivar a gratidão e o perdão, e buscar novas perspetivas sobre a vida e as suas adversidades.

Embora viver em amargura possa parecer a única opção em determinados momentos, é importante lembrar que há sempre a possibilidade de escolher um caminho diferente. Um caminho que, apesar de desafiador, é permeado pela luz da esperança, da cura e da possibilidade de uma vida mais plena e significativa.

sábado, 27 de janeiro de 2024

FICA PARA AMANHÂ


 Num mundo onde o tempo parece escorrer entre os dedos como areia fina, onde as horas se desfazem em instantes e os dias se tornam apenas lembranças fugazes, há algo mágico no simples ato de adiar o princípio para o amanhã.

É como se, ao dizer "fica para amanhã", estivéssemos depositando nossas esperanças e sonhos  numa caixinha de promessas, lacrada com a promessa do amanhã. É um convite ao adiamento da realidade, uma pausa gentil no compasso frenético da vida.

Fica para amanhã, dizemos, quando o peso do hoje se torna demasiado. Fica para amanhã, quando a luz do sol já se pôs e a mente busca refúgio na escuridão reconfortante da noite. Fica para amanhã, quando a energia parece escassear e os músculos clamam por descanso.

Mas há também uma armadilha na promessa do amanhã. Uma sedução perigosa que nos faz acreditar que o tempo está sempre do nosso lado, que amanhã será mais fácil, mais propício, mais gentil. E assim, deixamos escapar pelas mãos preciosos momentos que nunca mais retornarão.

No entanto, apesar dos riscos, há uma beleza na simplicidade do princípio que fica para amanhã. É a promessa de um novo começo, de uma segunda chance, de um horizonte repleto de possibilidades. É o reconhecimento de que somos seres em constante movimento, sempre buscando evoluir, sempre buscando crescer.

Então, que o princípio que fica para amanhã seja mais do que uma desculpa para a procrastinação. Que seja, antes, um lembrete gentil de que o tempo é um presente precioso, e cabe a nós decidir como queremos utilizá-lo. Que seja um convite para viver com intensidade o hoje, sabendo que o amanhã sempre estará lá, esperando por nós, cheio de promessas e possibilidades.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

SABER QUEM SOMOS!

As pessoas julgam-se diferentes do que são por vários motivos. Um deles é a influência da sociedade, dos media e da cultura, que criam padrões de beleza, sucesso, felicidade e moralidade que nem sempre correspondem à realidade ou à diversidade humana. Assim, muitas pessoas ao comparam-se com esses padrões, sentem inferiores, insatisfeitas ou culpadas por não se encaixarem neles.

Outro motivo é a falta de autoconhecimento e autoaceitação, que faz com que as pessoas não reconheçam suas qualidades, defeitos, potenciais e limitações. Muitas vezes, as pessoas projetam nos outros aquilo que elas não gostam ou não aceitam em si mesmas, ou idealizam os outros como sendo melhores ou piores do que realmente são. Isso gera distorções na perceção de si mesmo e dos outros, e dificulta o desenvolvimento de uma autoestima saudável e de uma convivência harmoniosa.

Um terceiro motivo é a insegurança e o medo, que levam as pessoas a esconderem-se atrás de máscaras, mentiras ou falsas aparências, para se protegerem de possíveis críticas, rejeições ou fracassos. As pessoas que se julgam diferentes do que são, muitas vezes, não se sentem confiantes ou confortáveis com a sua própria identidade, e tentam adaptar-se às expectativas alheias ou aos seus próprios desejos irrealistas. Isso impede que elas se expressem de forma autêntica e se relacionem de forma sincera.

Portanto, as pessoas se julgam diferentes do que são, por não conseguirem lidar com a complexidade e a singularidade do ser humano, e por não se permitirem ser quem elas realmente são. Para superar esse problema, é preciso buscar o autoconhecimento, a autoaceitação, a autoconfiança e a autenticidade, e respeitar-se a si próprio e aos outros, como seres humanos únicos e valiosos.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

AS FALSAS NOTICIAS

No reino da informação, onde as notícias fluem como rios de palavras, existe um fenómeno sorrateiro que se infiltra como uma correnteza traiçoeira: a notícia falsa.

Imagine um mundo onde as notícias ruins são como tempestades, e as falsas notícias, os raios que iluminam o céu da desinformação. Num instante, somos envolvidos pela escuridão de uma narrativa distorcida, enquanto trovões de desconfiança ecoam em nossas mentes. É nesse momento que a verdade se torna a vítima silenciosa, sufocada pelo estrondo retumbante de uma notícia malévola.

No entanto, no meio da tempestade de desinformação, há uma oportunidade de enfrentar as nuvens negras com a luz da razão. Encarar uma notícia falsa é como desvendar um enigma, um desafio que exige paciência, discernimento e uma pitada de ceticismo. Como um detetive da verdade, devemos examinar cada detalhe, cada palavra, com a lente afiada da análise crítica.

Ao invés de sermos vítimas passivas, tornamo-nos os protagonistas de nossa própria narrativa. É como se estivéssemos navegando num mar revolto, desafiando as ondas da desinformação com o barco resistente da pesquisa e da verificação. Em vez de sermos arrastados pelo fluxo da notícia falsa, erguemos as velas da dúvida saudável, guiando-nos em direção à verdade, mesmo quando as águas estão turvas.

Encarar uma notícia falsa requer uma mentalidade resiliente, uma armadura feita de conhecimento e discernimento. Cada desafio lançado por uma notícia distorcida é uma oportunidade para aprimorar as nossas habilidades de discernimento, para afiar nossas espadas mentais contra a maré de desinformação.

Então, da próxima vez que deparar com uma notícia falsa, não se curve diante dela como um espectador impotente. Erga-se como um guerreiro da verdade, armado com o escudo da razão e a espada da investigação. Neste reino digital, a batalha pela verdade é travada não apenas nos campos de notícias, mas nas mentes e corações daqueles que se atrevem a desafiar a maré da desinformação.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

O SUCESSO DE UM FRACASSO

O sucesso é muitas vezes associado a resultados positivos e conquistas notáveis, mas há momentos em que o verdadeiro sucesso surge de situações que inicialmente parecem ser fracassos. A capacidade de transformar adversidades em oportunidades é uma habilidade valiosa que poucos dominam, mas que pode levar a conquistas significativas e crescimento pessoal.

O conceito de "sucesso de um fracasso" reflete a ideia de que, por trás de cada revés, existe a possibilidade de aprendizado, inovação e reinvenção. Muitas histórias de sucesso têm suas raízes em experiências que, à primeira vista, podem parecer desanimadoras, mas que, na realidade, foram catalisadoras para uma trajetória de êxito.

Um exemplo clássico é o de Thomas Edison, o inventor da lâmpada elétrica. Edison enfrentou inúmeras tentativas e erros antes de finalmente criar uma lâmpada funcional. Quando questionado sobre seus muitos fracassos, ele respondeu: "Eu não falhei, apenas encontrei 10.000 maneiras que não funcionam". Esse mindset resiliente e a capacidade de aprender com cada tentativa malsucedida foram fundamentais para o sucesso final de Edison.

No mundo dos negócios, empresas bem-sucedidas muitas vezes enfrentam desafios significativos antes de atingir o auge. Empreendedores visionários compreendem que o fracasso não é o fim, mas sim uma etapa necessária no caminho para o sucesso. Lições valiosas são extraídas de experiências que não saíram como planeado, moldando estratégias futuras e fortalecendo a resiliência.

Além disso, o sucesso de um fracasso pode manifestar-se no desenvolvimento pessoal. Indivíduos que enfrentam contratempo muitas vezes descobrem uma força interior que não conheciam. A superação de desafios promove o crescimento, a autoconsciência e a capacidade de enfrentar adversidades com uma mentalidade mais madura e positiva.

Em última análise, o sucesso de um fracasso reside na capacidade de transformar obstáculos em trampolins para o progresso. É um lembrete poderoso de que a jornada para o sucesso é frequentemente caracterizada por altos e baixos, e é a resiliência e a capacidade de aprendizagem, que diferenciam aqueles que triunfam. Portanto, ao enfrentar um revés, é fundamental não apenas ver o fracasso como um obstáculo temporário, mas como uma oportunidade de crescimento e eventual conquista.

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

CLIENTELISMO

O clientelismo é um fenómeno que afeta a qualidade da democracia e a eficiência das políticas públicas. Caracteriza-se pela relação desigual e personalista entre eleitores e representantes, baseada na troca de bens e serviços por apoio político. Essa troca pode ser implícita ou explícita, e envolve tanto benefícios materiais (como empregos, obras, cestas básicas) quanto imateriais (como proteção, prestígio, acesso a redes sociais).

Tem origem histórica na Roma antiga, onde os patrícios (classe dominante) concediam favores aos plebeus (classe subordinada) em troca de lealdade e serviços. Essa relação estabelecia-se através de um vínculo de amizade instrumental, chamado de clientela. Com o tempo, o clientelismo adaptou-se a diferentes contextos e sociedades, assumindo diversas formas e manifestações.

Com a urbanização, a industrialização, a expansão dos meios de comunicação e a ampliação dos direitos sociais, surgiram novos atores, demandas e recursos no cenário político. O clientelismo passou a basear-se mais em benefícios coletivos do que individuais, e a articular com outras formas de mobilização e participação política, como o populismo, o sindicalismo, os movimentos sociais, etc.

O clientelismo também se adaptou às mudanças institucionais e legais, como a adoção do voto secreto, a fiscalização eleitoral, a reforma administrativa, a descentralização, a transparência, etc. Essas medidas dificultaram, mas não eliminaram, as práticas clientelistas, que se tornaram mais sutis e sofisticadas. O clientelismo, hoje, manifesta-se, por exemplo, na distribuição seletiva de programas sociais, na alocação de emendas parlamentares, na nomeação de cargos públicos, na concessão de licenças e isenções, na formação de coalizões e alianças, etc.

O clientelismo é um problema para a democracia porque compromete a igualdade, a liberdade, a representatividade e a accountability dos cidadãos e dos políticos. O clientelismo também é um problema para o desenvolvimento porque ele reduz a eficácia, a eficiência, a equidade e a qualidade das políticas públicas. Por isso, é importante combater o clientelismo, fortalecendo as instituições, a sociedade civil, a educação política e a cultura cívica.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

AS MEMÓRIAS DOS MUROS

A "memória dos muros" é uma expressão que evoca a capacidade das estruturas arquitetónicas, especialmente os muros, de guardar e refletir a história, as experiências e as emoções de uma comunidade ou de um local específico. Os muros, muitas vezes vistos como simples barreiras físicas, desempenham um papel mais profundo na preservação da memória coletiva.

Essas estruturas podem testemunhar os eventos que ocorreram ao seu redor, absorvendo as histórias que nelas se desenrolaram. Seja em monumentos antigos, muralhas de cidades, ou simples cercas, os muros são testemunhas silenciosas do passado. Eles carregam as marcas do tempo, seja através de inscrições, grafites, ou mesmo nas próprias fissuras e desgastes causados pelas intempéries.

Os muros também podem ser símbolos de divisões e conflitos, registando cicatrizes de guerras, revoluções e movimentos sociais. Através da textura das pedras, das cores desbotadas da tinta ou das cicatrizes de reparos, eles narram as lutas e as transformações pelas quais uma comunidade passou.

Além disso, os muros têm a capacidade única de criar uma atmosfera, uma sensação palpável de um determinado momento no tempo. Podem ser revestidos por murais que contam histórias visuais, ou mesmo conter elementos arquitetónicos que refletem a estética de uma época passada.

Contudo, a "memória dos muros" também carrega consigo desafios. Muitas vezes, essas estruturas são reinterpretadas ao longo do tempo, seja através da demolição, da reconstrução ou da reapropriação para novos propósitos. A evolução constante da paisagem urbana pode alterar a perceção e a importância dessas estruturas ao longo do tempo.

Portanto, a "memória dos muros" é um conceito dinâmico e multifacetado, representando não apenas a capacidade física dessas estruturas em preservar o passado, mas também a interpretação em constante mutação que a sociedade faz delas. Cada tijolo, cada pedra, conta uma história, mas cabe às gerações presentes e futuras decifrar e apreciar esses vestígios do tempo.

domingo, 21 de janeiro de 2024

SER OUTRO

No crepúsculo da realidade, quando as sombras dançam entre a luz ténue, emerge a possibilidade de ser outro. Não um mero disfarce ou uma máscara efémera, mas uma metamorfose profunda, uma transmutação da essência que nos define. A jornada de se perder para se encontrar, de mergulhar nas camadas mais profundas da própria identidade e emergir como uma obra-prima reimaginada.

Imagine-se um mundo onde cada indivíduo tem a capacidade de trocar de pele, não apenas trocar de roupas, mas de se despir da própria personalidade e habitar temporariamente o ser de outrem. Uma dança caleidoscópica de identidades, uma sinfonia de experiências entrelaçadas, onde o eu se dissolve para dar espaço a um eu plural, composto de fragmentos de outros.

Nesse universo de ser outro, não há julgamento, apenas uma aceitação incondicional da complexidade humana. Almas dançam entre corpos, experimentando a riqueza da diversidade de perspetivas. O tímido conhece a audácia do destemido, o artista descobre a lógica do cientista, e o amante sente as cicatrizes do solitário. Uma troca constante de histórias, de sonhos, de dores e alegrias.

Ser outro não é uma fuga da própria existência, mas um mergulho profundo na vastidão do ser. É entender que, por baixo das diferenças superficiais, todos compartilhamos uma humanidade comum. É descobrir que, ao vestir a pele de outro, podemos compreender melhor a dança intricada da vida.

Entretanto, com essa dádiva vem a responsabilidade. A consciência de que cada metamorfose deixa uma marca, uma impressão duradoura na teia interconectada da existência. Ser outro é uma arte delicada, uma dança equilibrada entre a preservação da própria essência e a absorção das nuances alheias.

Ao aventurar-nos no reino do ser outro, desvendamos a magia de se perder para se encontrar. Descobrimos que a verdadeira riqueza reside na diversidade, na capacidade de enxergar o mundo através de olhos diferentes. Em cada troca de pele, abraçamos a unicidade de cada jornada, construindo uma tapeçaria vibrante e intrincada de histórias entrelaçadas.

sábado, 20 de janeiro de 2024

PARA DEPOIS DA ALEGRTA

No efémero palco da existência, onde as emoções desempenham os seus papéis intensos, há um momento singular que se desenrola depois da alegria. É como se a vida, habilidosa dramaturga, conduzisse a sua narrativa através de altos e baixos, reservando um capítulo especial para a serenidade que segue a efusão de felicidade.

Nesses instantes, a efervescência do riso cede espaço à melodia mais suave da contemplação. As palavras festivas dão lugar a um silêncio eloquente, e as cores vibrantes da celebração desbotam suavemente para tons mais suaves e introspetivos.

Depois da alegria, emerge uma quietude carregada de reflexão, onde a mente dança ao compasso de pensamentos serenos. É como se o coração, tendo celebrado plenamente, buscasse agora a quietude de um repouso merecido. Nas entrelinhas da existência, percebemos que a verdadeira beleza, muitas vezes se revela no eco tranquilo que ressoa depois do tumulto festivo.

Neste período de transição, as memórias felizes entrelaçam-se com os sonhos futuros, criando uma tapeçaria única de experiências e esperanças. À medida que as emoções se aquietam, a sabedoria insinua-se subtilmente, e a jornada da vida continua, agora enriquecida pela compreensão de que a alegria é, apenas, um capítulo em constante movimento no livro da existência.

Assim, depois da alegria, encontramos um espaço sagrado onde a alma respira profundamente, preparando-se para os atos subsequentes desse espetáculo imprevisível chamado vida.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

OS VÁRIOS AMORES

O amor é uma tapeçaria intricada, tecida com os fios de nossas experiências, emoções e conexões. Cada amor é único, como uma peça singular no grande quebra-cabeça da vida. Ao longo do tempo, podemos deparar-nos com diversos amores, cada um deixando a sua marca indelével em nossa jornada.

Existe o amor fulgurante e arrebatador, que surge como uma chama repentina, consumindo-nos com paixão e fervor. É um fogo que queima intensamente, iluminando o caminho da descoberta mútua e da entrega total. Este amor nos faz sentir vivos, como se estivéssemos dançando nas estrelas.

Por outro lado, há o amor paciente e tranquilo, que se desenvolve lentamente ao longo do tempo. É como um jardim que floresce com cuidado e dedicação, cultivando uma conexão profunda e duradoura. Esse amor é uma jornada, uma viagem que enriquece a alma à medida que os dias se desdobram.

Às vezes, o amor é complicado, cheio de nuances e desafios. Podemos perder-nos em relacionamentos complexos, onde as emoções são um labirinto e a compreensão é um quebra-cabeça. Esses amores ensinam-nos sobre a resiliência do coração e a importância da comunicação e do entendimento mútuo.

O amor também pode ser platónico, transcendo as barreiras românticas e manifestando-se em amizades profundas e duradouras. Essas conexões são como âncoras nas nossas vidas, oferecendo apoio e conforto nos momentos de tempestade.

E há aquele amor que nutrimos por nós mesmos, muitas vezes esquecido no tumulto das relações externas. A jornada para se amar é crucial, pois somente quando estamos completos internamente podemos compartilhar plenamente nosso amor com os outros.

Em última análise, a tapeçaria do amor é formada por uma miríade de cores e texturas, cada fio contribuindo para a riqueza da experiência humana. À medida que vivemos e amamos, coletamos pedaços dessa tapeçaria, criando uma obra-prima única e pessoal. O amor, em todas as suas formas, é verdadeiramente a essência que dá significado à nossa existência.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

FONTE SEGURA

A frase de fonte segura é uma expressão popular para dizer que uma informação é confiável, porque a pessoa que a contou tem credibilidade por algum motivo. Por exemplo, se um jornalista diz que sabe de fonte segura que um político vai renunciar, significa que ele tem uma fonte próxima ou envolvida no assunto, que lhe deu essa informação com certeza.

 A frase de fonte segura também pode ser usada para indicar que uma informação é baseada em dados ou fatos concretos, e não em opiniões ou achismos. Por exemplo, se um médico diz que sabe de fonte segura que uma vacina é eficaz, significa que ele tem evidências científicas que comprovam isso. A frase de fonte segura pode ser traduzida para o inglês como “from a reliable source” ou "from a trustworthy source".

A frase de fonte segura é usada para dar credibilidade e confiança a uma informação, mas também pode ser questionada ou verificada, pois nem sempre a fonte é realmente segura ou honesta. Por isso, é importante ter senso crítico e buscar outras fontes de informação, para não ser enganado ou manipulado por falsas fontes seguras.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

JOANA PETIZ

Quase sempre me guio pelo meu instinto no que toca às pessoas. E, as poucas vezes que errei, houve sempre uma falha de avaliação provocada, que não estava ao meu alcance. Há muito que acompanhava a carreira jornalística de Joana Petiz e que dizia para comigo, que “um dia tenho de conhecer esta mulher”, tão frontal e tão assertiva nu mundo tão cheio do contrário. Se bem pensei, melhor o fiz. Entrei em contato com ela e combinámos um almoço no madeirense do nosso comum amigo, Manuel Fernandes, que nos havia de receber com dois dos seus belos pitéus.

A Joana sentada à minha frente, era alguém com quem eu sentia a naturalidade e o à-vontade de alguns anos de amizade. As coisas comigo, frequentemente, acontecem assim. Eu queria saber tudo dela e, entretanto, ia-lhe contando muito de mim. E rimos de quase tudo, com o olhar cúmplice de quem só nós, poderia viver daquelas histórias em Portugal.

Já em casa e na revisão ao motor da minha imaginação, que faço tão frequentemente, pus-me a pensar na sorte imensa de ter tido aquela conversa. Sejam quais forem os anos que nos separam, algo é vital entre nós: VIVER A VIDA.

A cabeça da Joana está tão bem lubrificada, que se pode falar de economia - e falámos, claro – como de política ou de amor. Quem me conhece, sabe que os meus bons amigos se situam à volta do cinquenta e poucos anos .A nossa Petiz é mais nova e,  o que eu senti quando cheguei a casa era que o futuro nos iria trazer muitas bicas ou almoços em Campo de Ourique, de que ambas gostamos muito. Sempre acreditei que nada acontece por acaso, se nós soubermos aproveitar o que nos é colocado à mão. Acredito que terei ganho uma nova amiga, daquelas que tratamos com muito cuidado. A Joana, de petiz só tem o nome. Em tudo o resto, é enorme!

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

CANETAS

Tem consigo alguma caneta especial? Aquela em que escreveu a primeira carta de amor, os primeiros versos, o primeiro discurso, ou o recibo do primeiro salário? Nunca se lembrou disto?

As canetas são instrumentos de escrita que usam tinta para deixar marcas numa superfície, geralmente de papel. Existem vários tipos de canetas, como canetas esferográficas, canetas de feltro, canetas-tinteiro, canetas hidrográficas e canetas de gel. Cada tipo de caneta tem suas vantagens e desvantagens, dependendo do estilo, da finalidade e da preferência do usuário.

As canetas são usadas para diversos fins, como anotar, desenhar, assinar, colorir e decorar. As canetas também podem ter valor histórico, artístico, cultural ou sentimental, dependendo de quem as usou, como as usou e onde as usou. Algumas canetas são consideradas obras de arte, outras são relíquias de momentos importantes da história, e outras ainda, são símbolos de status ou de identidade.

As canetas são objetos comuns, mas também fascinantes. Permitem que as pessoas expressem os seus pensamentos, sentimentos, ideias e criatividade de forma tangível e duradoura. As canetas são mais do que simples ferramentas, são companheiras de escrita que podem inspirar, informar, divertir e emocionar. Se a tem guarde-a. Nela está uma parte do seu caminho!

domingo, 14 de janeiro de 2024

AS CONVERSAS

Falamos tanto e conversamos tão pouco. Porque será?

As conversas são uma forma de comunicação entre duas ou mais pessoas, que trocam ideias, sentimentos, informações, opiniões, etc. Conversar é uma habilidade importante para a vida social, profissional, académica e pessoal, pois permite expressarmo-nos, compreender os outros, aprender coisas novas, resolver problemas, enfim, criar laços.

Existem diferentes tipos de conversas, dependendo do contexto, do objetivo, do assunto, do tom, da linguagem. Por exemplo, uma conversa informal é aquela que acontece entre amigos, familiares ou conhecidos, sem um tema específico ou uma formalidade excessiva. Uma conversa formal é aquela que segue certas regras de etiqueta, cortesia e respeito, e que geralmente tem um propósito definido, como uma entrevista de emprego, uma reunião de trabalho, uma apresentação académica, etc.

Para se ter uma boa conversa, julgo que é preciso ter em conta alguns aspetos, nomeadamente:

- Ouvir atentamente o que o outro diz, sem interromper, julgar ou desviar o assunto.

- Mostrar interesse, curiosidade e empatia pelo que o outro compartilha, fazendo perguntas, comentários ou elogios pertinentes.

- Ser claro, coerente e honesto ao falar, usando uma linguagem adequada ao contexto e ao interlocutor, sem ofender, mentir ou exagerar.

- Respeitar as diferenças de opinião, cultura, crença, etc., evitando temas polêmicos, conflitos ou imposições.

- Saber adaptar-se à situação, ao ambiente, ao tempo e ao humor da conversa, sendo flexível, criativo e divertido.

Conversar é uma arte que se pode aperfeiçoar com a prática, a observação e o feedback, e que pode inspirar, emocionar, educar e transformar as pessoas e o mundo.

QUEM TEM ASAS VOA


 Este vai ser o icon dos novos textos que aqui publicar no futuro!

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

UMA FORMA DE DESPEDIDA!

Durante um ano, sem nunca falhar, desenvolvi aqui a forma como hoje olho a vida nos seus aspetos mais vulgares. A diferença em relação ao passado, residiu nas transformações que a vida me trouxe, nos últimos sets anos. Tudo o que me aconteceu teve raízes filosóficas ou psicológicas de que raramente nos damos conta na altura em que acontecem.

Foi um período de longo trabalho de pesquisa e de enriquecimento pessoal. Muitos dos meus leitores de agora, me pediram que fizesse uma coletânea destes textos e os publicasse, pela ajuda que eles continuariam a prestar a quem posteriormente os lesse.

A minha intenção inicial nunca foi essa, mas sim levar as pessoas a pensarem o seu quotidiano de uma forma mais ampla, que lhes permitisse apurar o melhor de si próprio. Ou seja, tentar ajudar cada um a ser, também, mais feliz. Se consegui ou não, só cada um poderá responder. Chegou, creio, a altura de finalizar esta missão e voltar ao caminho anterior de discorrer sobre o dia a dia. Foram cerca de 400 textos que vos deixei, e que gostaria tivessem servido para ajudar as pessoas a pensar diferente, a pensar melhor. A todos os que me acompanharam nessa caminhada, o meu obrigada!

VER E OLHAR


 "Ver" e "olhar" são duas palavras que, embora muitas vezes utilizadas como sinónimos, carregam significados distintos, revelando sutilezas na forma como percebemos o mundo ao nosso redor. Ambos os termos estão relacionados à visão, mas divergem na profundidade e na intenção do ato de observar.

"Ver" é um processo passivo, uma ação automática do sentido da visão. Envolve a captação visual de estímulos sem necessariamente direcionar a atenção de forma consciente. Muitas vezes, estamos "vendo" algo sem realmente processar ou compreender completamente a informação visual recebida. É um ato mais superficial, marcado pela falta de intenção ou foco específico.

Por outro lado, "olhar" implica uma ação mais deliberada e concentrada. Envolve a direção consciente do olhar para algo específico, concentrando-se na observação e análise detalhada. Ao "olhar", a pessoa está ativamente comprometida na experiência visual, buscando compreender, interpretar e extrair significado do que está diante de seus olhos.

Essa distinção ganha relevância em diversas situações. Por exemplo, numa paisagem natural, podemos "ver" as montanhas ao longe sem necessariamente perceber todos os detalhes. No entanto, ao decidirmos "olhar" para a paisagem, passamos a notar a textura das montanhas, as cores das flores e a interação harmoniosa dos elementos naturais.

No contexto das relações humanas, a diferença entre "ver" e "olhar" também se manifesta. "Ver" pode ser associado a uma perceção superficial, enquanto "olhar" implica um envolvimento mais profundo, uma atenção concentrada no outro, buscando entender suas emoções, expressões e mensagens não ditas.

Em suma, enquanto "ver" é um ato involuntário e muitas vezes superficial, "olhar" é uma ação intencional e mais profunda, revelando uma disposição ativa para explorar, compreender e apreciar o que está diante de nós. Ambas as experiências visuais são parte integrante da nossa interação com o mundo, mas a escolha entre "ver" e "olhar" pode influenciar significativamente a riqueza da nossa compreensão e apreciação do ambiente ao nosso redor.

"Ver" e "olhar" são duas palavras que, embora muitas vezes utilizadas como sinónimos, carregam significados distintos, revelando sutilezas na forma como percebemos o mundo ao nosso redor. Ambos os termos estão relacionados à visão, mas divergem na profundidade e na intenção do ato de observar.

"Ver" é um processo passivo, uma ação automática do sentido da visão. Envolve a captação visual de estímulos sem necessariamente direcionar a atenção de forma consciente. Muitas vezes, estamos "vendo" algo sem realmente processar ou compreender completamente a informação visual recebida. É um ato mais superficial, marcado pela falta de intenção ou foco específico.

Por outro lado, "olhar" implica uma ação mais deliberada e concentrada. Envolve a direção consciente do olhar para algo específico, concentrando-se na observação e análise detalhada. Ao "olhar", a pessoa está ativamente comprometida na experiência visual, buscando compreender, interpretar e extrair significado do que está diante de seus olhos.

Essa distinção ganha relevância em diversas situações. Por exemplo, numa paisagem natural, podemos "ver" as montanhas ao longe sem necessariamente perceber todos os detalhes. No entanto, ao decidirmos "olhar" para a paisagem, passamos a notar a textura das montanhas, as cores das flores e a interação harmoniosa dos elementos naturais.

No contexto das relações humanas, a diferença entre "ver" e "olhar" também se manifesta. "Ver" pode ser associado a uma perceção superficial, enquanto "olhar" implica um envolvimento mais profundo, uma atenção concentrada no outro, buscando entender suas emoções, expressões e mensagens não ditas.

Em suma, enquanto "ver" é um ato involuntário e muitas vezes superficial, "olhar" é uma ação intencional e mais profunda, revelando uma disposição ativa para explorar, compreender e apreciar o que está diante de nós. Ambas as experiências visuais são parte integrante da nossa interação com o mundo, mas a escolha entre "ver" e "olhar" pode influenciar significativamente a riqueza da nossa compreensão e apreciação do ambiente ao nosso redor.

terça-feira, 9 de janeiro de 2024

SEXUALIDADE

A sexualidade é um aspeto fundamental da experiência humana, abrangendo uma ampla gama de emoções, desejos, comportamentos e identidades. É uma parte intrínseca da nossa natureza, moldada por uma interação complexa entre fatores biológicos, psicológicos, sociais e culturais. A compreensão da sexualidade é uma jornada individual, pois cada pessoa tem uma experiência única e pessoal desse aspeto da vida.

A diversidade sexual é uma característica marcante da sociedade, refletindo uma variedade de orientações sexuais, identidades de género e expressões de desejo. A aceitação e o respeito pela diversidade são fundamentais para criar um ambiente inclusivo e saudável, onde cada indivíduo se sinta livre para explorar, expressar e viver a sua sexualidade de maneira autêntica.

A educação sexual desempenha um papel crucial na promoção da saúde sexual e no desenvolvimento de uma consciência crítica em relação aos aspetos éticos e sociais da sexualidade. Abordar tópicos como consentimento, contraceção, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e o respeito pelas escolhas individuais é essencial para capacitar as pessoas a tomar decisões informadas e responsáveis em relação à sua vida sexual.

No entanto, é importante reconhecer que as normas culturais e sociais podem influenciar profundamente a maneira como a sexualidade é percebida e vivida em diferentes comunidades. O estigma, a discriminação e a falta de informação ainda podem ser obstáculos significativos para muitas pessoas na sua busca por uma expressão sexual saudável e satisfatória.

A busca pela igualdade de direitos e oportunidades para todas as orientações sexuais e identidades é uma luta contínua. Respeitar e apoiar os direitos humanos fundamentais, independentemente da orientação sexual, é um passo crucial para criar uma sociedade mais justa e inclusiva.

Em última análise, a sexualidade é uma parte integral da experiência humana, e a valorização da diversidade e o respeito pelas escolhas individuais são essenciais para criar um ambiente que promova o bem-estar e a realização pessoal. 

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

SENSUALIDADE

A sensualidade é uma qualidade intrínseca à natureza humana, manifestando-se de diversas formas e sendo percebida através dos sentidos. Ela transcende o simples apelo físico, estendendo-se para além do corpo e se manifestando na atitude, na expressão e na conexão emocional.

A sensualidade é uma linguagem que se traduz em gestos, olhares, toques e palavras, criando um universo de sensações que despertam a paixão e a intimidade. Ela reside na confiança e na aceitação do próprio corpo, na liberdade de expressão e na consciência plena do momento presente.

A sensualidade não está atrelada a padrões preestabelecidos de beleza, mas sim à autenticidade e à capacidade de se conectar consigo mesmo e com o outro de maneira genuína. É a arte de despertar a chama da sedução com sutileza, explorando a delicadeza dos sentidos e cultivando a intimidade com respeito mútuo.

No entanto, é importante destacar que a sensualidade vai além do âmbito romântico e sexual. Ela manifesta-se em todos os aspetos da vida, desde a apreciação de uma boa refeição até a contemplação da natureza. É a capacidade de viver de forma plena, absorvendo cada experiência com intensidade e presença.

A sensualidade, quando cultivada de maneira saudável, contribui para o enriquecimento das relações interpessoais e para o bem-estar emocional. Ela encoraja a descoberta e a celebração da própria individualidade, promovendo uma ligação profunda conosco mesmo e com os outros.

Portanto, a sensualidade é uma força que pulsa na essência da humanidade, convidando-nos a explorar a riqueza dos sentidos, a expressar as nossas emoções e a celebrar a beleza única de cada momento. É uma linguagem universal que transcende barreiras e enriquece a jornada da vida com uma paleta de experiências intensas e significativas.

domingo, 7 de janeiro de 2024

OS GÉNIOS

No universo mágico e fascinante da imaginação, os génios são seres extraordinários que habitam a fronteira entre o possível e o impossível. As suas mentes brilham como estrelas cadentes, lançando faíscas de criatividade e inovação por onde passam. Essas criaturas etéreas, muitas vezes escondidas nas sombras da normalidade, são as artífices dos sonhos e os arquitetos das ideias revolucionárias.

Imaginem um jardim secreto, onde cada flor é uma ideia única e cada árvore esconde os segredos do conhecimento mais profundo. É nesse reino escondido que os génios traçam os seus planos para desafiar a monotonia do quotidiano. Com os seus pincéis mágicos, eles pintam paisagens de possibilidades infinitas, transformando o comum em extraordinário.

Os génios são como alquimistas modernos, destilando a essência da criatividade pura nas suas mentes inquietas. Estas são labirintos de pensamentos, onde a complexidade se entrelaça com a simplicidade, criando sinfonias de inovação. Eles são os magos do intelecto, capazes de conjurar soluções brilhantes para os desafios mais intrincados.

No entanto, os génios não são apenas mestres da lógica e da razão; eles também dançam nas margens do caos, explorando as fronteiras do desconhecido. As suas mentes são como fogos de artifício que iluminam o céu da compreensão, revelando novas constelações de ideias a cada explosão criativa.

Esses seres extraordinários não são apenas dotados de habilidades intelectuais sobrenaturais, mas também carregam consigo o fardo da solidão. As suas mentes inquietas isolam-nos, muitas vezes, num mundo de pensamentos, onde a compreensão mútua se torna uma tarefa árdua. No entanto, é nesse isolamento que encontram a liberdade para explorar as fronteiras do conhecido, rompendo os grilhões da normalidade.

Assim, os génios são as estrelas cintilantes no nosso vasto universo de ideias. Eles desafiam o convencional, inspiram a inovação e, com um toque da sua varinha mágica mental, transformam o ordinário em algo verdadeiramente extraordinário. Num mundo que muitas vezes valoriza a conformidade, eles lembram-nos a beleza e a magia que reside na singularidade de cada mente brilhante.

sábado, 6 de janeiro de 2024

SUBTILEZA


A subtileza, muitas vezes negligenciada no meio da agitação do mundo contemporâneo, desempenha, contudo, um papel fundamental na nossa apreciação e compreensão da vida. A importância da subtileza reside na capacidade de perceber, apreciar e encontrar significado nas nuances mais delicadas que permeiam o nosso quotidiano.

No coração da subtileza está a arte de observar com atenção, de mergulhar nas camadas mais profundas das experiências. Ela manifesta-se na suavidade de um sorriso, na melodia suave de uma música, na beleza sutil de um pôr do sol. Ao abraçarmos a subtileza, somos convidados a desacelerar, a abrir nossos sentidos e a cultivar uma apreciação mais refinada para os detalhes muitas vezes despercebidos.

A subtileza também desempenha um papel crucial nas relações interpessoais. A capacidade de ler entre as linhas, compreender os sentimentos não expressos e perceber as pequenas mudanças no tom de voz ou na linguagem corporal fortalece os laços humanos. Relações verdadeiras são, muitas vezes, construídas sobre uma compreensão subtil das necessidades e emoções uns dos outros.

Na comunicação, a subtileza permite que expressemos os nossos pensamentos de maneira refinada e respeitosa. Um gesto delicado, uma escolha cuidadosa de palavras ou uma expressão facial podem comunicar nuances e sentimentos que palavras diretas talvez não consigam captar completamente. Isso cria uma comunicação mais rica e profunda, contribuindo para um entendimento mais completo entre as pessoas.

Além disso, a subtileza desafia a abordagem muitas vezes binária da vida. Ela nos lembra que o mundo é composto por uma vasta gama de tons e nuances, e que a verdade muitas vezes reside em espaços cinzentos, não apenas em preto e branco. Cultivar a apreciação pela subtileza convida-nos a abraçar a complexidade e a ambiguidade da existência.

Em última análise, a importância da subtileza está enraizada na capacidade de encontrar beleza, significado e compreensão nas delicadas sutilezas que permeiam o nosso dia a dia. Ao incorporarmos a subtileza em nossas vidas, somos presenteados com uma visão mais rica e profunda do mundo, uma apreciação mais aguçada das experiências e uma conexão mais autêntica com aqueles que nos rodeiam.

sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

IRREVERÊNCIA

A irreverência é uma qualidade que se manifesta através da ousadia, da quebra de padrões e da recusa em se conformar com as normas estabelecidas. É a chama que incendeia a monotonia, desafia o convencional e faz com que a vida seja vivida de maneira única e autêntica.

Quando alguém é irreverente, está constantemente a desafiar as expectativas e questionando as convenções sociais. Essa atitude não surge apenas da rebeldia, mas muitas vezes é alimentada por uma mente criativa e inquieta, que busca constantemente novas formas de expressão.

A irreverência pode manifestar-se de diversas maneiras, seja através do humor subversivo, da quebra de regras tradicionais ou da inovação em todas as áreas da vida. É a capacidade de enxergar além do comum, de encontrar beleza na diferença e de recusar a aceitação passiva das coisas como são.

Ao longo da história, muitos artistas, pensadores e inovadores foram movidos pela irreverência. Desafiaram as normas estabelecidas, ousaram ir contra o status quo e, dessa forma, contribuíram para o avanço da sociedade. A irreverência é, portanto, uma força motriz que impulsiona a evolução, a mudança e a criação.

No entanto, é importante notar que a irreverência não deve ser confundida com irresponsabilidade. Ser irreverente não significa desconsiderar completamente as regras sociais ou agir de maneira inconsequente. Pelo contrário, a verdadeira irreverência muitas vezes requer uma compreensão profunda das normas que estão sendo desafiadas, assim como a consciência das consequências de tais ações.

Em resumo, a irreverência é um ingrediente vital para uma vida plena e vibrante. É a chama que ilumina o caminho da criatividade, da inovação e da autenticidade. Ao abraçar a irreverência, abrimos espaço para novas ideias, novas formas de expressão e, acima de tudo, para uma vida que foge do ordinário, tornando-se extraordinária.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

VAIDADE

A vaidade é um conceito complexo que geralmente se refere ao excesso de orgulho ou admiração por si mesmo, muitas vezes associado à aparência física, conquistas pessoais ou outros atributos que uma pessoa considera importantes. Aquilo que é tido como fonte de vaidade pode variar significativamente entre culturas e indivíduos.

A vaidade pode ter tanto aspetos positivos quanto negativos. De um lado, a preocupação com a aparência e a busca de realizações pessoais podem motivar as pessoas a cuidarem de si mesmas, a buscarem o sucesso e se esforçarem para alcançar metas. No entanto, quando a vaidade se torna excessiva, pode levar a problemas como arrogância, falta de empatia e uma busca desequilibrada por validação externa.

Além da vaidade pessoal, a sociedade coloca, muitas vezes, grande ênfase em padrões de beleza, realizações materiais e outros critérios que podem influenciar a perceção individual de vaidade. As redes sociais, em particular, desempenham um papel significativo ao criar uma plataforma para as pessoas exibirem as suas vidas, aparências e realizações, potencialmente alimentando a vaidade.

É importante notar que o equilíbrio é fundamental. Aceitar e valorizar-se a si mesmo é saudável, mas a vaidade extrema pode levar a problemas interpessoais e emocionais. O desenvolvimento de uma autoestima saudável, baseada em conquistas equilibradas, relacionamentos positivos e aceitação de si mesmo, pode ajudar a mitigar os aspetos negativos associados à vaidade.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

EDUCAÇÃO E INSTRUÇÃO

A educação e a instrução são conceitos relacionados, mas possuem diferenças importantes no seu significado e amplitude.

A educação refere-se a um processo mais amplo e abrangente de desenvolvimento de uma pessoa. Ela não se limita, apenas, à transmissão de conhecimento académico, mas também envolve o desenvolvimento de habilidades sociais, emocionais e éticas. A educação visa promover o crescimento integral do indivíduo, preparando-o para enfrentar os desafios da vida, participar efetivamente na sociedade e contribuir para o bem comum.

Ela inclui não apenas a aprendizagem formal em instituições como escolas e universidades, mas também experiências informais, interações sociais, valores familiares e influências culturais. No fundo, visa moldar a personalidade, valores e visão de mundo de uma pessoa.

A instrução, por outro lado, é mais específica e refere-se à transmissão de conhecimento e habilidades numa área particular. Envolve o ensino de conceitos, teorias e práticas específicas. A instrução geralmente ocorre em ambientes mais formais, como salas de aula, onde um instrutor fornece informações e orientações aos alunos.

Enquanto a educação é um processo mais amplo e holístico, a instrução é mais focada e direcionada para a aquisição de conhecimentos específicos. Ela é frequentemente associada ao ensino de disciplinas académicas, técnicas ou práticas.

Em resumo, a educação é um conceito mais amplo que abarca o desenvolvimento global de uma pessoa, enquanto a instrução é mais específica, relacionada com a transmissão de conhecimento numa área particular. Ambas desempenham papéis cruciais no desenvolvimento humano e são complementares na promoção de uma sociedade educada e capacitada.

terça-feira, 2 de janeiro de 2024

LITERACIA FINANCEIRA

A literacia financeira é um aspeto crucial da educação e do desenvolvimento pessoal. Refere-se à capacidade de compreender e utilizar conceitos financeiros, como orçamentação, poupança, investimento, gestão de dívidas e planeamento para o futuro. A importância da literacia financeira reside no fato de que as decisões financeiras desempenham um papel significativo na vida de cada indivíduo.

Uma pessoa financeiramente literata está mais apta a tomar decisões informadas sobre como gerir o seu dinheiro, investir e planear para metas futuras, como a compra de uma casa, a educação dos filhos ou a reforma. Além disso, a literacia financeira ajuda a prevenir armadilhas financeiras, como endividamento excessivo e más decisões de investimento.

A falta de literacia financeira pode levar a consequências negativas, como endividamento descontrolado, falta de poupança para emergências e uma preparação inadequada para a aposentadoria. Portanto, promover a literacia financeira é fundamental para capacitar as pessoas a tomarem decisões financeiras mais responsáveis e sustentáveis ao longo da vida.

É importante integrar a educação financeira nos sistemas de ensino e promover programas de literacia financeira em comunidades para garantir que as pessoas tenham acesso às informações e ferramentas necessárias para tomar decisões financeiras informadas.

Dada a nossa enorme iliteracia financeira será que o novo governo se irá preocupar com este assunto?

segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

A DANÇA DOS PRIMEIROS PASSOS

Numa noite em que o céu se tingia de promessas, o relógio do tempo ecoava o suspiro do ano que se despediu. Era o primeiro dia do Novo Ano, um capítulo ainda por escrever nas páginas em branco do destino.

As estrelas, cúmplices do firmamento, dançavam ao som das esperanças renovadas. Cada brilho era uma promessa, um convite para os sonhadores ousarem alçar voo nos céus inexplorados dos seus desejos.

Na cidade, os relógios contavam histórias de ontem, enquanto as pessoas, com corações plenos de entusiasmo, saíam às ruas. As luzes das cidades piscavam em harmonia com a batida do coração do mundo, uma melodia de expectativas que ressoava em cada esquina.

Nas casas, as mesas estavam postas com banquetes de otimismo. Famílias e amigos reuniam-se, erguendo taças repletas de gratidão pelo que foi e de entusiasmo pelo que seria. Brindavam à saúde, ao amor, à prosperidade e à coragem de desbravar os desconhecidos dias à frente.

Nas praças, fogos de artifício explodiam em cores vibrantes, como pinceladas de um quadro celestial. Cada estouro celebrava a coragem de enfrentar o desconhecido, de deixar para trás o velho e abraçar o novo.

Enquanto o último segundo do ano anterior escapava pelo buraco do tempo, as pessoas se abraçavam, trocavam sorrisos e desejavam felicidade mútua. O abraço do Novo Ano era mais do que uma saudação; era um compromisso coletivo de fazer dos próximos dias uma tapeçaria de momentos inesquecíveis.

E assim, na dança dos primeiros passos, o Novo Ano se anunciava. As páginas em branco se enchiam de risos, lágrimas, conquistas e aprendizagens. Cada dia seria uma oportunidade de escrever uma história única, de acrescentar um capítulo ao livro da vida.

Que o Novo Ano seja um poema infindável, uma canção que embale os sonhos, um quadro que retrate a beleza da existência. Brindemos à jornada que se inicia, à coragem que nos impulsiona e à promessa de um amanhã repleto de possibilidades. Que a dança dos primeiros passos seja a trilha sonora da nossa busca constante por uma vida plena e significativa. Feliz Novo Ano!"