Diz Johnson que Portugal escapou ao registo do radar porque, em grande parte, a espiral da Grécia se desvaneceu. Mas isso não altera o facto de, segundo a sua opinião, se encontrarem ambos os países à beira da bancarrota, numa situação bem mais perigosa do que aquela que a Argentina atravessou em 2001, quando passou à fase de incumprimento.
Este economista que é professor no Massachusets Institute of Tecnology (MIT), integra o Instituto de Economia Internacional de Washington, é conselheiro económico do Departamento Orçamental do Congresso dos EUA e foi economista chefe e director do departamento de investigação do FMI, diz que nem os líderes políticos gregos, nem os líderes políticos portugueses estão em condições de fazer os cortes que se exigiriam, o que significará, nos próximos anos, desemprego, políticas duras e planos de apoio.
É que, afirma, Portugal tal como a Grécia, em lugar de abaterem os juros da sua dívida, tem refinanciado o seu pagamento através da emissão de nova dívida. A prazo, este esquema de pirâmede vai obrigar os mercados financeiros a reagir e a recusar a concessão de crédito. Ou a practicar taxas insuportáveis, o que resultará no mesmo.
Infelizmente, parece que o país oficial não entende este discurso alarmista. E mesmo que ele comporte algum pessimismo, contém verdades que ninguém quer confessar. É que é muito mais fácil acreditar em histórias da carochinha...que têm sempre finais felizes!
HSC
2 comentários:
Em 2002 a divida pública directa do estado era de 79,474 M€ em Fev10 era de 135,131 M€... e não se vai ficar por aqui... é sempre tendencialmente crescente...
Só há uma solução: Não respirar...
Mas lá que os Portugueses também são bons em esquemas... lá isso somos!!!
Mas que preocupação poderá ter o país oficial quando à mão de semear estão os inenarráveis prémios das inumeráveis mais valias do regime?
Mesmo para homens e mulheres pacíficos, isto já só lá vai com alguma noite de facas longas!
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