Análise séria e acutilante, humorada ou entristecida, do Portugal dos nossos dias, da cidadania nacional e do modo como somos governados e conduzidos. Mas também, um local onde se faz o retrato do mundo em que vivemos e que muitos bem gostariam que fosse melhor!
segunda-feira, 28 de setembro de 2020
Almoçar em casa de amigos
sexta-feira, 25 de setembro de 2020
Comer fora
Ontem dei um outro passo para a nova normalidade. Fui com amigos almoçar a um restaurante em Campo de Ourique. Tive uma sensação de liberdade, como há muito não tinha. Para a prolongar sabado irei a casa de uma amiga que resolveu reunir aqueles que mais estima, para lhes poder dar um abraço. E não fico por aqui. No dia 1 irei jantar com um grupo na casa de outros amigos que não vejo há muito tempo. Quanto à minha Grupa vai ser aqui na minha casa que nos iremos juntar. Depois...bom depois talvez seja Alentejo e Beira.
Quando escrevo isto, lembro-me das varias quarentenas que tive de fazer por causa das intervenções a que fui sujeita e garanto-vos que hoje andar na rua é um bem de enorme valor. Ainda estou sujeita até ao próximo dia 23 a algumas limitações. Mas poder, ao fim de tanto tempo, caminhar pela rua, olhar as arvores que começam a desfolhar, reparar nas alterações entretanto feitas nas zonas onde costumo passear, parar nas montras, beber uma bica, dá-me uma enorme satisfação.
Sempre fui uma pessoa de "pequenos gostos". Talvez porque tenha sido obrigada profissionalmente a fazer muitas viagens, sempre procurei compensar essa vertigem de países longínquos e diferentes, com as pequenas fugas dentro do meu. Agora, depois do Covid aprendi a fazer saídas dentro da minha cidade que irei aproveitar ao máximo, antes que uma segunda ou terceira vaga do vírus me atirem, de novo, para dentro de casa!
HSC
segunda-feira, 21 de setembro de 2020
Ir ao cabeleireiro
Calculam a beleza em que se encontra uma mulher que não vai, há seis meses, ao cabeleireiro. Eu fui uma delas. Mas que resolveu quebrar a regra.
De facto quando me olhava no espelho, acabava sempre a rir, porque quem eu via no dito era alguém que eu não conhecia. Assim, nesta bravura em que ando de criar um novo normal, lá fui à minha Rosa, que olhou para mim incrédula, e ainda me disse que "ia ser bonito cortar essa trunfa toda".
Levei quase uma hora a cortar o precioso bem e a pensar que iria afrontar a familia, já habituada a ver-me de carrapito, aprovado sem o meu consentimento. Claro que era uma forma de lhe chamar porque eu bem o enfeitava.
Felizmente e em especial para mim, não choveu, o que teria sido desastroso para uma cabeça quase rapada, como uma amiga, amorosa, me disse. Mas eu estava estupefacta por voltar a ser a pessoa que eu conhecia há muitos anos.
Vim para casa a pé e a pensar como esta quarentena me tinha podido dar a alegria de voltar a ser apenas eu. Já pensaram na magnífica sensação de nos reconhecermos na cabeça que trazemos?!
domingo, 20 de setembro de 2020
Radioactive
quarta-feira, 16 de setembro de 2020
ABC da vida
Para todos aqueles que me perguntaram
https://www.wook.pt/livro/o-abc-da-vida-helena-sacadura-cabral/23935740
https://www.bertrand.pt/livro/o-abc-da-vida-helena-sacadura-cabral/23935740
https://www.fnac.pt/O-Abc-da-Vida-Helena-Sacadura-Cabral/a7620412#omnsearchpos=1
Espero que aqueles que o lerem tenham tanta satisfação como a que eu tive ao escrevê-lo!
HSC
segunda-feira, 14 de setembro de 2020
Cristina
quinta-feira, 10 de setembro de 2020
Quantos anos tenho?
TENHO a IDADE em que as COISAS são VISTAS com mais CALMA, mas com o INTERESSE de seguir CRESCENDO.
TENHO os ANOS em que os SONHOS COMEÇAM a ACARICIAR com os DEDOS e as ILUSÕES se CONVERTEM em ESPERANÇA.
O que IMPORTA se faço 20, 40, 60 ou 80?
O que IMPORTA é a idade que SINTO.
Tenho os ANOS que NECESSITO para viver LIVRE e sem MEDOS.
Para SEGUIR sem TEMOR pela TRILHA, pois LEVO comigo a EXPERIÊNCIA adquirida e a FORÇA dos meus ANSEIOS.
QUANTOS anos TENHO?
ISSO a quem IMPORTA?
TENHO os ANOS NECESSÁRIOS para PERDER o MEDO e FAZER o que QUERO e o que SINTO”.
Este texto é atribuído a José Saramago. Encontrei-o, perdido, entre papeis que ando a arrumar. Não sei porque o guardei, nem quando isso aconteceu. Mas agora que o tenho nas mãos apeteceu-me partilhar-lo convosco, porque voltei a achar-lhe o mesmo encanto!
HSC
quarta-feira, 9 de setembro de 2020
Mais um livro
Dos sentimentos
San Miniato al Monte
De ti não direi as ruas,/ os espelhos.// Se tiver palavras, direi os pés/ submersos nos degraus invisíveis,/ uma escada de subir. Direi o silêncio/ se houver palavras, o silêncio/ de não ter palavras e saber a tarde.
Estes versos foram publicados, na integra, na ultima Pastoral da Cultura. O seu autor, José Rui Teixeira, é investigador e poeta e descreve a beleza do local, onde viajou. O resto do poema é igualmente belo Neste espaço seria impossível reproduzi-los, mas vale a pena le-los completos porque e nós estamos a precisar de falar de vida, de amor, de felicidade e de coragem. Esses têm de ser os sustentáculos para o tempo que há-de vir.
Aqueles que me lêem sabem o quanto preciso de silêncio e também de alegria. Por alguma razão que desconheço, estes versos deram-me essas duas emoções!
HSC