sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Comer fora

Ontem dei um outro passo para a nova normalidade. Fui com amigos almoçar a um restaurante em Campo de Ourique. Tive uma sensação de liberdade, como há muito não tinha. Para a prolongar sabado irei a casa de uma amiga que resolveu reunir aqueles que mais estima, para lhes poder dar um abraço. E não fico por aqui. No dia 1 irei jantar com um grupo na casa de outros amigos que não vejo há muito tempo. Quanto à minha Grupa vai ser aqui na minha casa que nos iremos juntar. Depois...bom depois talvez seja Alentejo e Beira.

Quando escrevo isto, lembro-me das varias quarentenas que tive de fazer por causa das intervenções a que fui sujeita e garanto-vos que hoje andar na rua é um bem de enorme valor. Ainda estou sujeita até ao próximo dia 23 a algumas limitações. Mas poder, ao fim de tanto tempo, caminhar pela rua, olhar as arvores que começam a desfolhar, reparar nas alterações entretanto feitas nas zonas onde costumo passear, parar nas montras, beber uma bica, dá-me uma enorme satisfação.

Sempre fui uma pessoa de "pequenos gostos". Talvez porque tenha sido obrigada profissionalmente a fazer muitas viagens, sempre procurei compensar essa vertigem de países longínquos e diferentes, com as pequenas fugas dentro do meu. Agora, depois do Covid aprendi a fazer saídas dentro da minha cidade que irei aproveitar ao máximo, antes que uma segunda ou terceira vaga do vírus me atirem, de novo, para dentro de casa!


HSC

10 comentários:

  1. Drª Helena! A Senhora é realmente muito corajosa. Já conseguiu desconfinar! Está cheia de vontade de conviver. Cuide de si com todas as medidas indicadas. Este tempo Covid, para mim é presente e continua assustador. Não se sabe muito bem se a primeira vaga passou ou se a segunda já está aí, ou se andamos aqui com picos de casos em crescendo sem conseguir distinguir as vagas e sem controlar a epidemia. Ainda não consegui desconfinar totalmente, saio apenas para cumprir obrigações e quando o faço cumpro com todas as medidas de segurança . Não sei se estou a exagerar...Quando penso em sair e vejo noticias perco a vontade. Gostava de dar uma saída ao Alentejo, mas...parece-me que ainda não é o tempo certo...pelos contágios que continuam a aparecer.

    ResponderEliminar
  2. HSC, ...” agora depois do COVID...” quem me dera que já estivéssemos nesse “depois”!! Qd assim for, a primeira coisa que faço (fazemos) é comprar um bilhete de avião!! Agora faço quase como a/o anónima/o das 15:43.

    ResponderEliminar
  3. Cara Dalma

    Já não será no meu tempo que o Covid acabará, Como não acabou o HIV. Sei, por isso, que se quiser viver os anos que me restam tenho de encontrar uma vida pós Covid. Vida em que quando fechar os olhos, saiba que fiz tudo o que ainda me é permitido fazer...
    Acredito que se aproxima com o inverno uma vida muito mais dificil, em que uma parte daquilo de que vivo - os livros - não me permitirá manter o actual estilo de vida. E acredito que as mortes dos mais velhos serão, com as gripes da estação, muito mais perigosas. Vivi já bastante tempo para poder apresentar-me lá em cima consciente do que ao longo dos anos tentei viver. Por isso sem medo.
    Daqui, que o meu pos Covid, nao seja o seu fim, mas a minha habituação a que terei de arranjar maneira de viver com ele, com pequenos instantes de felicidade, e não como se estivesse morta!

    ResponderEliminar
  4. Os pequenos prazeres que nos dão uma sensação de alguma normalidade.
    Faz bem à mente.
    Tenha uma excelente semana

    ResponderEliminar
  5. HSC, diz que “a COVID não acabará como não acabou o HIV.”. Mas a diferença é que no HIV só era infetado quem andava “à chuva”, com a COV 19 pode tocar-nos a todos já que não podemos meter-nos na utopia de uma redoma!
    A vacina chegará ainda a tempo de eu, a HSC e muitos mais a tomarmos e votarmos a ter a esperança de andarmos por aí sem medo!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Que disparate... E as transfusões de sangue e seus deivados... E

      Quantas vítimas D. Dalma?

      Eliminar
  6. Oh! Dalma, Deus a oiça e a ciência também porque eu tenho imensas saudades de abraçar filho e neto.
    O Miguel era um filho cheio de afecto. Penso, muitas vezes, que staria agora, tenho a certeza, a levantar-me ao colo, envolvido num desses fatos que cobrem tudo.

    ResponderEliminar
  7. Isto não é desconfinar, isto é relaxar e total despreocupação.

    ResponderEliminar