domingo, 23 de setembro de 2018

Os taxis


Como tenho carro e "passe" não uso muito os meios de transporte alternativos. E também não conheço suficientemente a lei Uber para começar aqui a dar bitaites sobre a querela.
Mas duas vertentes não posso deixar de referir neste assunto e que para mim são importantes. Uma diz respeito à "obrigatoriedade" que nos pretendem impor, de escolher o primeiro taxi duma fila. A outra é a indisponibilidade de ar condicionado, obrigando o utente a viajar de janelas abertas para suportar o calor de taxis  que são maioritariamente pintados de preto.
O que é que eu pretendo neste tipo de serviço? Que ele seja o mais qualificado possível, porque é isso que corresponde à bandeirada que pago. Depois, que o veículo esteja limpo e, finalmente, que ele seja climatizado. Acresce que quero ter o direito de escolher o carro em que pretendo viajar e não ser obrigada a usar o tal "primeiro" que pode não ter as características que desejo, como já me aconteceu à saída do SAMS, após um tratamento doloroso, e em que vim num taxi que mais parecia um forno.
Percebo a luta dos taxistas, mas lamento que o veículo em que viajo não esteja impecavelmente limpo e não seja aquele que eu tenho a liberdade de escolher. No dia em que tomar um taxi seja a garantia de um serviço à altura do que pagamos, tenho a certeza que muitos portugueses deixarão de recorrer às plataformas do transporte alternativo, que essas sim, oferecem, entre outros, os tais dois critérios que acima referi: limpeza e ar condicionado. 
Ora em toda esta questão, ninguém levantou o tal problema da "qualidade do serviço fornecido", que para o utilizador é uma mais valia importante a considerar quando tem de recorrer a este meio de transporte.

HSC

14 comentários:

  1. HCS, exatamente: QUALIDADE DE SERVIÇO!
    Estava em San Francisco (CA) quando a Uber apareceu e os carros eram identificados por um enorme “bigode” cor de rosa como fotografei aqui

    https://noareeiroeporai.blogs.sapo.pt/tag/san+francisco

    Eram então particulares que ofereciam um lugar ou dois na rota para o trabalho combinado pela internet...

    ResponderEliminar
  2. E do profissionalismo, ética e competência do condutor.
    Vezes demais não se repara na conformidade do taxi, tal a não qualidade de quem o conduz.
    Entre a condução ora a morrer ora F1, o rádio aos berros no posto que o fornecedor escolhe e o resto ...
    Porque será que os taxis não encomendam um inquerito independente aos clientes de taxis, Uber e etc., a perguntar qual escolhem e porquê e percebem que lhes falta evoluir ?

    ResponderEliminar
  3. O sector dos táxis em Macau é um problema muito sério.
    Porque está cheio de meliantes, porque é controlado por grandes interesses.
    Tão grandes, tão poderosos, que correram daqui com a Uber.

    Alguns dos problemas que apresentam, e acredite que são os menores, são semelhantes aos que aponta aos táxis em Portugal (veículos velhos, sujos, sem condições).
    Mas vão muito para além disso.
    Para situações de flagrante violação à lei (preços alterados, taxímetros desligados, sequestro de quem não lhes quer pagar o que exigem).

    Já me aconteceu aí em Lisboa exactamente o que descreve.
    Tive que ir procurar o primeiro táxi da fila (é sempre assim).
    Tínhamos chegado de Coimbra, íamos ficar uns dias em Lisboa, depois íamos uns dias ao Algarve.
    O idiota que estava no primeiro lugar da fila pensou que queríamos ir de Santa Apolónia para o Aeroporto.
    E, mesmo sem perguntar nada, recusou o transporte.
    O colega que estava em segundo lugar dirigiu-se a nós, criticou o outro, transportou-nos ao hotel, e ainda ganhou uma boa gorjeta.

    Para finalizar, confesso que sempre que vou aí a Lisboa é a Uber que utilizo.
    Bom serviço, bons carros, gente educada.

    Boa semana

    ResponderEliminar
  4. Totalmente de acordo. Tenho usado táxi apenas quando vou às consultas no hospital com a minha mãe. Para evitar o que refere "o primeiro da fila" chamo o taxista de sempre que tem um carro confortável, ar condicionado e a sua amabilidade sobretudo para com a minha mãe...não há dinheiro que pague.

    Não percebo esta luta sei apenas que os taxistas deveriam modernizar-se porque a era não é de piqueniques com "chouriça" mas sim adaptarem-se e cada um fazer o seu melhor como o que eu chamo que se adaptou e tem tido o seu sucesso.

    Filas de táxis parados, sindicatos mais que ultrapassados e sei de muitos casos cobram o impensável fazendo trajectos etc., etc. e como tal...a maioria chama e chamará sempre quem lhe dá "um serviço de qualidade".

    Um abraço

    ResponderEliminar
  5. Bom dia Helena

    Acrescento mais uma razão porque o Táxi não nos serve- mas serve-se de nós. Em Cascais onde moro não posso apanhar um táxi no fim da 25 de Abril por existir uma "praça" na Estação de comboios, lá vamos nós na "obrigatoriedade" que nos pretendem impor, e ir onde estão os "taxistas" junto ao quiosque a bebericar as suas "bejecas".
    Uma vez mais, bem haja.
    Maria Helena

    ResponderEliminar
  6. Verifiquei que o link que deixei no comentário não abre pq está incompleto. Vai aqui de novo:

    https://noareeiroeporai.blogs.sapo.pt/92179.html

    É interessante saber como a ideia surgiu!

    Dalma

    ResponderEliminar
  7. Infelzimente, a tudo isto há que acrescentar a (falta) de educação de alguns contdutores, que passa pelo linguajar, pela imposição do volume e da estação de rádio, entre outros, e até pela própria condução. E se quisermos retirar o nº de "carteira" do índividuo em questão ainda nos temos de decidir se queremos entrar numa guerra aberta, pois não são exatamente visiveis.
    Claro que há inúmeros profissionais dignos do nome, mas ainda assim há imensos a necessitar de muita e apurada formação.

    ResponderEliminar
  8. Esta contestação dos taxistas não faz qualquer sentido. Seguindo este princípio, também os merceeiros há anos atrás, teriam reivindicado a continuação das mercearias e não a implantação dos supermercados.

    ResponderEliminar
  9. Aqui vou discordar, Dona Helena, eu ando de táxi há cerca de três décadas e, sinceramente, nunca tive razão de queixa. Fui sempre bem tratada, nunca fui explorada e a questão da higiene também nunca se pôs. Quanto ao ar condicionado, não me incomoda nada ir com a janela aberta. Ah, moro em Braga.
    Acho que a Uber e outras plataformas similares fazem uma concorrência desleal aos taxistas, que têm que pagar o alvará, o seguro, outras taxas e taxinhas, além de estarem limitados no número de veículos e áreas onde podem circular; constrangimentos que não se impõem à Uber.
    É injusto. Acrescento que não tenho ninguém na família que seja taxista.

    ResponderEliminar
  10. No ultimo taci que apanhei o taxista tentou vender me cd pirata

    ResponderEliminar
  11. Parece que isto está correto:
    https://observador.pt/2018/09/24/o-que-distingue-taxis-e-plataformas-como-a-uber-aos-olhos-da-lei-em-12-pontos/

    um abraço,

    Pedro

    ResponderEliminar
  12. Andar de táxi é nalguns casos uma aventura !
    Assumidamente hoje em dia salvo um caso esporádico apanho um táxi!
    Como é de conhecimento de todos nós por experiências própria confesso que estou de acordo com a maioria dos comentários aqui escritos que infelizmente conrrespodem à realidade quotidiana, relembro que estes motoristas , muitos não ajudam a colocar a malas no porta malas e pior ! cobram uma tarifa extra por mala o que não acontece com outros táxis noutros países !
    Os Srs. motoristas de táxi, quase nos forçam a escolher o trajecto que eles gostam de utilizar, e quando pedimos para fazer um percurso diferente ele mostra uma expressão de poucos amigos “ quase ameçeadora “ . Carros encardidos ; que cheiram a suor dos ocupantes, bancos com tecido acrílico que apresenta uma característica de gordura agarrada por falta de lavagem ! Enfim ...
    A UBER é o futuro porque dá a oportunidade para todos terem acesso a um trabalho ! Não existe discriminação mas sim uma seleção de pessoas / condutores, educados , com roupa limpa, que estejam aptas a servir um público que gosta de ser respeitado e paga para um serviço como manda a conduta social.

    MPR

    ResponderEliminar
  13. Completamente de acordo consigo, noto que em toda esta trapalhada a opinião do cliente pagante nunca foi escutada...Bem-haja !

    ResponderEliminar
  14. É pena ninguém falar na educação e limpeza dos passageiros, porcos,assoam se e deixam o lenço ou no chão ou na porta, querem escravos para dar ordens enquanto falam ao telemóvel,não querem pagar os suplementos estipulados, estão sempre com pressa nem bom dia ou boa tarde...não prestam,não serão todos claro, mas esses, fiquem todos na UBER.
    No táxi,não pode comer,beber ou fumar...pensem q o motorista não pode ser algo q os clientes não são...

    ResponderEliminar