quinta-feira, 13 de setembro de 2018

A penitência do Bloco


Se certas situações não fossem muito tristes, acabariam por nos fazer dar uma bela gargalhada. A confissão católica e respectiva penitência, sempre me deixaram num grande incómodo. Não se tratava de ter de contar a um padre - no inicio da minha pratica religiosa, nem sequer sabia quem estava do lado de lá do confessionário - os meus "pecadilhos" mas, sobretudo, o facto de eles me serem perdoados "em troca" de umas tantas orações que constituíam a minha penitência. Com o tempo e um progressivo esclarecimento esta prática alterou-se e hoje há Igrejas onde descobrir um confessionário não é tarefa fácil. 
Assim, desde que Tolentino de Mendonça entrou na minha vida religiosa, não me lembro mais de penitências mas apenas e só de bênçãos recebidas.
Esta triste história do Sr Ricardo Robles era, a meu ver, suficiente para que o Bloco fizesse algum "luto" silencioso sobre a matéria. Mas não. Além da taxa Mortágua, o partido decidiu penitenciar-se - a feliz expressão foi brilhantemente usada por Carlos Cesar - e propor a criação de uma nova taxa talvez, quem sabe, para se redimir do caso e, em simultâneo, castigar o belo Robles e a irmã, caso tentassem, agora, vender o apartamento. 
Como diria um amigo meu que por lá navegou, ser bloquista tem sempre um alto preço...

HSC

8 comentários:

  1. O sr. Robles fez mais pela especulação imobiliária neste país, que qualquer especulador imobiliário.

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    1. Eu não sou do BE,mas fazer uma afirmação destas,é não ter a noção do que se passa! A Pastelaria Suíça fechou,há outro restaurante na Baixa q.vai fechar,porque "investidores estrangeiros",não renovaram os contratos. E casos de brasileiros e franceses são às dezenas! Não é por acaso que a Nova Zelândia, proibiu a venda de imobiliário a estrangeiros...

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  2. Subscrevo totalmente as suas palavras.

    Os meus cumprimentos.

    Irene Alves

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  3. HSC, “bem prega S. Tomás, olha para o que eu digo e não para o que eu faço”!!
    Uma falta de honestidade!
    Uma vez ouvi a um brasileiro a propósito de uma situação menos própria: “amigo, o jornal de hoje está a embrulhar o peixe amanhã, por isso não te preocupes, rapidamente se esquece...”

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  4. Há assuntos que, até por uma questão de pura decência, devem ser evitados.
    O Bloco falar em especulação imobiliária e taxas para combater o fenómeno é um óptimo exemplo dessa realidade.

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  5. Não têm é vergonha na cara, isso sim.

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  6. Inteiramente de acordo quer em termos religiosos quer em termos políticos!

    Um abraço e bom domingo

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  7. Geringonça no seu "melhor" com este caso Robles.Mas há mais!
    A visita de Costa a Angola,recebido com honras de estado,e em profundo respeito desfila de calça de ganga,camisa aberta e o casaco do irmão mais novo,já demasiado justo a pedir reforma.
    Será desrespeito ou desleixo?
    A Gonçalves

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