sábado, 20 de junho de 2015

Ganhar batalhas

“...Desde o dia em que foi eleito, Tsipras jogou todas as fichas no medo de um efeito dominó que arrastaria a periferia vulnerável. Para obter dinheiro sem fazer concessões, o primeiro-ministro pensou que a simples perspectiva da bancarrota grega levaria Portugal e Espanha na voragem dos mercados, ou seja, apostou na desgraça dos parceiros, o que é inédito na UE. Esta estratégia tinha pés de barro e o efeito dominó será mais político do que financeiro, pelo menos assim pensam os credores. Em resumo, este parece ser o fim da linha para as ilusões de quem não quiser cumprir o Tratado Orçamental.”
    
            Luis Naves no blog colectivo Delito de Opinião

Penso que estas negociações não correram da melhor forma e que os governantes gregos, nomeadamente o seu Ministro das Finanças,  não hesitou na arrogância com que falou dos seus propósitos. Infelizmente não parece ser assim que se ganham as batalhas. Na segunda feira se saberá onde está a razão!


HSC

15 comentários:

  1. Aguardo também para saber. E saber as consequências seguintes que
    ninguém verdadeiramente sabe...Portanto vários pontos de interrogação,
    que nos enerva!!!
    Sobre o povo grego, penso que seja o que for que lhes aconteça,
    já estão habituados a sofrer e conseguirão ressurgir. É isso
    que eu lhes desejo.
    Não lhes quero mal nenhum...Votaram...foram ingénuos ao acreditar
    que o capital tinha sensibilidade...O capital é cego,surdo e mudo...
    E quanto a nós, portugueses, não estou tão certa que estaremos"a salvo"
    há tanta mentira, temos que continuar muito preocupados.
    Desejo-lhe um feliz sábado.
    Os meus cumprimentos.
    Irene Alves

    ResponderEliminar
  2. Quando Luis Naves refere e ou diz:" O Ministro das Finanças, não hesitou na arrogância com que falou dos seus propósitos. Infelizmente não parece ser assim que se ganham as batalhas"

    eu pergunto

    e o que dizer da arrogância de tantos membros da UE que se vêem em papos de aranha e também do FMI? Desta forma ganham batalhas? Como é a primeira vez que enfrentam um cenário único têm sabido lidar com a situação? A Alemanha onde existe o melhor e o pior do pior... continua armada em dona de tudo?

    Sinceramente acho e digo apenas que a "austeridade dizima e ou enlouquece o povo". Por cá em muitos casos foram "cortes cegos e pela via mais fácil." Afinal as gorduras do Estado continuam a "inchar" e Portugal ainda será dos portugueses?" Se a Grécia sair do Euro para onde é que a "porcaria dos mercados sem rosto" se virarão? Á pois é...e

    As mentiras que nos dão/vendem agora na charanga das campanhas eleitorais é como o sabonete...faz escorregar o mais incauto.

    Segunda-feira haverá acordo e ou muito me engano será a UE a ceder e tem mesmo...ou então a Alemanha que pague a dívida do passado e ou fique com os quase oitenta mil imigrantes que fogem de horrores e se os gregos retiram o "tampão", não sei não!

    Posso estar redondamente enganada, mas é a leitura que faça e vale o que vale!

    Um bom domingo


    ResponderEliminar
  3. Anónimo das 09:36
    Infelizmente a arrogância das instituições e dos países credores é grande. Tem razão.
    Mas foram esses que emprestaram a alto juro o dinheiro de que os países em dificuldade precisaram. Ou seja quem empresta dita as normas.
    Não sou particularmente europeista. Não acredito numa Europa unida nem a duas velocidades. Olhando o quadro economico financeiro da Grécia não só julgo que foi um erro a sua entrada, como se lhe toleraram medidas que conduziram ao estado actual, porque as estatísticas fornecidas eram falsas. Se fizer uma comparação, por exemplo, entre as nossas pensões e as deles perceberá o que digo...
    Quanto à politica nacional e às charangas eleitorais...que vote quem acredita nelas. Não é o meu caso!

    ResponderEliminar
  4. JR tem razão esse anónimo assina Fatyly e eu não vi. O dono a seu dono!

    ResponderEliminar
  5. Uma no cravo, outra na ferradura.

    ResponderEliminar
  6. Confesso q acho imensa graça aos da direita a fazer figas para q a grecia perder, para nao resultar. Acho mesmo uma delicia. Deve ser porque a outra opcao resultou. É ver por nós... resultou mesmo, cofres cheios e tudo. O povo perde a casa, o emprego, a comida na mesa, o país vende-se a retalho...mas é na boa, somos exemplares... acho mesmo o máximo.

    ResponderEliminar
  7. Milhares de manifestantes por'uma Europa dos cidadãos, não dos banqueiros', exigiram ontem, em Berlim, um rumo de solidariedade face à Grécia, por parte da Alemanha e da UE.

    Em Março de 2015, um casal de turistas alemães, entregou ao autarca de Náuplia, na Grécia, 875€, a sua parte, como pagamento da dívida de 162 mil milhões de euros da Alemanha à Grécia, resultante do empréstimo forçado, em 1942, durante a II Guerra Mundial.

    162 mil milhões de euros, correspondem aproximadamente a metade da dívida actual da Grécia.

    Os 875€ foram entregues pelo autarca a uma associação de ajuda a pessoas carenciadas.

    O casal de alemães escolheu Náuplia, simbolicamente, por ter sido a primeira capital da grécia no séc. XIX.

    ResponderEliminar
  8. Anónimo das 14:46
    Julga mesmo que um vulgar cidadão, neste caso cidadã, que não faz política nem por ela se interessa particularmente, pode ficar feliz e desejar a um seu semelhante grego a humilhação e angústia pela quai o povo grego está a passar?!
    Não sei quem é o Anónimo. Mas arrepia-me um pouco, pensar que alguém leia, num post como este, uma tal carga de ódio ou perversão.

    ResponderEliminar

  9. Anónimo das 16'04"

    Os milhares de manifestantes eram 3500 pessoas, pode confirmar isso na imprensa internacional de várias cores.

    Berlim tem 3.5 milhões de habitantes dentro dos limites da cidade.

    Isto quer dizer que 1 em cada 1000 habitantes de Berlim desfilou, se fôsse em Lisboa eram 500 pessoas e se fôsse numa vila sede de concelho onde eu agora passo grande parte do tempo seriam 5.

    Isto só para lhe dizer que ninguém prejudica mais uma causa do que os que a defendem de forma pouco crítica, pois só a banalizam.

    RuiMG

    PS- O casal de alemães quis o seu "momento de fama", quem é generoso não escolhe os holofotes.



    ResponderEliminar
  10. Quando alguém defendo o Tratado Orçamental (essa barbaridade!), como o tal blogue Delito de Opinião, está tudo dito. Não vale a pena perder tempo com o indivíduo. Recomendo vivamente a leitura do livro Portugal na queda da Europa de Vitorino Soromenho-Marques. O que lá se diz sobre o dito Tratado desmonta a irresponsabilidade de o defender, como faz o dito blogue. E que o apaoio nesse sentido.

    ResponderEliminar
  11. Anónimo das 18:47
    O blog DO não defende o TO. Há quem escreva lá e o defenda. O que é diferente.
    E, sim, concordo consigo: deve ler-se o livro de S. Marques, concorde-se ou não com tudo o que lá está.
    Aliás, costumo ler o que ele escreve em artigos de opinião. Respeito as suas opiniões.
    Como vê nem todos pensamos o mesmo. Mas todos devíamos fazer um esforço por entender quem pensa de forma diferente da nossa.

    ResponderEliminar
  12. RuiMG
    É a sua opinião, mas não é la minha.
    À quantidade prefiro a qualidade, e esta nunca é banal.

    EtelvinaS

    ResponderEliminar

  13. EtelvinaS

    Muito agradeço a atenção que me deu.
    Claro que é a minha opinião e não a sua, se todos pensássemos igual ou parecido havia de ser muito entusiasmante o nosso viver...

    Acontece que, logo por azar seu, que denota tiques de superioridade no conceito da frase que nada diz, em democracia é a quantidade de votos que conta e não a qualidade dos votantes.

    Se fôsse a qualidade tal como a vê no modo como contrapõe o meu comentário, um grupo de gente das grandes cidades vagamente desocupado ao fim da tarde (se calhar todas as tardes) teria direito a uns 10 votos por cabeça enquanto que um trabalhador rural farto de que os seus concidadãos percam mais tempo a defender os trabalhadores rurais gregos que os portugueses e desejoso de vir a Lisboa apertar-lhes o pescoço nem a 1 voto teria direito.

    Ora acontece que eu tenho uma pessoa dessas a "tomar-me conta" de uma casa no interior do país (passa por lá todos os dias a ver se está tudo bem) e esse senhor concreto, que se está borrifando para as frases dos bem pensantes que só dizem banalidades políticamente correctas como os ditos se estiveram sempre borrifando para a verdadeira realidade da vida dele, lutou e sofreu muito mais na vida para sobreviver e criar 5 filhos com o ordenado menos que mínimo do que pessoas como V. Exa. alguma vez podem imaginar.
    Eu próprio só o imagino - e mesmo assim vagamente - porque sou, nas palavras dele, a "única família" que tem de há 20 anos para cá.

    Portanto se alguém devia ter direito a 10 votos era ele, na minha opinião, mas ía certamente utilizá-los "mal" do seu ponto de vista, o "povo" nunca sabe votar bem, não é?

    Os meus cumprimentos

    RuiMG

    PS- Eu previ 500, apareceram 200:

    http://www.noticiasaominuto.com/pais/409833/cerca-de-200-pessoas-em-protesto-de-apoio-a-grecia-em-lisboa

    Estou certo que a EtelvinaS era uma delas.



    ResponderEliminar
  14. RuiMG

    Começo por lhe dizer que a qualidade, ou a falta dela, existe em qualquer classe social, em qualquer grupo social, político ou outro, e não se mede pelos «números».
    Nem tudo os números conseguem avaliar.
    Vejo que gosta de atirar a alvos, alguém em quem possa aplicar os seus tiques didáticos.
    Talvez para fazer valer a sua sabedoria sénior, porque provavelmente sente que esta não tem sido valorizada e reconhecida como merece, ressente-se disso, e vá de descarregar no «inimigo», quem não partilha das suas ideias políticas.
    No entanto, faz mais sentido ser o aluno a escolher o professor e não o contrário.
    Já agora, se o contacto que tem com «o povo» é uma única pessoa (que diz que lhe toma conta da casa de campo), se aplicássemos aqui a sua teoria dos números seria, do seu ponto de vista, irrelevante.
    E ainda: em democracia, contam todos, ou deveriam contar, e não só quem está no grupo maior, certo?
    À parte uma ou outra insinuação, de primário preconceito, má-língua e escassez de respeito democrático (como, por exemplo, «um grupo de gente vagamente desocupada», etc.) agradeço a sua resposta.
    E ficamos por aqui, escreva o que escrever, eu não vou responder.
    Deixe lá a sua tendência para reduzir as pessoas a números e a votos, e seja feliz.

    EtelvinaS

    ResponderEliminar