domingo, 21 de junho de 2015

Um Presidente


Um Presidente da República pode exigir que as promessas sejam cumpridas. Pode exigir e vigiar e se entender que as promessas não estão a ser cumpridas, deve usar todos os meios ao seu dispor para encetar uma renovação política”. 

Esta foi a resposta dada por Sampaio da Novoa, este sábado, a uma pergunta que lhe foi feita num encontro com a sociedade civil, em Viseu, para falar de Cultura.
Estaremos, assim, perante alguém que demitiria o governo e dissolveria a Assembleia quando, em seu entender, o primeiro não cumprisse as promessas feitas em campanha. O que, no nosso país, poderia, como se calcula, conduzir a uma série de demissões em cadeia.
Claro que a Assembleia poderia, nesse caso, renovar a confiança no governo, ou o país eleger, outra vez, o mesmo partido, situação em que, creio, ao Presidente só restaria renunciar ao cargo. 
Mas, julgo, isso não preocupará o candidato, que também afirmou: "serei um Presidente da República despojado porque não tenho nenhuma carreira política ou outra qualquer pela frente. Não hesitarei nunca em tomar as decisões que eu ache que devem ser tomadas”. 

Teríamos, assim, um Presidente que, segundo as suas próprias palavras, nos garantiu que "todos os dias acordarei a pensar e a mobilizar os portugueses para as grandes causas”!

HSC

16 comentários:

  1. Apesar deste Post conter uma crítica implícita a Sampaio da Nóvoa, sou de opinião que temos Homem, temos Presidente. Não terá adversários à altura numa segunda volta. Nem mesmo o comentador da TVI.

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  2. E ainda bem, se assim fosse.


    Um bom Domingo para si.

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  3. Costa e amigo Nódoa.Não lhe bastava o 44.Cada tiro cada melro...

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  4. Até dá vontade de rir, se não fosse trágico. Este é o exemplo mais típico do discurso vazio. O que serão "as grandes causas"?
    Não há pachorra. Mas esperemos que não seja eleito...

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  5. Anónimo das 12:29
    O humor delicia-me sempre.
    O post sobre o candidato não contém uma crítica implícita como diz. A sua análise é que tira essa conclusão das palavras que seleccionei do discurso de Nóvoa, académico que não conhecia e me esforço por conhecer. Como farei com todos os outros, porque a minha paciência é à prova de bala.
    Assim, a crítica, se existe, está nas palavras do candidato, já que as de minha lavra são bastante débeis!

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  6. Anónimo das 12:29
    Mas admite que haverá uma segunda volta?!
    :-))

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  7. Maria Eu
    Está mais bem feliz do que eu, ao saber quem pode escolher!

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  8. Não é 'o meu candidato' e por isso estou à vontade para falar. O que determinará que certas pessoas o rejeitem liminarmente? Não terá, Sampaio da Nóvoa, o direito ao benefício da dúvida?
    Ao contrário do que alguém aqui disse e de acordo com a opinião recente de gente que está bem perto dos candidatos de direita, Marcelo Rebelo de Sousa é o número um nas preferências.
    Já uma sondagem feita há dois dias, diz que nem Sampaio da Nóvoa nem Rui Rio se aproximam do professor, avançando ainda que não haverá segunda volta.

    Cumprimentos, estimada Helena.

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  9. Caro Observador
    Conhecia vagamente o nome de SN como académico. Quando surgiu a sua candidatura fui pesquisar quem era e quem fora.
    Por isso respondo-lhe tranquilamente que aquilo a que chama "rejeição", no meu caso se situa basicamente nas suas declarações que não desligo do seu percurso extra académico.
    É claro que todos têm o benefício da dúvida. Mas se no caminho de vida de alguém existirem opções com as quais se discorda, é capaz de ser difícil duvidar...
    Fiz-me entender?

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  10. Claro que se fez entender, estimada Helena. Obviamente, e como não poderia ser de outra forma, respeito a sua opinião.
    Apenas um pormenor: no meu comentário não me referia a si.
    Cumprimentos

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  11. Cara Helena. Um PR que toma uma medida contra um governo e, nessa sequência, vê o eleitorado "puxar-lhe o tapete" só tem o caminho da renúncia. Era o que podia ter acontecido a um PR (aliás nada do seu agrado) quando, em 2005, pôs fim ao governo das "trapalhadas".

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  12. Meu caro Francisco
    É verdade. Muito teriamos que falar dessa decisão, apesar de eu a considerar justa. Ou seja concordo com a decisão, mas não acredito que ela tenha sido tomada, "apenas", para evitar as trapalhadas. Mas que elas existiam e foram bem aproveitadas, ninguém duvida. Infelizmente haviam de nos trazer outras, mais tarde, como sabe!
    É também é verdade que não foi um PR da minha simpatia. Foi, aliás, a primeira vez que não votei, na democracia que temos. E isto porque a um PR, do meu posto de vista, exige-se mais do que ser um bom político, que ele foi. Talvez seja por conhecer bem demais o seu lado não político, que as nossas opiniões, neste ponto, não coincidem. Mas como respeito muito a sua opinião, admito que a minha possa ser parcelar.

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  13. Cara Helena. Registo a sua generosidade. As "razões" são sempre de cada um. Vou contar-lhe uma historieta. Um dia, tendo abandonado uma determinada função técnica no MNE, mandei uma carta a um velho funcionário, um técnico reputado, com o qual não tinha uma relação hierárquica mas com quem tinha tido alguns desaguisados sobre certos processos (tudo sempre com a maior correção de parte a parte). Achei ser meu dever manifestar-lhe, nesse momento em que deixávamos de trabalhar um com o outro (nem ele precisava de mim, nem eu dele), o grande respeito que tinha por ele, não obstante as nossas divergências. A resposta dele foi modelar. Referiu que nós não tínhamos, na realidade, verdadeiras divergências. Muito provavelmente, o que tinha acontecido é que estávamos em posições diferentes e com informação diversa quando olhávamos o mesmo caso (aqui, Helena, poderíamos dizer, a mesma pessoa)e, por isso, o ângulo da nossa perspetiva tinha-nos traçado um retrato do "caso" diverso. E acrescentava: nenhum de nós pode assim ter a certeza de ter estado certo. Homem sábio!

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  14. Francisco
    É por razões destas que o prezo tanto!

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  15. HSC. e/ou FSC não se candidatam a PR ??????
    Temos pena !!""""

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  16. Eu gostava de ainda acreditar no Pai Natal, mas infelizmente já não acredito!
    Também gostava de conseguir acreditar em alguém que se meta na vida politica do País, alguém que fosse, coerente, sério...
    ...mas o País tem dado provas de que essa pessoa é como o Pai Natal...

    :)

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