domingo, 20 de outubro de 2013

Políticos vs homens de Estado

…Nenhuma discussão é verdadeiramente séria se assentar na premissa de que alguém tem de perder para alguém poder ganhar.
O que se passa em Portugal não pode ser olhado como uma discussão entre os que são a favor do governo e os que são contra, nem entre o público e o privado, nem entre os novos e os velhos...
O que se passa em Portugal tem que ver com a a dignidade de um povo que habita um dos mais velhos países do mundo.

…Impossibilitados de atingir um consenso - de que se fala na entrevista a João Lobo Antunes -, resta-nos a dura tarefa de sermos capazes de estabelecer compromissos. Quando todos ganham, ninguém sai a perder. Mas é claro que precisamos de verdadeiros estadistas que se distingam do comum dos políticos, precisamos de líderes que saibam o significado do bem comum.

Estes são excertos soltos da crónica de hoje de Paulo Baldaia no Diário de Notícias. De facto, em Portugal abundam políticos. Mas faltam homens de Estado, como muito bem já salientou Lobo Antunes.

HSC

8 comentários:

  1. " Mas é claro que precisamos de verdadeiros estadistas que se distingam do comum dos políticos, precisamos de líderes que saibam o significado do bem comum."

    Precisamos mas não há...

    Lata sim, há muita!

    Até um patusco jornalista de Economês da Sic, do alto da sua sabedoria de Café, Bares e corredores, lançou um livro;

    " O Meu Programa de Governo "

    Não sou católico, senão...rezava !

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  2. Acho que todos intuímos que o mal não está nos portugueses mas em quem os governa!!
    Mas sejamos pragmáticos, onde estão esses homens de Estado que tão bem-vindos seriam? O problema é que ou não existem, ou a existirem não querem arriscar o seu nome...

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  3. Já li a crónica toda e subscrevo totalmente o que foi dito por Lobo Antunes...porque além de estar a surgir um estilhaçar de uma sociedade...e vislumbro muito poucos homens de Estado!

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  4. Sem querer excessivamente pessimista, o que sinto é escasseiam Homens. De verdade, com H grande. Sinto-me governada por uma horda de gente sem experiência de vida, sem conhecimentos reais, sem horizontes para além dos seus umbigos!

    Luísa Moreira

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  5. A exposição a que se está sujeito no governo - sejam ministro, secretários de estado ou chaffeurs - é um grande risco e nem todas as pessoas com H ou M grande estão dispostas a sofrer nas mãos de paparazzi e reporters sem escrúpulos que tudo vasculham e tudo inventam para "lixar" os indivíduos que se atrevem a ir para o poleiro, achando que não merecem respeito, nem têm dignidade.
    È preciso ser muito ambicioso ou muito ingénuo para querer pôr o país em ordem. O povo é sereno, mas não é parvo.

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  6. O Doutor João Lobo Antunes tem razão quando diz haver falta de homens de Estado,mas da maneira que os abundantes políticos deixaram o país, onde estão os homens de Estado,pessoas de bem, que queiram sujar o seu nome? Nem de lanterna se encontram

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  7. Como em todos os momentos difíceis da vida, a união faz a força, desavindos, virados de costas uns para os outros, os portuguesas não vão lá.
    Não temos lideres à altura, parece uma frase bem feita, é certo, não temos políticos à altura, outra frase bem feita, os homens H e as mulheres M não se querem submeter aos jornalistas e aos conterrâneos sem escrúpulos, bem visto ..., mas, convenhamos, se o povo português fosse assim tão exigente, também não elegia uns, nem dava ouvidos aos outros, certo? Ou será que sou eu a complicar?
    Enquanto o português comum continuar orgulhosamente a "olhar unicamente para o seu umbigo”, a defender “com unhas e carne” o seu partido, a opinar sobre o que o outro deve ou não fazer, esquecendo-se de analisar o que vê no espelho todos os dias pela manhã, a “coisa” não vai mudar tão cedo!
    Adorámos o maldizer, adoramos ser o “coitadinho”, adoramos “deitar abaixo”, adoramos complicar e nada fazer.
    Olhe, D. Helena, como diz no seu post mais à frente, adoramos falar e instalarmos na nossa dor, “como se ela fosse uma espécie de exibição do nosso heroísmo, no qual a listagem dos nossos achaques e traições tivesse que ser sempre maior do que a do nosso vizinho”.
    Disto isto, nada mais me ocorre, porque seremos sempre uns insatisfeitos.
    Cumprimentos,
    Cláudia

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  8. Na cultura portuguesa não existe a ideia de WIN-WIN, isto é, a ideia de que não interessa que uns percam e outros ganhem, mas que todos fiquem a ganhar. Há uns anos fiz em Espanha um workshop sobre isso e quando em Portugal falava sobre o tema o resultado era a gargalhada de total incredulidade, aquela gargalhada de quem está a achar que deves ser totó.
    Precisamos de trabalhar todos para o Bem Comum, precisamos sim de líderes, de pensadores, de investigadores, de agentes da mudança.
    Mas do que o consenso é necessária a capacidade de negociação. E aí surge de novo o conceito de WIN-WIN, porque ninguém aceita negociar para perder. 'A' aceita negociar com 'B', se ganhar alguma coisa com isso, e vice versa.

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