quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A morder no Tratado de Lisboa

As novas regras de governação da Zona Euro vão passar a "morder", avisou ontem a chanceler Angela Merkel, num discurso, em Bruges, onde defendeu a importância do mecanismo permanente de resolução de crises que o seu país pretende introduzir, salientando que o acordado endurecimento das sanções para os países que deixem derrapar as contas públicas, "protegerá o euro".
A condição para que a Alemanha aceite uma Europa que mantenha o apoio aos Estados mais vulneráveis depois de 2013, data em que expira o fundo europeu de estabilização financeira, impõe que a Zona Euro crie mecanismos de resgate que envolvam - em primeira instância -, os privados que detenham títulos de Estados em apuros, forçando-os a renegociar o valor dos respectivos activos num cenário de insolvência, no qual tenham de ser ajudados pelos restantes países parceiros do euro.
Ora todas estas decisões, para além de muito discutíveis levantam, é evidente, sérios problemas. Que, no mínimo, obrigarão a uma revisão do Tratado de Lisboa...
Que acharão os nossos dilectos responsáveis?

HSC

4 comentários:

  1. Claramente a Alemanha e os alemães não nos aturam mais. Eu também não o faria.

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  2. Os "nossos diletos" responsáveis acham que a subida dos juros sobre a divida soberana é derivada ao mercados e não sei que mais... eu penso que a subida dos juros tem precisamente a ver com plano que está a ser proposto pela Alemanha.

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  3. Meus caros e eu se fosse alemã estava farta de aguentar a Europa que gasta demais, vicia as contas e vive de empréstimos.
    Claro que a Alemanha também beneficiou com esta crise. Mas soube e sabe fazê-lo. E cresce. Nós gastamos e regredimos.
    Nunca pensei ser possível ver tanta incompetência e tão poucos escrúpulos!

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  4. Meu caro Lura,
    Nós europeus já aturámos também muito à Alemanha. E em duas ocasiões tivemos de aturar demasiada destruição, to say the least! Os gregos, por exemplo, que o digam.
    Não compro, não aturo, nem tenho pachorra para arrogâncias germânicas!
    Tal não impede, naturalmente, que da nossa parte se faça - bem - o trabalho de casa para não irmos pelo esgoto abaixo. É outra história!
    P.Rufino

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