Como se sabe não distingo partidos, quando se trata do bem do meu país . Apenas considero ideias - não ideologias - e pessoas. Feito este intróito explico o conceito.
Portugal é, há anos, um bom cumpridor no pagamento da sua dívida externa. A actual situação de crise e as notações financeiras recentes, estão a tornar mais difíceis o cumprimento daquelas obrigações.
Os "certificados de tesouro" - uma forma de dívida pública - não correram bem, porque o Estado, injustamente, alterou as condições estabelecidas com os subscritores e estes fugiram para outras aplicações mais rentáveis. Com toda a razão e todo direito, aliás.
Mas se hover um compromisso firme e garantido de não existirem a meio do percurso preversões, julgo que se poderia criar um esquema de empréstimo público a Portugal - não à República, como refere Medeiros Ferreira - que permitisse ao país aliciar as poupanças que estão a fugir e financiar-se em condições mais favoráveis do que as que tem no estrangeiro.
De certo nenhum membro do governo lê estas linhas. Mas a ideia está lançada.
No meu caso pessoal e nos conselhos que dou a terceiros, se me derem garantias firmes, estou disposta a emprestar a Portugal. E só a ele. Porque o Estado, esse, não é pessoa de bem!
HSC
São Pessoas como a Helena, que dão uma réstea de Esperança e que me fazem sentir orgulho, melhor, alegria de ser humana! :)
ResponderEliminarOBRIGADA Querida Helena.
Haja muitas pessoas assim, que me façam crer que os cidadãos, ainda têm voz e querer!
O País poderia mudar.
Deus a ouça e aos homens também!
Sou um ignorante em matéria de Economia e de Finanças, portanto, peço-lhe, Helena, um pouco de paciência para as possíveis asneiras minhas. Creio que a Helena disse que Portugal é um bom pagador da dívida externa e eu concordo absolutamente.
ResponderEliminarVou, pela primeira vez, Helena, fazer-lhe uma pergunta enquanto maestrina nestes assuntos: por que motivo alguns países, que já viram melhores dias, é verdade, não cumprem os pagamento da dívida externa, como, outra vez..., o Reino Unido, conseguem, mesmo assim, ter a moeda mais forte do Mundo? Onde está o meu erro de análise, Helena? Pagar, pagar a dívida externa, como queria a Manuela Ferreira Leite, é garantia de êxito de um país? Sem sub-entendidos, pode crer, gostava muito de uma explicação sua, se não for matéria de conferência que, evidentemente, não me poderá dar aqui. Abreijo, Raúl.
Agora, à margem, se me permite: " Vai um paso doble?" Endoideci (?) Tema de hoje no www.omelhordosdoismundos.blogs.sapo.pt
ResponderEliminarRaúl.
Cara Helena,
ResponderEliminarConfesso que fiquei perplexo com este seu post. Passo a referir:
1- As séries de Certificados de Aforro anteriores à classe C, permanecem com as mesmas condições contratuais;
2- Mesmo a série C, que, como sabe, está indexada à Euribor, que esteve bastante baixa pelos motivos que sabemos, mas que duplicou o seu valor em menos de um mês;
3- O promotor e gestor destes títulos é o Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP), entidade estatal. Logo, o que quer dizer com "emprestar a Portugal" e não ao "Estado"...?
Juro que "formalmente" não percebi.
Se coisa sei (e sabia), é que em Portugal "garantia" é coisa que não existe... tirando o dicionário, claro! A História isso nos ilustra. O Presente só a reforça.
ResponderEliminarPortanto esta ideia, que também considero muito boa, é em Portugal IMPRATICÁVEL, pois não existem Pessoas confiáveis e de palavra a Governar Portugal... e Portugal o que não é senão o seu Povo!
Cara Helena
ResponderEliminarAS pessoas perderam confiança no Estado. A política não é um serviço ao Povo. É um pequeno jogo de alcoviteiros com frases curtas e soltas largadas em alturas estratégicas, é um discurso contra e para destruir e tira do caminho mas nunca para construir, é negar a verdade estampada nos factos, é a promoção da mentira óbvia, é o jogo acessório e não do essencial.
Na Argentina, por exemplo, as pessoas tinham fundos de pensões privados e nacionalizaram-nos.
Confiamos em quem?
Abraço
Paulo então eu questiono-o formalmente perguntando-lhe a razão pela qual a partir da série C as pessoas preferiram aplicar em depósitos a prazo?
ResponderEliminarQuando falo em emprestar a Portugal e não Estado estou justamente a manifestar a minha falta de confiança nas entidades que temos para gerir a dívida pública interna.Por isso nunca apliquei em certificados de aforro, após série C, e consegui sempre melhores taxas, sem risco, no pouco que tenho.
Quando falo num empréstimo a Portugal, falo numa mobilização nacional para ajudar o país, não num puro empréstimo ao Estado.
No mundo já outros o fizeram. E as garantias não foram dadas por "instituições governamentais" como aquela que refere.
O assunto é muito específico para um post, mas "ajudar a pátria em crise" pode ser feito de mil e uma formas, garantidamente, e sem correr riscos como os referidos por Lura do Grilo na Argentina.
Garanto-lhe!
Não percebo nada de economia, mas Helena, bem haja pela sua Alma Grande! :)
ResponderEliminarOs portugueses, parece que dão razão ao Henrique Raposo... odeiam-se! salvo raras excepções, desconfiam e o social é para esquecer. Cada um por si e fé no seu dinheiro!
Qual questão social, ou mobilização! Isso é para os povos civilizados da Europa do Norte!
Realmente nunca saíremos de cepa torta!
Obrigada Helena por ser quem é! :)
Realmente Portugal é o seu povo, mas as minorias são quem muda a História!
E... desculpe-me a impertinência, mas não é em tom jocoso, mas brincalhão (embore não haja aqui nenhum motivo para brincar), está a falar de um Live Aid, com a Canavilhas ao piano, a favor de Portugal...? :)
ResponderEliminar(não se aborreça comigo, por favor)
Abreijo!
Não Paulo. Para só referir uma formiga - uma só - lembro o Banco Alimentar Contra a Fome, como exemplo do que um país pode fazer, quando sente que só com a junção de esforços individuais se consegue realizar alguma coisa.
ResponderEliminarMas como o tema é muito específico hei-de voltar a ele, para você me perguntar se é um Plano Marshall à portuguesa...
Helena Querida,
ResponderEliminarA AMI foi Fundada por um português que a Helena muito bem conhece, o Dr Fernando Nobre... mais uma formiga que tentou e tenta melhorar o Mundo.
É outra grande formiguinha a ajudar os que precisam. Tenho o maior apreço pelo seu trabalho e aqui na Família - mãe e filhos - todos somos amigos da AMI.
ResponderEliminarPodia citar, também, as Aldeias S.O.S, os Padres Cambonianos e muitas outras organizações que vão tentando mudar o país e o mundo sem passarem, felizmente, pela política.
Permitia-me um pequeno comentário lateral a Raul Mesquita: a Libra não é, longe disso, a moeda mais forte do Mundo. Já foi uma moeda de referência e mais sólida. Hoje, o Euro suplantou-a. Que o digam os Bancos Centrais de países como os principais produtores e exportadores de petróleo, a China, ou o Japão.
ResponderEliminarQuanto à Argentina (e à sua dívida externa), coloque-se a questão nestes termos: aquele país Sul-Americano tem de pagar os seus créditos, à Banca internacional e Instituições como o FMI, em USD. E se Washington deixasse de ter o Dólar como moeda de referência e tivesse de pagar as suas – astronómicas – dívidas em...digamos, Euros? Os EUA “sobrevivem” financeiramente porque precisamos (até quando?) da sua economia dinâmica, enquanto o for (dinâmica – e para já, parece ser, face áquela da UE) e enquanto países como a China foram “pacientes”, porque têm que o ser a bem da (sobrevivência) da sua própria economia e, sobretudo, tendo em conta a “enormidade” de reservas em USD que o/s seu/s Banco/s Centrais acumulara!. Um colapso do USD, ou fragilização da economia norte-americana, dada a profunda interligação entre aquelas economias, teria sérias consequências para Pequim (e outros, como Japão, Coreia, etc). E para nós europeus.
Quanto ao resto, estou inteiramente de acordo com o último parágrafo de HSC: “O Estado não é pessoa de bem”! Aliás, em tempos “já idos”, um anterior PM (A. Guterres) disse exactamente o mesmo (!?) face aos atrasos do Estado em pagar aos seus devedores, precisamente àqueles a quem depois cobrava IRC, e extorquia impostos sobre vendas, etc, cujos pagamentos ainda essas empresas não tinham recebido, muitos dos quais...do próprio Estado!
Por mim, não emprestaria um chavo a este Estado...de coisas! Ou ponho o dinheiro a render” a prazo, o que é o mesmo que dizer a “desvalorizar lentamente”, ou compro (haja “papel”) acções de um Banco, de uma grande Empresa, ou invisto em algo seguro (mas o quê?). Enfim, uma chatice, hoje em dia (por cá), isto de “aplicar” o “nosso” em algo sério (??) e “sólido”!
Aceitam-se “conselhos” (mas cuidado com alguns vindos da Banca, para as nossas caixas de correio, muito cuidado..). A mesma que, alegremente, continua “de pedra e cal”, a pagar “impostos de favor” (e a receber “apoios” de milhões ás suas falcatruas – BPP, BPN, etc), em vez de uns “bem aplicados” 22,5%, por exemplo. E talvez com isso se resolvessem algumas “necessidades prementes”, em vez de se ir pelo “pagamento especial por conta”. Por exemplo. Aguardo com alguma curiosidade o resultado da discussão orçamental. Não tanto se é, ou não aprovado, mas que tipo de cedências o Governo teve de fazer. E onde. E, já agora, quem as conseguiu impor (lhe). Ora bem!
P.Rufino
PS: sinceramente, aquilo que – hoje – me preocupa mais, no que me respeita, é saber como irei sobreviver, uma vez reformado, um dia, já que aquilo que nos poderá “cair nas mãos” para comer, vestir, para a saúde - e diversos - e se calhar ainda para alguns a prestação da casa, será muito menos do que contávamos quando 40 anos antes começámos a trabalhar. O mesmo não poderão dizer, por exemplo, os gestores públicos, ou, sobretudo, de empresas mistas público-privadas, e “quejandos”. A Política preveniu-lhes o Futuro, de forma regalada e traquila! À nossa custa, dos contribuintes.
Pois.. com isto quero dizer também, que se não forem os cidadãos mais informados, mais lúcidos e altruístas a salvar este País e a arrastar os outros,os que querem ter um futuro, o País está dentro em pouco tempo morto. Para já, o "ventilador" ainda o mantém. Como diz, o Estado não ´é pessoa de bem. Levou o Povo ao estado de penúria.
ResponderEliminarNinguém confia na política...
Se ficarmos todos, especialmente a classe média alta, resignada ao seu bem estar e nada fizer, deixar isto continuar como está, nem para os filhos desses haverá futuro.
Precisamos de pessoas como a Helena e o Dr. Fernando Nobre com aquela Fé que move montanhas.
Há muita gente boa, mas precisam de protecção, directrizes e especialmente de líderes.
Obrigada mais uma vez.
Meu Caro Anónimo:
ResponderEliminarHelena, mais uma vez lhe peço desculpa por dialogar aqui com outro participante do seu " Blog", mas seremos todos amigos (amigo do meu amigo...):
Como já disse, não percebo de economia nem de finanças e, por isso, talvez ingenuamente, tenha dito que a libra esterlina fosse a moeda mais forte: €100 = 88,1... £. O raciocínio não deve, portanto, ser esse. E se assim for, ainda bem porque sou um europeísta, daquela maneira que achamos (erradamente, admito) que somos " bons,os mais cultos." Mas Helena, Anónimo, qual é então a razão por que o Euro é mais forte do que a Libra quando perdemos no câmbio? Relembro que não sou economista e peço que não levem a mal algum erro crasso no meu raciocínio. Raúl.
Raúl gosto imenso que dialoguem através do meu blogue. Por isso vou dexar ao P. Rufino, que fez o comentário, o prazer de lhe responder.
ResponderEliminarCaro Raul, tem a ver com a prática de cambios da banca inglesa. Até ver. Não me parece que a Libra possa resistir perenemente (diluir-se-á um dia no Euro?). Mas quem sabe? Os "bifes" são obstinados! E estivesse a Ilha mais próxima do Continente norte-americano e pertenceriam à Nafta. A ver vamos...
ResponderEliminarP.Rufino
PS: quanto a mim, é-me indiferente. Que se juntem monetariamente ao Euro, ou continuem a fingeir ser adeptos da UE! O RU já foi e a UE ainda está para ser mais do que pensou vir a ser.