Porque, eis que, no mesmo dia, um pouco mais tarde, a Agência de rating Moody´s - que aqui já tenho referido várias vezes - resolveu refrear as nossas suaves alegrias, com um alerta de que "a economia corre risco de uma morte lenta" devido à necessidade do país reservar uma maior parcela da sua riqueza - qual, pergunto eu? - ao pagamento da sua dívida e ao prémio que, hoje, os investidores estão a pedir para manter as obrigações nacionais, e que atinge o dobro do que era há dois anos.
De forma simpática aquela agencia esclarece que Portugal e a Grécia - belo dueto! - não correm o perigo de "morte súbita" - muito simpáticos, convenhamos - mas, dizem, a lenta está garantida, se não houver equilíbrio das contas públicas, aumento de competitividade e... subida de impostos!
A agência de notação de risco está, portanto, à espera do próximo Orçamento Estado para decidir se faz ou não o downgrade da dívida de Portugal. Se tal se verificar, ficam à vista as dificuldades que iremos encontrar nas condições do nosso financiamento externo. Tudo belas notícias!
HSC
Sem palavras Helena... o barco está a atingir o fundo. Entrou a pique depois da Ditadura e estes governantes tecnocratas ridículos, em vez de seguirem o exemplo das economias do Norte da Europa, resolveram roubar, roubar consecutivamente cada vez mais descaradamente, o povo a seguir o exemplo tudo de "afesto" que é um "vê se te avias" e lá vamos nós, os que não têm alternativas (bancárias) ter uma morte súbita!
ResponderEliminarSe a Ditadura levou o País à bancarrota, esta falsa Democracia deu-lhe o golpe de misericórdia!
Sempre, sempre os mesmos!!! rotativamente e nós deixamos! Que diabo se passa connosco?!
A única saida que ainda nos poderia salvar, seria a Revolução.
Um minuto de silêncio é a melhor atitude, mesmo.
Por alguma razão, que desconheço clinicamente, os daltónicos confundem côr-de-rosa com cinzento... Raúl.
ResponderEliminarTrabalhei durante anos na bolsa de Chicago (em Commodities e derivados) e em Wall Street.
ResponderEliminarComo deve calcular, a par dos nossos estudos próprios sobre os títulos e o mercado, e enquanto investidores, estávamos 24horas ligados aos terminais da Reuters sempre atentos àquilo que se designam os "Research Alerts" provinientes de todas as agências de notação de risco e investimentos do mundo. Invariavelmente, todos os alertas quando saíam, já estavam incorporados no valor dos títulos, pelo que estes não sofriam grandes variações com essas informações. Por vezes, até evoluíam em sentido contrário, porque as espectativas tinham excedido as notações.
Nesta perspectiva e, depois do que se passou em 2008, as análises destas agências "valem o que valem", porque a última palavra cabe sempre aos investidores. Sempre. Aliás, quantas destas faliram e foram varridas do mapa de risco financeiro...? Para o bem, como para o mal, são as pessoas, como os países e seus governantes, que contam; muito mais do que as análises financeiras (sempre revistas) baseadas em muita Econometria - essa ciência tão... falaciosa?
Pode-me falar da credibilidade de umas em relação às outras, mas sabe tão bem, ou melhor do que eu, em quanto tempo esse alegado prestígio pode evaporar.
Helena, continuamos a navegar à vista e só uma coisa é certa: as marés continuam tumultuosas e deveras enganadoras.