Prometi que faria este post. Aqui se explica porque a figura do estadista não me cativa. Não entro em pormenores. Sirvo-me apenas de notícias vindas nos jornais. Mas que não foram desmentidas. E da foto... como se vê!
Depois de deixar Downnig Street, sabe-se que a vida tem corrido bem a Blair. De facto, tornou-se no que hoje apelidamos de "lobbysta" - sem desprimor nem para a função nem para o profissional, porque cada um dedica-se ao que faz melhor - do banco JP Morgan e conselheiro da seguradora Zurich.
A última novidade será a sua muito possível contratação pela marca Louis Vuitton onde o salário, caso se chegue a acordo contratual, será de seis algarismos. Para ajudar, claro, a vender os produtos ditos de luxo.
Não uso argumentos moralistas relativamente aos empregos que os decisores políticos tenham após abandonar os cargos que ocuparam. Mas julgo que deve haver alguma decência nessas opções. Não é por acaso que certas empresas exigem um período de carência laboral no sector onde se deixa de trabalhar. Cá como em qualquer outra parte do mundo.
Ora o antigo PM britânico já fora alvo de críticas, enquanto exercia o cargo, pelas suas relações pessoais com Bernard Arnault, considerado o homem mais rico de França e o maior accionista da Vuitton. Com efeito, o relacionamento era tão próximo que, não só haviam passado, por duas vezes, férias familiares conjuntas, como os filhos de Blair teriam beneficiado, a diversos níveis dessa amizade.
A meu ver, o aspecto mais delicado desta situação não provém do facto de um daqueles períodos de férias ter decorrido na casa de campo oficial do PM inglês em Chequers, em 2003. Ou, de Blair se ter alojado, durante os Jogos Olimpicos de Pequim, em 2008, no iate do milionário.
O aspecto mais delicado desta amizade parece terem sido as benesses concedidas aos filhos de Blair, entre as quais se fala da oferta de um apartamento. Verdade? Mentira? Parece que, até agora, ninguém terá desmentido.
Se tudo isto for autêntico, poderia levantar-se a eventual questão de um conflito de interesses. Mas esta é matéria que só aos ingleses compete deslindar. Blair foi sempre um político polémico, mas foi eleito sem enganar ninguém.
Se aqui falo do caso é porque julgo que os políticos - para o bem e para o mal - são sujeitos a um escrutínio feroz. Que até arrasta nalguns casos, pessoas que nada têm que ver com as suas opções profissionais ou partidárias. E, nesta matéria, azar o meu, sei do que falo.
Parece, afinal, que ser político - de esquerda, centro, ou direita - em Inglaterra, não será isento de benefícios. Mesmo quando se cometem asneiras. Ou, quem sabe, mesmo por causa delas!
HSC
... isso é que é boa vontade, hã?
ResponderEliminarNem o gentleman tinha por aí outra foto, coitadito?!
Caridade, Milady! Caridade!
Maggie linda é para se ver como o poder compõe. E corrói porque lhes tira a naturalidade. Ele era assim quando eu acreditei nele.
ResponderEliminarPor isso é que eu não gosto de poderosos...
Mas que o rapaz parece um galã e manequim da R. dos Fanqueiros, julgo, ninguém nega!
Vamos ver com o Obama. O piqueno também está a preocupar-me. But, in another style!
A foto foi bem escolhida. Mostra-nos um “Toino” como ele viria a ser mais tarde. A marca LV vai contrata-lo? Sempre valeu a pena ter aprendido a falar francês!
ResponderEliminarPassando ao sério, gostei do Post. Reli. Dá que pensar. Ah e as memórias do dito?
P.Rufino
Concordo com os princípio éticos subjacentes ao seu post, Helena. E nem sequer queria falar das aberrações autóctones portuguesas, mas acha que os "ex-políticos todo-poderosos" deveriam ficar de quarentena ad nauseam, salvo seja...?
ResponderEliminarCara Helena:
ResponderEliminarParece-me que (eu) disse (ontem?) o que pensava do " dentista" convertido. Surpreendido hoje: a Helena, pareceu-me, tem alguma admiração por ele. E por que não: O Blair Arrependido!? We do all deserve a second chance!
Abreijo, Raúl.
Helena,
ResponderEliminarEstá boa? Também escrevi sobre o assunto aqui:
http://albergueespanhol.blogs.sapo.pt/23753.html
Um beijinho,
Francisco Almeida Leite
Só mesmo o fio de prumo para nos reconduzir ao que é comparavável:
ResponderEliminarhttp://causavossa.blogspot.com/2010/01/imagens-comparadas.html
Helena, no meu " post" anterior já disse o que pensava do Tony Blair. Porém, agora que a Helena alarga, em certa medida, o tópico à classe política, só tenho a acrescentar: quem não se lembra dos recentes escândalos no RU tanto na Câmara Alta como na Baixa, quando Lordes e MPs entregavam recibos de quantias exorbitantes para " despesas de representação"? Colares de pérolas verdadeiras para as suas mulheres, botões de punho em ouro com um diamante, enfim, por aí fora. E o Estado a aceitar e a pagar! Realidade, e lá voltamos nós a França, impossível nos gauleses. Os deputados têm um ordenado que já inclui as despesas de representação. Se não dá para pérolas de ostra não de cultura, " et ben, tant pis", uma fantasia de bom gosto fará as vezes! Raúl
ResponderEliminarBlair e Vuitton?! Deuses, nem a Cherie tem gosto para tanto quanto mais o marido! Céus! (Bem podiam contratar uma Blonde que até lhes saía mais em conta...)
ResponderEliminarPaulo de quarentena, não. O que são 40 dias para cair nos braços da concorrência? Nada!
ResponderEliminarMas julgo que devia haver um períos
do - dois a três anos - em que o ex Ministro não fosse parar aos braços de quem de si dependia antes e a quem pode ter feito favores. Acha mal? Eu acho saudável.
Até na banca devia ser assim. Mas não. Saem da CGD onde financiaram os BCP e fazem uma troca... Uns vão e outros vêm! Tudo num círculo fechado e imediato. Veja os nomes. Nunca mudam. Só mudam de instituição.
Raúl os franceses também mantiveram à custa do erário público, no Eliseu, a legítima de Mitterand,e a menos legítima Madame Pingeot com a filha Mazarine, que ambos tiveram. Cada mulher em sua ala. E ambas estiveram nas exéquias. Só para lembrar. Que tal?!
ResponderEliminarLoira "eles" ainda não perceberam que as loiras saem mais em conta e rendem mais!Problema de PHD. :)))
ResponderEliminarHelena,
ResponderEliminarA "quarentena" era em sentido figurado e abarca, obviamente, os seus dois/três anos, porque 40 dias nem dá para as férias, quanto mais para a recomposição estratégica...
Depois da política, como do amor, têm de fazer qualquer coisa... e as Fundações já não dão soberbos benefícios encapuçados.
Sinceramente, não acredito no crime premeditado, mas vou mais por uma "feliz confluência de coincidências"... :)) Pois, que os holofotes não dormem.
Et moi et la France!
ResponderEliminarPaulo a Margarida Rebelo Pinto diz que não há coincidências e eu acredito.
ResponderEliminarEm Portugal conflui-se muito. É por isso que uns se enchem e ninguém fala deles e outros trabalham e todos os atacam. Como dizia o Prado Coelho nunca teremos caixas de jornais como em Inglaterra. Porque aqui assaltavam a caixa e roubavam os jornais...
Raúl amigo esta é que eu não compreendi. Soyez gentil et expliquez vous s'il vous plait!
Quanto a este último e importante comentário da Helena, faço das palavras de Henrique Raposo, as minhas... só pode.
ResponderEliminarIsto é o espelho do nosso País...
TSF, Expresso e Visão
«Portugal é um país de odiadores. O ódio é a moeda de troca do nosso comércio emotivo. (...) A nossa alma colectiva, essa empoeirada cave metafísica, vive do ódio e para o ódio. E não estou a falar de um ódio contra os 'estrangeiros'. Não. Este ódio vai de português para português. (...) Portugal é um pretexto para o ódio que, não sei porquê, habita no peito dos portugueses. Vivemos consumidos por este ódio selectivo que apenas selecciona como alvo outros portugueses» -
Enquanto não resolvermos isto... Isto, é o resultado da inveja e da falta de coragem, para nos impormos perante os usurpadores!
Helena, vraiment je vous prie d'excuser mon exclamation un peu irréfléchie : " Et moi et la France!" Voilà, je dévoilerai quelque chose ici car vous le mérité sans aucun doute: bien que je connaisse l'Angleterre en elle-même, et la France surtout par éducation, je pardonne plutôt une bigamie à l'Élysée q'une bague anglaise payée par l'État! Ma faiblesse, pardonnez-moi! Une bise , Raúl.
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