Um meu comentador pediu-me que escrevesse sobre aquilo que muitos de nós apelidam de “erro crasso”. Eu prometi que escreveria. Dou, agora, forma ao meu compromisso.
Em 59 A.C, o poder em Roma foi
dividido entre três figuras: Júlio César, Pompeu Magnus e Marco Licinius
Crasso. Enquanto os dois primeiros eram notáveis generais, que ampliaram os
domínios romanos, Crasso era mais conhecido pela sua riqueza, do que por seu
talento militar.
César conquistou a Gália
(França), Pompeu dominou a Hispânia (Península Ibérica) e Jerusalém, por
exemplo. Crasso tinha uma ideia fixa: conquistar os Partos, um povo persa cujo
império ocupava, na época, boa parte do Oriente Médio - Irão, Iraque, Arménia e
outros.
À frente das suas sete
legiões, ou 50 mil soldados, confiou demais na superioridade numérica das suas
tropas. Abandonou as táticas militares romanas e tentou simplesmente atacar. Na ânsia de chegar logo ao inimigo, cortou
caminho por um vale estreito, de pouca visibilidade. As saídas do vale, então,
foram ocupadas pelos partos e o exército romano foi dizimado - quase todos os
50 mil morreram, incluindo o próprio Crasso.
A partir daqui o termo "erro crasso"
passou a ser utilizado para descrever um equívoco substancial ou notável,
facilmente identificável. Ele é tão evidente e significativo que não passa
despercebido. Quando alguém comete um erro crasso, isso geralmente indica uma
falta de atenção, conhecimento ou julgamento, adequado à situação em causa.
Como eles podem ocorrer em várias áreas da
vida, com consequências catastróficas, é importante reconhecer e corrigir este
tipo de erros. Às vezes, são tão óbvios, que podem ser constrangedores para a
pessoa que os cometeu.
Evitar erros crassos requer não só atenção,
cuidado e conhecimento adequado da situação em causa, mas também a consideração
cuidadosa das possíveis consequências de tais ações.
Interessante!
ResponderEliminarNão sabia a origem da expressão.
Desejo-lhe um bom fim-de-semana:))
Esclarecedora abordagem, mas calculo que no seu texto está implícita a ideia que também possa ser o julgador em múltiplas situações a cometer erro crasso.
ResponderEliminarMuito obrigado
Tantos séculos depois quantos Crasso encontramos todos os dias??
ResponderEliminarTomam decisões sem pensar minimamente no que vem a seguir.
As palas que só permitem a visão limitada...