Numa tarde ensolarada, encontrava-me eu à beira-mar,
observando as ondas suaves que banhavam a costa. Uma brisa fresca soprava do
oceano, arrastando consigo um aroma salgado e revigorante. Fechei os olhos e
deixei que a brisa acariciasse a minha pele, trazendo-me uma sensação de calma
e renovação.
Enquanto isso, no horizonte distante, uma neblina
começava, lentamente, a tomar forma. Observei-a, fascinada enquanto a névoa
suave avançava sobre as águas, envolvendo tudo ao seu redor numa espécie de abraço
etéreo. Eu sentia que a combinação da brisa suave e da neblina, criava uma
atmosfera mágica e serena, como se o próprio tempo estivesse suspenso.
Neste ambiente, refleti sobre o efeito que estes
elementos naturais tinham sobre mim e sobre os outros. A brisa, com sua
suavidade e constância, trazia um sentimento de frescura e leveza, dissipando
preocupações e tensionando os músculos. Era como se cada sopro de ar, fosse uma
lembrança subtil de que a vida continuava em movimento, e que havia, sempre,
espaço para respirar fundo e nos renovarmos.
Por outro lado, a neblina exercia um efeito diferente
sobre os sentidos. Os seus véus translúcidos criavam uma sensação de mistério e
contemplação, ocultando o que estava além do alcance visual e convidando à
introspeção. Era como se a névoa trouxesse à tona as camadas mais profundas da
mente, desafiando-a a explorar os cantos mais sombrios e os sonhos mais
secretos.
Juntas, a brisa e a neblina, formavam uma sinfonia da
natureza, tocando os corações e as mentes daqueles que as experimentavam. Lembravam-me
a delicadeza e a grandiosidade do mundo ao nosso redor, que nos convidava a
desacelerar, a contemplar e a apreciar cada momento presente.
À medida que o sol se punha no horizonte, a brisa e a neblina permaneciam, dançando em harmonia sob o céu crepuscular. E eu, com os olhos cheios de admiração, senti-me grata por testemunhar, mais uma vez, a beleza e a magia desses elementos naturais e o efeito transformador que eles tinham sobre a minha vida.
Comentava ontem que este sorriso é igual ao do seu filho Miguel.
ResponderEliminarFoi o que imediatamente captou a minha atenção quando vi a foto.
É verdade Pedro. Éramos muito parecidos física e psicologicamente. Mas ideologicamente tínhamos imensas diferenças! Valia-nos a imensa ternura que nos unia e um sentido do humor muito semelhante. No entanto, o Paulo era a sua alma gémea, por mais estranho que isto pareça!
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