Talvez porque pertenço, do
lado materno e paterno, a famílias numerosas, o ambiente em que cresci foi
muito diversificado, tanto pessoal como intelectualmente. Além disso, sempre
gostei das “histórias” da História, que o meu avô contava. Assim, este foi o
pano de fundo em que a minha vida decorreu, envolvido por uma alegria que nascia
de me sentir muito amada pelos que me rodeavam. Deste núcleo, saiu tudo o que
hoje sou.
Quando soube haver uma senhora
que, aos 44 anos, tinha decidido abandonar o alto cargo que desempenhava,
porque entendia ser preciso mudar de vida, de imediato pensei que, entre nós
duas, deveria haver algo comum. De facto, como também deixei, com 49 anos, o
lugar de direção que desempenhava no Banco de Portugal, julguei que seria capaz
de ser interessante partilharmos as nossas experiências. E, assim nos encontrámos.
Para mim, conhecer a Rita foi
profundamente enriquecedor. Para além de uma comum capacidade de comunicar,
descobrimos, com tantos anos de distância entre ambas, um desejo de “fazer
diferente”, de traçar rotas próprias, de deixar uma pegada naquilo que por
gosto se começa. Sim, porque, como eu há quatro décadas, a Rita vai começar
agora a sua segunda vida.
Está amplamente preparada para
ela, e os projetos que já nasceram na sua cabeça, irão dar que falar. Por mim,
espero ver já o sucesso dos próximos. Porque esta Mulher possui, em abundância,
tudo o que precisa para escolher um novo caminho.
Quando nos despedimos com um
“até breve”, eu soube que voltara, por umas horas, a encontrar alguém, cuja
rota já tinha começado, e que isso me dera uma enorme alegria, pelo que ela me
transmitira daquilo que, no meu tempo, eu também fizera e sentira!
Obrigada, Rita, e até breve!
🌹
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