sábado, 4 de setembro de 2021

Isabel da Nobrega


Conheci-a há muitos anos e a empatia foi mútua. Creio que terá sido Natália Correia quem ma apresentou. Não nos víamos muito, mas quando isso acontecia, era uma lufada de vida que eu recebia. Viveu como quis e suportou o julgamento daqueles que, não tendo a sua coragem, não desdenhariam, porém,  de viver o que ela viveu.

Eu gosto muito da sua obra e sempre me penalizou que ela tivesse apostado mais em Saramago do que em si própria. E não perdoo a Saramago - que considero um grande escritor que muito lhe deve - ter eliminado, posteriormente, o se nome dos livros que lhe dedicou.  

O passado não se apaga com gestos desta natureza e o reconhecimento do que devemos a alguém também não. Cheguei a pegar-me com Carlos do Carmo, num programa do Herman, por causa deste gesto lamentável por parte do escritor.

A literatura nacional perdeu uma Mulher que tem uma obra importante. Pena foi que se apagasse como escritora, face a desgostos que, aqueles que com ela viveram, não souberam reconhecer. À família, de quem sou muito amiga, mando um abraço com imensa ternura. E a ela desejo, do fundo do coração, que a sua luz ilumine todos aqueles que, como eu, a admiravam bastante!

HSC

5 comentários:

  1. Subscrevo as suas palavras.
    Lamento a sua morte.
    Meus sentidos pêsames a sua familia.
    Os meus cumprimentos.
    Irene Alves

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  2. Foi como a Dra Helena uma mulher sem medo!

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  3. Era uma Senhora dotada de uma rara cultura e sensibilidade. A vida não a compensou como ela merecia.

    Rafael

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  4. Bom dia,
    Não conheço a sua obra ainda.
    Foi muito mesquinha e desagradável a atitude de Saramago.
    Cumprimentos
    Sandra Genovevo

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