O fim de semana ia, do meu ponto de vista, pôr a nu a nossa capacidade de obedecer às mais recentes determinações. Assim, fui trabalhar para o escritório, fazendo um caminho mais longo que o habitual.
O que vi? Jardins e beira mar com pessoas a passear ou a correr sem máscara e outros a praticarem exercícios conjuntos igualmente desmascarados e longe de manterem as distancias recomendadas. Estive uns minutos a observar a ligeireza com que estas atitudes eram tomadas, já que no meio deste maralhai de gente, até havia representantes da autoridade,
Sai-se cinco minutos de um carro e apanha-se uma multa, que pode ser choruda. Impõe-se um confinamento "very light" e o pessoal, sobretudo, jovens dos 15 aos 20, e aí andam eles a treinar o físico sem qualquer cuidado, como se fossem imunes ao que se passa.
Há aqui três graus de responsabilidade. A do governo que não manda fiscalizar, a dos pais que não exigem aos filhos o cumprimento das leis - e alguns até nem as praticam eles próprios - e os jovens que com o seu comportamento põem em risco a vida dos que são cumpridores.
Que fazer? Só com uma qualquer punição, esta gente entra na ordem. Se pagassem 500€ na altura ou fossem para a esquadra até que os paizinhos os pagassem, de certeza que o panorama mudava. Ponham a autoridade a fiscalizar e a fazer cumprir. Talvez aí o governo achate a curva e ensine a que as disposições aprovadas são para cumprir!
HSC
Nem mais! Ontem fui fazer uma caminhada ao pé de casa,gosto de passar no Jardim do C.Grande, pois ontem voltei para trás. Eram além do que descreve grupos de 7 ou mais a fazerem piqueniques!
ResponderEliminarO sobranceria com que se está a encarar a epidemia em Portugal está a deixar-me furioso, confesso.
ResponderEliminarAmanhã vou desabafar publicamente e tentar explicar o que é confinamento.
Parece que muito boa gente ainda não entendeu.
Num momento grave de pandemia a política tem de ser posta de lado. Penso que os debates para as presidenciais, desconcentraram as pessoas, retiraram-lhes confiança, ficaram a duvidar de tudo e de todos, com a politiquice a querer retirar dividendos da situação. As pessoas ficaram desfocadas dos problemas de saúde e estes exigem unidade para salvar vidas. O pior momento para eleições.
ResponderEliminarFiz o meu voto antecipado nos arredores de Lisboa, não havia filas como na capital, mas estava muito mais gente do que eu estava à espera, filas compridas mas com distanciamento. Tenho estado sempre em confinamento, mesmo com o primeiro desconfinamento nunca mais voltei a centros comerciais, a restaurantes, a lojas, etc. Só saio para caminhar, e vou a uma loja perto de casa para comprar legumes e fruta, tudo o resto entregam-me em casa. Apesar de estar a cerca de 1m de distância, o rapaz (com uns vinte e tal, trinta) que estava atrás de mim na fila para votar, começou a falar comigo (no princípio nem percebi bem se era comigo) e não se calava. Pensei que as pessoas sentem necessidade de conversar, de conviver, e o que eu sentiria se o covid-19 tivesse acontecido quando tinha a idade dele. Nem quero pensar!
ResponderEliminar(continuação)
ResponderEliminarAo olhar para aquele rapaz, algo ansioso, pensei que vamos passar a dar mais importância aquilo que eram rotinas e tínhamos como dados adquiridos e já nem nos apercebíamos. Os meus filhos vivem fora de Portugal, falamos por Skype, preocupa-me não estar perto deles, saber se está tudo mesmo bem. Perdemos coisas com a pandemia, MAS JÁ TANTAS ESTAVAM PERDIDAS ANTES DA PANDEMIA. Acredito que vamos revalorizar algumas.
O problema é o nosso governo querer “agradar a gregos e troianos”! A mão firme faz muita falta a todos os níveis, dos pais ao governo! As novas medidas foram decididas ontem, hoje está tudo na mesma e sem se saber qd entram em vigor!!!
ResponderEliminarEntram em vigor amanhã/20/01/21
EliminarAs pessoas deixaram de acreditar nos políticos e nas leis que eles aprovam e mandam cá para fora para os outros cumprirem. Os exemplos vêm de cima. E os maus exemplos são dados todos os dias, desde o que se disse ppr causa das comemorações do 25 de Abril, 1° de Maio, festa do Avante, campanhas presidenciais, etc. Como levar a sério todas as medidas quando existem exemplos destes? A palavra deles não vale nada. Nada. E as leis que fazem a cada hora que passa vão pelo mesmo caminho. Deviam falar menos e agir mais. Os tagarelas nunca são levados a sério. Por isso, não se admirem de ver muita gente na rua. Bem investigado e analisado, individualmente, estão todos dentro da lei, abrangidos pelas excepções.
ResponderEliminarFoi um cocktail explosivo: muito frio, casas frias, o sol lá fora, o foco saiu da saúde para a política (com a banha-da-cobra daquele burlão político) e aí estão os resultados, não foi fácil para muitos confinar.
ResponderEliminarNão é fácil confinar (casas com más condições, salários baixos, perda de parte do salário ou mesmo desemprego, perda dos hábitos-muletas do dia -a-dia, confusão, medo, ansiedade, claustrofobia), mas tem de ser feito, para bem de todos, por isso já se fala, para além dos profissionais-de-saúde-heróis, dos heróis do confinamento.
A sociedade portuguesa, para além da situação premente da pobreza e da fome, é muito infantilizada, as pessoas não têm planos e objetivos claros e fortes, estão habituadas a sobreviver, a desenrascar- «faço o que eu quero, ninguém me dá ordens, vou-me safar, vou apanhar este sol, depois logo se vê»!
Em Alvalade/ Lisboa na Av da Igreja e arredores, não me parece que as casas sejam más,nem os salários...
EliminarConcordo com o que escreveu.
ResponderEliminarFui caminhar à volta de casa com a minha cadela, e pude verificar que muitas pessoas caminham sem máscara. Mesmo quando se cruzam nos passeios com outras pessoas não têm qualquer tipo de cuidados.
Drª Helena! Obrigada por divulgar aqui tudo o que eu penso sobre a situação atual e o comportamento de grande parte dos portugueses. Não consigo entender as pessoas desorganizadas; Não acredito que grande parte da população não compreendam a situação de pandemia em que nos encontramos. No século XXI já não estamos perante uma população maioritariamente analfabeta. Mas sim uma população maioritariamente letrada e evoluída. Tenho dificuldade em compreender que seja preciso uma punição pesada para que as pessoas cumpram as normas que acabam por ser úteis par todos. Também concordo que há pouca fiscalização (como sempre e em todas as situações em que ela é necessária), mas tenho muita dificuldade em desculpabilizar os incumpridores.
ResponderEliminarObrigada por dar voz aos que pensam do mesmo modo mas não têm maneira do divulgar.
Maria
Dra Helena boa tarde. Hoje saí de uma unidade Covid onde estive a trabalhar 12 horas porque me voluntariei. Tive que ir às compras bens essenciais. Quando ia a sair 3 senhoras de proveta idade estavam sem máscara em alegre cavaqueira. Chamei de uma forma correcta. Olharam para mim com completo desprezo e uma das senhoras disse "esta pensa que vai ficar para semente".A multa não resolve.O que resolveria era passarem um dia numa unidade Covid. Desculpe o desabafo mas estou no limite. Cinco mortos com idade entre os 33 e 45 anos..
ResponderEliminarFique bem e cuide-se
Ana
Muitos dos problemas da população no nosso país têm a ver com a SAÚDE MENTAL, num sentido lato, e não no sentido atávico, que arruma os «normais» na sua gavetinha e deita fora os «maluquinhos»: a violência doméstica, o machismo, a baixa autoestima, a depressão, a indisciplina, a necessidade de humilhar.
ResponderEliminarE com a pandemia todos estes problemas aumentam, acrescidos de medo e de instabilidade.
As pessoas não têm hábitos de pensar, de ouvir, de debater, e aflitas como estão, ainda menos.
Aderem com precipitação aquilo que é fácil, mas que pode ser muito enganador.
Tenho o gosto e hábitos de leitura de anos mas, se não estiver bem, não consigo ler.
As pessoas não têm hábitos de leitura, não é por estarem fechadas que vão passar a ler, só talvez pontualmente.
Hoje o que move a maioria são os reality shows, que de «reality» têm muito pouco, são situações provocadas par dar audiências, artificiais, na realidade ninguém vive assim.
Mas o que é importante é investigar as causas disto tudo.
a escola em Portugal, e ainda mais em confinamento, é a televisão, com as suas horas infindáveis de anúncios non-stop, na sua maior parte enganadores, as pessoas aprendem com a televisão. Lembro-me de um anúncio de que não sei o nome que pressionava as pessoas para comprarem «uns elásticos» que lhes proporcionariam o bem-estar perdido e deixar de gastar o seu dinheiro em fisioterapia (!!!). Acho que até esteve em tribunal, por demover as pessoas de fazerem fisioterapia. A televisão está cheia de gritos, de mentiras e de insultos (nas presidenciais, por exemplo) quanto pior, melhor, para muitos. As pessoas estão tão fartas de corrupção de colarinho branco que são fáceis de manipular, e até acreditam que quem é desbragado é verdadeiro! Tempos muito difíceis. sem democracia cairíamos em extremismos.
ResponderEliminarConcordo com a pessoa que falou aqui de saúde mental. Hoje um psiquiatra, ou psicólogo, explicou que este comportamento das pessoas é usual nas catástrofes:
ResponderEliminarprimeiro, perante tamanho choque, as pessoas ficam como se levassem um grande abanão e respeitam as regras, depois com o tempo, o cansaço, as dificuldades da situação, bloqueiam e vão ficando em negação.
As pessoas estão em fase de negação.
O tal psiquiatra até falou da peste, em que morreram milhares e milhares, e as pessoas viam que as pessoas morriam, mas diziam que não havia peste nenhuma.
Hoje existe uma grande confusão generalizada, a maior parte das pessoas pensa que insultar, gritar, maltratar, desrespeitar, é sinónimo de ser verdadeiro, e saber ouvir, saber falar, saber defender as suas ideias sem insultar, é mentir.
ResponderEliminarAté se confunde ser agressivo, com ser assertivo.
E os próprios media passam esses valores.
Numa novela uma rapariga diz a um casal jovem «A minha tia é boa pessoa, mas é chata, gosta de livros e assim».
Vou dizer uma coisa talvez em contra-corrente, existe um excesso de informação sobre o SarsCov2 e a Covid19, e a maioria da população, mesmo os escolarizados (mínimos, médios e mesmo máximos), não têm formação académica, nem preparação de base, nem de conhecimentos, nem psicológica, para absorver esta catadupa de dados, muitos deles complexos e até contraditórios.
ResponderEliminarAliás é impossível absorver informação excessiva, tal como o organismo não consegue absorver barrigada atrás de barrigada.
Chega a um momento em que, ou se entra em parafuso, ou se pára para fazer uma triagem, ou começa o negacionismo, a crendice e a superstição.
É muito enganadora a ideia de que está tudo à distância de um clic, as coisas precisam de tempo, o bebé tem um tempo de gestação que continua a ser de 9 meses, tem um tempo de crescimento.
ResponderEliminarA varíola por ex, existe há 3000 anos, morreram de varíola o faraó Ramsés II, Luís Xiv, e só foi erradicada do planeta em 1980, através de uma campanha de vacinação em massa.
A cólera, que se deve a falta de higiene dos alimentos e da água, e está ligada à pobreza, a primeira epidemia global surgiu no séc.19, mas ainda hoje, em pleno séc. 21, surgem novos surtos, como em 2010 no Haiti e em 2019 (2019!!) no Iémen, onde morreram 40000 pessoas.
Dá que pensar! Sem a erradicação da pobreza, a humanidade não vai a lado nenhum!
Não se pense que esta vacina foi feita «à pressa», ela só é possível devido ao saber e experiência acumulados até hoje.
ResponderEliminarpior do que a covid 19 é o covi dizer
ResponderEliminarA última ceia pós-covid
ResponderEliminarJesus sentado no centro da enorme mesa da última ceia, vazia, em frente co computador, dirige-se aos seus discípulos à distância, dizendo «estamos todos, bem falta Judas porque está sem wi-fi».
A máscara feita pela minha prendada avó
Uma máscara em croché sem forro, tipo naperon.
YOLO
Bom dia Dra Helena
ResponderEliminarPeço o favor de ver uma mensagem com uma foto que lhe deixei há dias no Messenger (assinado L.D.)
É dever de todos ficarmos em casa em nome da saúde pública e todos assumirmos a nossa quota parte. Dito isto, muitos comentários sobre a falta de cumprimento do confinamento fazem-me lembrar o rótulo do fermento Royal: "fui dar uma caminhada (ou passear o cão)... e vi imensas pessoas a caminhar (ou a passear o cão)... que viram imensas pessoas a caminhar (ou a passear o cão)....
ResponderEliminarSim fui dar uma caminhada...eu posso mas tu não!! A maioria pensa assim: fui dar um caminhada e estava imensa gente. Agora pergunto, e o que estava essa pessoa lá a fazer? Queria ser só ela a dar a caminhada?!!!
EliminarJaneiro Janeirão de manhã pijama à tarde roupão.
ResponderEliminarPois eu não concordo nada, furo as regras sempre que posso e vou continuar a fazê-lo. Não me sinto obrigada a respeitar e obedecer a um governo pejado de corruptos, oportunistas e vigaristas de toda a espécie, como o que temos o azar de ter à frente deste bananal. Era o que faltava obrigarem o zé povinho a estar metido em casa, depois de terem havido mil e uma exceções para os amiguinhos com quem partilham a gamela, que lhes aprovam todas as falcatruas e lhes permitiram alcandorar-se ao poder ilegitimamente há 6 anos.
ResponderEliminarComentário 03.45
ResponderEliminarEsqueça a política, o que interessa é a pandemia, o que é importante é que não se ponha em situações de risco para si e para os outros.
Comentário 11:25
ResponderEliminarObrigado pelo conselho, mas já sou bem grandinha para pensar pela minha cabeça...
ResponderEliminar°*”˜˜”*°•. ƸӜƷ
.`*.¸.*.•°*”˜˜”*°•.ƸӜƷ
.•°*”˜˜”*°•.ƸӜƷ ✶*
Hoje, graças à globalização e às novas tecnologias, tudo é possível, acima de tudo, todos tem a liberdade suficiente para levar o estilo de vida que lhes convem. Para criar um déficit calórico sem esforço, tem que investir mais do que nao seja somente fazer exercício ao ar livre. Se for em multidao, uma maratona sera melhor.
-MorgadinhadosCanaviais
doscanaviais.blogs.sapo.pt