quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Do "orgasmo" à contenção...

Neste fim de semana fui, com um amigo, almoçar a um restaurante onde vamos com frequência e que está sempre apinhado de gente, pese embora não ser barato. Come-se muito bem, é-se bem servido, tem-se uma carta diversificada e apesar de, hoje, não comer carne vermelha e na minha casa o núcleo duro alimentar ser o peixe e os legumes - também com alto nível porque, passe a imodéstia, sou boa cozinheira - o facto é que saio de lá sempre muito satisfeita,
Qual não foi o nosso espanto, ao vermos que às 14:00, a casa tinha apenas duas mesas ocupadas. E quando saímos, pelas 16:00, na sala ficaram quatro mesas. De seguida fomos ao cinema e a fila era reduzidíssima. À nossa frente estavam dois casais.
Como o cinema ficava num Centro Comercial, ainda tivemos possibilidade de ver umas montras. Passeava-se com facilidade e as casas comerciais estava vazias.
À noite, na televisão, ouvimos dizer que neste período festivo, na terrinha se tinham movimentado 8 mil milhões de euros. A fotografia estava feita.
Depois deste "orgasmo" despesista, as pessoas sabem que terão de o pagar, porque, ao invés do outro, o físico, o período que se lhe segue está longe de ser relaxante ou retemperante. E vem, então, a contenção e a inquietação de quem cometeu um "pecado". Mas do qual, só o próprio se pode absolver!

HSC

5 comentários:

  1. Os excessos da época não se ficam só pelo abuso na alimentação, no açúcar.
    Depois vem a "conta".
    A lei das compensações é inevitável.
    Bom fim-de-semana

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  2. O Natal faz parte das Festas de Inverno e, embora hoje seja quase exclusivamente consumista e muito pouco cultural, parece manter algo do efeito catártico das festas tradicionais, tentando as pessoas libertar-se por uns dias das privações que, no dia a dia, o baixo poder monetário, lhes impõe.
    Por isso exageram (os que o podem fazer!) na correria eufórica às lojas e compensam-se nos excessos alimentares.
    As tradições festivas que contribuíam para a construção da identidade cultural e da cidadania, hoje são recuperadas, menos por motivos culturais do que económicos, tendo como objetivo principal o turismo.

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  3. Helena, Helena, que ingratidão! como pode fazer um retrato destes do país?! Anda muito distraída, por certo!!! :-))) É que eu estou neste momento a ouvir frases assim, na TV "o melhor resultado de sempre em democracia" / "devolvemos..." / "repusémos..." / "investimos no SNS (lol)..." / "apoiámos..."
    Cumprimentos
    Gl

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  4. Suponho que queria dizer 8 MIL milhões.

    Assim como está não chega a 1 euro per capita...

    Cumprimentos

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  5. Anónimo das23:58

    Tem toda a razão! Obrigada pela correção.

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