segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

O superavit

Falta Ben Uron, faltam médicos, fecham urgências e nós somos informados, tranquilamente, pelos orgãos de comunicação que a alternativa pode ser ir a um hospital que fica a 100 quilómetros.
Mas estamos todos contentes porque Mario Centeno, com as suas cativações, nos vai deixar muito possivelmente um superavit orçamental histórico... para aplicar, quem sabe, no buraco de 60 milhões, agora descoberto dos títulos à guarda do Novo Banco. Mas ainda continuamos na Europa!

HSC

domingo, 29 de dezembro de 2019

Para pensar!

Hay quienes no pueden imaginar un mundo sin pájaros, hay quienes no pueden imaginar un mundo sin agua; en lo que a mí se refiere, soy incapaz de imaginar un mundo sin libros. A lo largo de la historia el hombre ha soñado y forjado un sinfín de instrumentos. Ha creado la llave, una barrita de metal que permite que alguien penetre en un vasto palacio. Ha creado la espada y el arado, prolongaciones del brazo del hombre que los usa. Ha creado el libro, que es una extensión secular de su imaginación y, de su memoria.

                                             Jorge Luis Borges, 1985

Cuando Jorge Luis Borges escribió estas palabras las redes sociales no existían y los libros seguían siendo la base del conocimiento y también una de las principales fuentes de la información. Lamentablemente para mucha gente esto hoy ya no es así. Pero depende de nosotros, en tanto creyentes de las virtudes de la lectura y de la necesidad de contrastar nuestros saberes, que los libros sigan siendo una extensión secular de nuestra imaginación y de nuestra memoria, que sigan siendo sinónimos de saber y de conocimiento. Por eso nuestra libertad consiste, en buena medida, en la posibilidad de elegir lo que leemos.
Para que en este 2020 a punto de empezar seamos capaces de ejercer en plenitud nuestras libertades, te deseo un MUY FELIZ AÑO NUEVO.

                                            Carlos Malamud

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Gosto: As esculturas de Joana Durão


Há peças que, numa casa podem fazer toda a diferença. Um pintura, um espelho, uma talha, uma escultura. Durante algum tempo não fiz algumas viagens, para poder comprar peças que me encantavam. Umas de autores já com nome, outras de autores que eu intuía viriam a ser conhecidos. E, como a primeira metade da minha vida foi passada entre artistas do mais diferente universo, acabei aprendendo muito com eles.
Vem este intróito a proposito de Joana Durão, uma artista plástica que muito aprecio, mas que pouca publicidade faz de si. Tornou-se conhecida de um certo publico erudito que, de algum modo, a tem vindo dando a conhecer. A sua entrada na escultura não foi, contudo, imediata, dado que a sua vida começou por outras poisos.
Nascida num meio familiar ligado às artes, quer pelo lado materno - o seu avô era o Dr Guilherme Possolo, reconhecido perito de arte - e o pai um apreciado arquitecto com vasta obra pelo país e que desenhava e pintava muito bem,
Conviveu desde sempre neste meio mas foi pelo fado que a sua vida começou, tendo chegado, curiosamente, até gravado dois discos para a Philips.
Já depois de casada, trabalhou em vários tipos de artes, até que, com mais de cinquenta anos, resolveu lançar-se na primeira experiência de escultura, fazendo a cara de um neto seu, cuja aprovação foi geral.
E foi assim que começou. Gostou tanto, que procurou a escultora, Goretti Ortega, com quem teve aulas durante dois anos, até à primeira exposição que foi um sucesso e que a levaria a Florença para fazer um estágio com o escultor António di Tommaso. 
Outras exposições foram surgindo que sempre esgotaram as suas peças. Mas insistindo em querer aperfeiçoar-se, fez mais um estágio em França, com a conhecida escultora americana, Martine Vaugel. 
Seguiram-se várias exposições , todas elas sucessos de venda. A que se realizou na Art Embassy, sobre o tema das bailarinas, muitos dias antes da data prevista para terminar, já estava tudo vendido. 
Mais exposições e estágios se haviam de realizar sempre com as peças esgotadas, prosseguindo aqueles últimos com escultores de renome, como foi o caso do escultor brasileiro Israel Kislansky, com quem fez dois estágios.
Entre 26 de Fevereiro e 1 de Março próximos irá expor na “Artist 2020 Madrid”, que se vai realizar na Semana da Arte Contemporânea na capital.
Joana Durão não consegue imaginar-se a fazer mais nada que não seja arte. "Sou assim desde que me conheço", costuma dizer.
As peças que dela são lindíssimas e só a posso vivamente recomendar para quem possa e goste de belas esculturas. Sei do que falo, acreditem!

HSC

Nota: Quem estiver interessado em ver as suas peças - para além de algumas que estão na net - pode combinar com ela através do telemóvel 965341792 ou pelo mail joanadurao@netcabo.pt. E se quiser consultar na net pode fazer-lo em

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Natais...

O Natal da minha infância pouco ou nada tem que ver com o de hoje. A alegria com que faziamos os presentes para a família é o oposto do consumismo frenético, quase indecoroso, com que  os "despachamos" agora, dando à época uma versão, que de bíblica, tem muito pouco.
O carinho com que as nossas mãos preparavam as prendas tinha um valor precioso, porque com cada uma delas ia uma boa parte daqueles que as tinham feito. 
Lembro-me bem da alegria que tive quando entreguei à minha avó Joana uma pregadeira para alfinetes e agulhas, em forma de coração, que conseguira fazer às escondidas da familia. Ou do presente da minha mãe ser um cachecol tricotado por ela e que, ainda hoje, conservo e uso.
Não sei a razão pela qual se deu esta profunda transformação, mas acredito que ela tenha a ver com a forma como hoje encaramos a vida. O "tempo" dedicado aos outros é cada vez mais reduzido. As novas tecnologias substituíram o beijo, o abraço, a ternura do olhar por "emogis" e uma grafia abreviada. É a vida, dirão. É uma certa forma de vida, direi eu.
De facto, não se trata de saudade de um passado que não volta mais. Trata-se, sim, de não perder valores para ganhar competências. Porque estas só têm sentido, quando enquadradas no enriquecimento social e humano de cada um de nós. E esse não se compra, por atacado, no Natal.

HSC

sábado, 21 de dezembro de 2019

Não gosto: O Nónio

O NÓNIO define-se como uma plataforma tecnológica única criada por seis dos maiores grupos de comunicação do país, para oferecer conteúdos personalizados, constituindo uma ferramenta de segmentação de audiências privilegiada que muito contribuirá também para a orientação da publicidade. 
Com efeito, a partir de certa altura, esta plataforma aparece no ecrã do computador e ninguem consegue aceder sequer aos meros títulos dos jornais, sem que previamente proceda à sua inscrição no dito Nónio.
Podem usar todos os argumentos para explicar que as notícias têm um custo e que a sua leitura deve ser filtrada. Natural. Por isso é que quem quer ter acesso permanente, paga assinatura. Os outros, leem os títulos.
Esta inibição já fez com que algumas pessoas pura e simplesmente se desinteressassem de ler os jornais da dita plataforma. O que me não surpreende
Pessoalmente não gosto que os outros escolham por mim ou me obriguem a uma inscrição que não desejo. Por isso já limitei a minha leitura de jornais aqueles de que sou assinante. Os outros abandonei-os. E sei de muito boa gente que fez o mesmo...
Ora se os leitores se desinteressarem de lerem os jornais, estes entrarão em queda livre. Vale a pena pensar nas eventuais consequências disto!

HSC 

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Carlos Portas


Hoje vou louvar alguém que, não sendo da minha família de sangue, é da que constitui pelo coração. Falo do meu cunhado Carlos Portas, um ser excecional que sempre acolheu as minhas preocupações e me ajudou a resolver dúvidas que tivesse relativamente à educação dos meus filhos. Embora divorciada de um irmão, nunca deixou de me considerar família e ser-lhe-ei eternamente grata por isso e pela ternura dos seus filhos e meus sobrinhos. 
Há vidas que dificilmente cabem num livro. Pode dizer-se que é o caso do Carlos Portas cuja diversidade de competências dava certamente muito mais que um tomo. 
Com efeito sendo doutorado, foi   Professor Catedrático e Presidente do Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa. 
Foi Secretário de Estado da Estruturação Agrária, Presidente da Assembleia Municipal do Alandroal e Consultor da Casa Civil do Presidente da República Jorge Sampaio, que o agraciou com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, a 2 de Março de 2006.
Foi uma vida plena na Academia, na política e no campo familiar e um exemplo para muitos de nós. Com ampla obra científica publicada decidiu agora, após esta longa caminha escrever sobre si próprio, sobre a sua vida, sobre as escolhas que ao longo dela entendeu fazer. O livro chama-se HISTORIAS DA MINHA VIDA e é um depoimento de quem sempre se mantevefiel à ciência e aos valores ideológicos que o norteavam, e é por isso o relato de uma vida cheia de histórias para contar.
Este ano, infelizmente, não pude estar presente na cerimónia do lançamento, que decorreu no Salão Nobre de Vila Viçosa, no passado Domingo. Não tendo o dom da ubiquidade, tive que escolher e a primazia foi dada a um compromisso já antigo com a Virgem Maria, em Fátima. 
Mas estas palavras são a expressão da pena que tive. E bem hajas, Carlos Portas, pela tua sempre presente amizade!

 HSC

domingo, 15 de dezembro de 2019

Parabens!


O nosso Cardeal em Roma, D. José Tolentino de Mendonça, faz hoje 54 anos. E, por coincidencia ou não, também tomou hoje de manhã posse da Igreja dos Santos Domingo e Sisto que lhe foi dada pelo Papa Francisco no Consistório de 4 de Outubro ultimo, tendo-se assim tornado Cardeal Diacono da referida Igreja.
Trata-se de um acto normal já que, segundo a tradição, a todos os cardeais criados para ajudarem o Papa, é atribuida uma Igreja. O facto não impede, porém, que os católicos se sintam felizes com esta cerimónia. E que, no dia de hoje, ele mereça os nossos duplos parabéns!


HSC

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Não gosto: A frieza da COS


Durante bastante tempo fui cliente da COS, que é uma loja de vestuário de linhas muito clássicas, mas de corte bastante moderno. Eram roupas que me pareciam vagamente inspiradas entre o estilo nipónico e o nórdico, intemporais que, mudando os acessórios, me permitiam estar, sempre, à vontade em diversas situações.
Um dia, já nem me lembro quando, soube que aos “clientes fiéis” – não sei exactamente se, de facto, se tratava de uma questão de fidelidade – era oferecido um cartão que dava e julgo que ainda dará, um desconto bem simpático.
Fiada na simpatia – agora na minha, pessoal – mandei um mail à direção perguntando "se" e "como" poderia obter um. Passados alguns dias recebi uma resposta, fria, esclarecendo que a lista de clientes com cartão estava fechada até, suponho, à primavera seguinte.
Decidi logo, como era de esperar, face à frieza da mensagem,  deixar de ser cliente. E transferi os meus "gastos" e "gostos" para outra loja que me trata como, julgo, mereço ser tratada. A resposta até podia ser a mesma, mas com a delicadeza que seria de esperar.
Lembrei-me disto, hoje, porque é com gestos destes que se perdem fiéis, seja no consumo, na religião ou na política...

HSC 

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

As crises...

Como todos sabemos as crises não constituem uma experiência agradável. São de origem muito diversa e nem sempre têm solução. As mais difíceis, para além das da alma, são as da política. Porque ou atingem a alma do partido onde se dão ou, em situações mais graves, atingem os países onde se verificam-
Os portugueses têm, historicamente, passado por várias. Os seus partidos também. Nenhum lhes escapa. São as dores do crescimento, diz-se. 
Deve ser isso que aconteceu na crise que o Livre atravessou. É que só após 22 horas de trabalho e uma dezena de audições, decidiu não aplicar qualquer processo disciplinar à sua única deputada, Joceline Katar Moreira.  Quanto às declarações feitas pela mesma na comunicação social de "que foira eleita sozinha e não tivera qualquer tipo de apoio da direção do partido", o mesmo, através da sua Assembleia, lamenta profundamente que elas tenham sido produzidas e que não tenha existido um pedido de desculpas pelas mesmas, esperando que esta situação se não venha a repetir. Partido não só tolerante face a crises, como com quem as provoca! Surpreendente...

HSC

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Venha daí!


Não é uma apresentação. Não é um lançamento. É um encontro com amigos a quem direi  - em não mais de cinco minutos - umas palavras sobre estas "Escolhas". Decidi assim para poder falar com as pessoas que por lá tenham gosto de aparecer. Nada de formalismo. Apenas conversa e autógrafos para quem desejar. Se puderem e sobretudo se nquiserem estejam comigo. Eu ficarei muito contente. 

HSC

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Finalmente!

Finalmente, vamos poder descansar um pouco do fastidioso relato das viagens feitas em veleiros pela ativista Greta Thunberg, as quais não devem, aliás, ter saído baratas aos seus dedicados patrocinadores.
É que surgiu um novo movimento pelo clima. Chama-se World War Zero e junta John Kerry, Bill Clinton, Leonardo Di Caprio e Schwarzenegger. E também quer sensibilizar os políticos para a necessidade de responder à crise climática e unir "aliados inesperados" na mesma luta.
Foi fundado pelo antigo secretário de Estado John Kerry. e pretende ser “uma nova coligação” que junta “políticos de topo, líderes militares e celebridades de Hollywood, para lutar por uma resposta à crise climática”, diz o The Guardian.
A filiação está aberta a todos. Para isso, basta entrar no site do World War Zero e inscrever-se para passar a fazer parte do referido movimento.
Confesso que estou um pouco cansada desta loucura colectiva contra os aviões que se pretendem substituir por veleiros ou, vá lá, por comboios, como se isso fosse a grande formula de salvar o planeta. 
Assim, declaro que gosto mais deste WWZ, que só usa veleiros em tempo de férias e não os usa para atingir os seus objectivos ou marcar presença nas selectíssimas conferencias sobre a matéria.

HSC

domingo, 1 de dezembro de 2019

De novo, a regionalização...

..."Enquanto o país anda distraído com as peripécias da deputada Joacine e o anedotário dos cofres de José Sócrates, estão a ser tomadas decisões que ninguém sufragou e que comprometem o nosso futuro: os autarcas, comissários, gente que vive no Estado e do Estado reuniu-se num encontro da Associação Nacional de Municípios Portugueses e, fazendo tábua rasa do referendo de 1998, anunciaram ao país que a regionalização é para avançar. António Costa idem e Marcelo disse que não e talvez sim um bocadinho."...

                                    Helena Matos in Observador


A regionalização foi a única vez em que, publicamente, integrei um grupo que defendia objectivos de natureza política. O mesmo viria a sair vencedor no referendo de 1998. E o seu comportamento foi, aliás, exemplar. Criado com fins perfeitamente definidos, logo que o seu objectivo foi alcançado, apresentou contas e naturalmente desfez-se. 
Tenho a ideia, vaga, de que, à época, Marcelo estava connosco e contra a regionalização. Não asseguro o nome dele, mas lembro muitos outros, pessoas muito respeitáveis, que deram a cara pelo projecto.
Passaram uns anos e o processo de aprovação, em secretaria, da mesma regionalização que foi chumbada pelo referendo de 1998, está em marcha desde Julho deste ano, pela mão de João Cravinho, na qualidade de Presidente da Comissão Independente para a Descentralização.
O assunto é demasiado grave e tem implicações tão sérias para o país, que não consigo acreditar que tal decisão vá por diante, sem que sejamos todos chamados a pronunciar-nos sobre a questão. Aguardemos pois que os portugueses acordem e estejam atentos ao que se está a passar...

HSC

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Os filhos do divorcio

O PS entregou no Parlamento um projeto para alterar o Código Civil e estabelecer uma preferência pelo regime da residência alternada, em caso de divórcio ou separação judicial, sem necessidade de acordo mútuo entre os progenitores.
Compreendo a proposta do PS, mas receio que o cônjuge economicamente mais débil fique em desvantagem face à criança. E temo que esta decisão venha a permitir uma forma encapotada de alguns pais se furtarem à pensão de alimentos.
Na guarda conjunta, a regra actual, que considero justíssima, sobretudo relativamente aos pais, não há pensão de alimentos. Mas o problema permanece. Se um dos cônjuges não tiver a mesma capacidade financeira do outro, como é que vão dividir as despesas comuns de modo a garantir que a criança se não ressentirá? Quando um pode dar conforto, brinquedos e diversão e o outro, apenas o mínimo que um baixo salário consinta, com qual tenderá a criança a querer ficar?
O amor não se compra, dizem alguns. Mas isso é quando se é adulto. Pedi-lo a uma criança, é esquecer que ela é, de facto, uma criança, cujos valores morais ainda não estão estruturados.
Oxalá o PS tenha pensado bem no assunto, porque a entrega dos filhos às mães, que foi a regra durante muito tempo, trouxe para estas tremendos sacrifícios que deveriam ter sido partilhados com os pais.

HSC

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Ser persistente!

Há 12 anos abri este blog. Aqui cada um diz o que pensa e até se estabelecem diálogos entre os comentadores. Nunca o fechei, nem sequer por um pequeno período de tempo. 
Hoje numa entrevista a propósito do meu ultimo livro dei-me conta disto, deste tipo de intervenção pública. Tem sido uma obra de persistência, que considero como uma espécie de voluntariado na área da cidadania. E, confesso-vos,  julgo poder dizer que senti uma ponta de orgulho nesta resiliência.
A todos os que me acompanharam nesta década, aqui fica o meu mais sincero obrigada! 

HSC

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Ser velho...



"Na operação "Censos Sénior 2019", realizada durante todo o mês de outubro, a GNR sinalizou em todo o país cerca de 42 mil idosos que vivem sozinhos e/ou isolados ou em situação de vulnerabilidade devido à sua condição física, psicológica ou outra que possa colocar a sua segurança em causa."
Quando se lê uma noticia destas surgem sempre duas questões. Uma é a de saber que sociedade estamos nós a construir. A outra é a de indagar que modelo familiar está por trás de tanta solidão.
Sei bem que o Estado pode criar instituições de apoio a este tipo de idosos. Mas isso é só uma parte do problema. A outra reside no nosso tipo de familia em que todos trabalham - na melhor das hipóteses - e não podem ocupar-se dos velhos.
Mas há uma terceira e inquietante questão que nos deveria fazer meditar. É que hoje os velhos são um peso para um tipo de vida familiar que pensa mais no "ter" do que no "ser". E que deusificou de tal modo a juventude que tornou quase uma vergonha a condição de ser idoso.
Pertenço a uma geração em que os novos se ocupavam dos mais velhos, pelo respeito e amor que estes lhes mereciam. Pertenço, também, à geração dos idosos que vivem sozinhos. E pertenço, felizmente, à geração dos idosos que têm o privilégio de continuar a trabalhar e a viver desse trabalho. 
Posso, por tudo isto, ficar triste quando leio uma notícia como esta. Mas posso e devo lembrar o Estado e as famílias que ser idoso é algo que irá acontecer à maioria das pessoas e que só isso deveria já obrigar-nos a discutir modelos viáveis para que tal não aconteça de forma tão brutal.


HSC

sábado, 16 de novembro de 2019

Estamos indecisos...

  1. Segundo a comunicação social "o Parlamento Europeu equiparou o comunismo ao nazismo, ao aprovar, por 535 votos a favor, 66 contra e 52 abstenções, a resolução Importance of European remembrance for the future of Europe"
  2. E o nosso Parlamento? Discutiu...
HSC


quarta-feira, 13 de novembro de 2019

O amor não é para aqui chamado

"Não se pode falar de salário mínimo sem amor", terá dito a deputada Joacine Katar Moreira, na sua primeira intervenção no Parlamento. Parece-me uma tese perigosa, algo miserabilista e contrária às questões que devem presidir a uma discussão deste tema!

HSC

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Estão a brincar connosco?!

"Os partidos com apenas um deputado, como o Livre, Iniciativa Liberal e Chega não devem ter direito a tempo de intervenção nos debates quinzenais ou nas interpelações ao Governo."

Então porque é que o PAN, durante quatro anos sempre falou? Têm medo que estes falem? Mas eles foram eleitos justamente para isso.
Estão a brincar connosco?!

HSC

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Nívea: Eu gosto!


Nunca quis ter publicidade nos meus blogs. Não censuro quem a tem mas, no meu caso, ser-me-ia muito difícil dar uma opinião livre sobre qualquer coisa que tivesse patrocínio. Porém, também não quero ter limitações de falar do que gosto, por recear que os outros entendam que estou a ser patrocinada!
Assim, há uns meses disse aqui que iria ter, de vez em quando, uma coluna opinativa que podia ir dos livros, aos discos, aos produtos alimentares, ao cinema, enfim, a tudo aquilo que eu entendesse dever  elogiar ou criticar.
Pois bem, aqui estou hoje, a falar de cosmética. Logo eu, que tenho muito pouco tempo e paciência para estes delicados trabalhos. Mas, também confesso, que durante bastante tempo pude gozar, uma vez por semana, dos benefícios de uma massagista e do sono reparador que sempre se lhe seguia.
Mas, voltemos à cosmética da qual, por norma, sou uma utilizadora errática. Uso com a mesma facilidade um creme caro ou um comprado em supermercado. A unica fidelização que tive desde criança, foi à caixinha azul da Nívea, que tanto servia para tratar os joelhos feridos dos filhos como de alimento para pele seca do rosto ou do corpo.
Todavia este verão algo chamou a minha atenção. Era a campanha televisiva da marca com a  duração de 30 segundos, cuja nova filosofia era o “Co-ageing” (Co-envelhecimento)  que afirmava ajudar as mulheres a aceitarem os sinais do envelhecimento, deixando assim para trás o conceito "anti-ageing" (antienvelhecimento), porque envelhecer não pode ser um tabu.
Para representar essa nova filosofia, foi escolhida a atriz italiana Monica Belluci que foi o rosto da linha de produtos Hyaluron Cellular Filler. E o que ela dizia faz para mim todo o sentido, ja que todos "temos de aceitar a passagem do tempo, num mundo onde todos temos medo de envelhecer, mas onde o facto de dizer que podemos continuar a amar e a ser amados, mesmo tendo uma beleza mais orgânica". 
A mensagem tocou-me e, durante o verão, experimentei a referida gama. Não fiquei, claro, como a lindíssima Monica. Mas que a minha pele parece melhor, isso é um facto!

HSC

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Oração

Senhor, dá-me serenidade para aceitar tudo aquilo que não pode e não deve ser mudado. Dá-me força para mudar tudo o que pode e deve ser mudado. Mas, acima de tudo, dá-me sabedoria para distinguir uma coisa da outra. 

Esta é a oração que rezo quase sempre antes de me deitar e que tranquiliza as minhas noites!

HSC

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Por causa da maternidade!

No tempo em que fui mãe, as férias de parto não existiam. Nem existia qualquer apoio à maternidade. Tive os meus filhos, como muitas mulheres da minha geração, tentando conciliar vida profissional e vida familiar. Muitas horas de sono perdidas, mas muita satisfação à mistura. Porque se queria ter vida profissional, na época, era assim. Muito, felizmente, se evoluiu nesta área. E muito falta ainda fazer. 
O apoio da familia era escasso porque a do marido vivia no Alentejo e a minha estava em África. Venci todos estes obstáculos num tempo em que o companheiro preparava um doutoramento, já que o meu ficara adiado com a primeira gravidez. Foi difícil? Foi. Como terá sido para milhares  de mulheres deste país que não tinham sequer uma carreira, mas cujo salário era necessário ao sustento dos seus. Mulheres que, inclusivé, aceitaram trabalhar por turnos...
Há dias uma deputada não aceitou um convite para um debate, invocando a sua condição de mãe solteira de uma criança de 3 anos e explicando o excessivo tempo de trabalho desse dia, superior às tradicionais 8 horas. Fiquei surpreendida, confesso.
É que, talvez por ter tido a experiência que referi vejo, com alguma dificuldade, a aceitação de responsabilidades profissionais de grande exigência, quando se sabe, à partida, que elas irão impor sacrificios à vida familiar que se não está disposto a aceitar. Parece-me tremendamente injusto para o mundo laboral feminino que alguém as invoque, como explicação para aquilo que não faz ou não fará. 

HSC

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Parasitas



Não é muito frequente sair de um filme e não conseguir encontrar as palavras que possam definir as reações que o mesmo me provocou. Mas foi o que aconteceu, ontem, comigo, ao ver o filme sul coreano PARASITAS. 
Só o título me causou um certo arrepio, mas filho e neto insistiram que eu ia gostar e relembraram – me a obra do realizador que eu já vira. O argumento foi eficaz e assim lá fomos os três.
Trata-se de um filme longo – para os orientais o tempo demora mais – e que conta uma história feita de várias histórias em que o imprevisto está sempre à flor da pele. Por vezes, calculem a ousadia, senti-me num filme de Woody Allen ou até num de Jacques Tati, tal a comicidade subtil de certas cenas. Para mim é um filme magnífico. Mas não sei se toda a gente saberá apreciar aquele género de cinema.
Vim para casa a recordar com o meu filho alguns pormenores da película cuja "marca" poderia ter a assinatura de Allen ou de Tati. Ambos rimos, de gosto, com elas. Depois, ao deitar-me, percebi que o ser humano, nasça na Coreia do Sul ou em Portugal, tem sempre uma parcela, por mínima que seja, de um ADN comum. E isso reconfortou-me!

HSC

domingo, 27 de outubro de 2019

Chuva em New York


Fui ver o último filme de Woody Allen, Um dia de chuva em Nova Iorque, e, confesso, gostei bastante. Mas duvido que, comercialmente, ele possa constituir um sucesso. 
A sua paixão por aquela cidade continua a ter o mesmo fulgor, mas nota-se – noto eu -, no realizador uma melancolia mais acentuada, por não poder estar lá, ou melhor, por não o deixarem viver lá. Aliás, os americanos, com o seu tremendo puritanismo, continuarão a não poder ver mais este seu filme.
É uma história de amor, contada “a prestações”, que põe à vista muitos comportamentos da sociedade actual e, como sempre, tem momentos fabulosos. Exemplo disto, é a conversa a dois, olhos nos olhos, que a mãe decide ter com o filho e que, a meu ver, constitui um dos grandes momentos da película. 
Eu saí da sala com a impressão de ter visto algo diferente de uma comédia e que meu comigo. Creio ser, repito, uma fita que exige do espectador uma grande capacidade de saber ler nas entrelinhas...
Um espetáculo a não perder para uma mente aberta e um gosto muito especial por Woody Allen!

HSC

Very fashion!


Rafael Esteves Martins nasceu em Lisboa há 31 anos. É investigador bolseiro, com formação em estudos artísticos (licenciatura) e comparatistas (mestrado). Desde cedo despertou para a política, onde foi dirigente associativo da Escola Secundária Padre Alberto Neto e presidente de três comissões eleitorais da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e co-redactor do Manifesto por um Futuro Europeu. 
Foi militante da Juventude Comunista Portuguesa (JCP) antes de ser fundador do Livre, o partido liderado por Rui Tavares que, pela primeira vez, elegeu uma deputada à Assembleia da República, a afrodescendente Joacine Katar Moreira. 
É sócio fundador da Estufa – Plataforma Cultural (Torres Vedras).
Segundo a página do Livre, tem como interesses a literatura-mundo, os estudos camonianos e a aprendizagem do sânscrito. 
Actualmente é assessor de Joacine e no dia 25 apresentou-se na Assembleia da República vestido com uma saia preta, meias cinzentas e sapatos rasos. Ignora-se qual a influencer que poderá ter ditado a sua opção, mas a mim, pareceu-me bastante fashion!

HSC

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Acontece...


primeiro dia do Parlamento assemelhou-se a um primeiro dia de aulas. Alguns deputados, que só conheciam o hemiciclo das transmissões televisivas tentavam, com alguma dificuldade, encontrar a porta de entrada e o seu lugar no hemiciclo. E lá iam sendo conduzidos por alguém que já conhecia os cantos à casa. 
Talvez por isso, Mariana Mortágua acabou sendo abordada por três novos deputados, indecisos diante da porta do plenário ainda fechada. 
- “Desculpe, como é que se entra?”, pergunta um deles, hesitante. 
- “É nesta porta à direita e sempre em frente”, explica Mariana.  
Claro que perante tal resposta, houve logo quem sorrisse, ao ouvir a deputada bloquista, recomendar a alguém que seguisse “à direita e sempre em frente”!

HSC

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

O livro!


O livro é, sem dúvida, uma preciosidade. Mas ler um livro impresso, que tem cheiro e se manuseia, continua a ser um prazer que nenhuma tecnologia substitui!


HSC

terça-feira, 22 de outubro de 2019

Impossível não sorrir...

O humor entre nós é tremendo. Ora vejam o que acabo de receber no telemóvel!

"Se bem entendo, temos um secretário de estado adjunto e da administração interna e uma secretária de estado da administração interna, mas não devem ser confundidos com o secretário de estado da descentralização e da administração local, e muito menos com o secretário de estado do ordenamento do território que, naturalmente, não se confunde com o secretário de estado do planeamento nem com o secretário de estado das infra-estruturas, sendo os dois diferentes do secretário de estado da mobilidade, mas também do secretário de estado do desenvolvimento regional, totalmente distinto da secretária de estado da valorização do interior que, em qualquer caso, em momento nenhum pode ser associada ao secretário de estado do desenvolvimento rural.
É agora que o território nacional vai ficar um brinquinho."

                (Texto atribuido a Henrique Pereira dos Santos)

HSC

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Marcelo e as influencers...


Marcelo Rebelo de Sousa recebeu, no Palácio de Belém, em Lisboa, várias dezenas de influencers portugueses. Com efeito, o Presidente mandou chamar a Belém quatro dezenas de pessoas que marcam a diferença pela sua presença nas redes sociais, num encontro que ficou de fora da agenda oficial. O programa, claro, incluiu, como seria de esperar, muitas selfies.
Estas cerca de 40 personalidades, na sua maioria associadas à moda e beleza, mas também às artes de representação, ao humor ou ao activismo social — que, nas redes sociais, somam fãs e uma posição de relevo —, compareceram em Belém, para uma conversa com o Presidente da República sobre a importância dos influencers no mundo do digital.
O convite seguiu para nomes como as Youtubers Sea3po e Mafalda Sampaio (Maria Vaidosa), a blogger Maria Guedes ou a apresentadora Raquel Strada. 
Aliás, esta última, partilhou logo no seu perfil de Instagram, que quando o Presidente da República te convida para ires ao palácio debater ideias, metes o fatinho e vais”. “No fim [do encontro com Marcelo Rebelo de Sousa] tiras uma foto, que eu e as selfies não nos damos bem”, escreveu a apresentadora que conta com 384 mil seguidores. E rematou “agora, a sério, estou muito feliz com o resultado deste encontro e tenho a certeza que estamos todos confiantes que vão sair daqui coisas espetaculares”.

                          excertos retirados das redes sociais

Confesso que, no inicio, fiquei um pouco baralhada com a avalanche de noticias e quantidade de fotos de Marcelo com as influenciadoras de moda e beleza, que vêem deste modo, consagrada uma nova profissão. E, pelo interesse presidencial, de vital importância para o país.
Só tenho pena que o Presidente não tivesse convidado quarenta dos nossos grandes cientistas e nos desse a conhecer o seu trabalho. Mas nos dias de hoje só posso exclamar " é a vida". A que temos, claro!

HSC

domingo, 20 de outubro de 2019

Ensinamentos!

"Na fila do supermercado, o caixa diz a uma senhora idosa:

- A senhora deveria trazer as suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não são amigos do ambiente.

A senhora pediu desculpas e disse: 
- Não havia essa onda verde no meu tempo.
O empregado respondeu: 
- Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. A sua geração não se preocupou o suficiente com o nosso meio ambiente.

- Você está certo - respondeu a senhora. 
A nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente. Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava-as de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso. E os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, muitas outras vezes, sempre esterilizadas.
Realmente, não nos preocupamos com o ambiente no nosso tempo. 
Até as fraldas de bebês eram lavadas com sabão, porque não havia fraldas descartáveis. A secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas secadoras elétricas. A energia solar e eólica é que realmente secavam as nossas roupas. 
Mas é verdade: não havia preocupação com o ambiente, naqueles dias. Naquela época tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela de 14 polegadas, não um telão do tamanho de um estádio, que depois será descartado, não sei como.
Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia batedeiras elétricas, que fazem tudo por nós. Quando enviávamos algo frágil pelo correio, usávamos jornal velho como proteção, e não plástico bolha ou pellets de plástico, que duram cinco séculos para começar a se degradar.
Naqueles tempos não se usava motor a gasolina para cortar a relva, utilizávamos um cortador que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não era preciso ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade.
Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos água diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos.
Na verdade, não tivemos uma onda verde naquela época. Naquele tempo, as pessoas tomavam o electrico ou autocarro coletivos e os meninos iam nas suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar os pais como serviço de táxi 24 horas. 
Então, não surpreende que a atual geração fale tanto em "meio ambiente", mas não queira abrir mão de nada e não pense em viver um pouco como na minha época!"

Aqui fica, numa espécie de metáfora, uma aula gratuita, dedicada aos jovens que tem tudo nas mãos e só sabem criticar os mais velhos, ministrada por uma idosa considerada ultrapassada!.

HSC

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

O enorme valor dos amigos!

Depois da passagem pela TVI fiquei mesmo cansada, pese embora todos me tivessem tratado como uma princesa. Tudo o que pedi foi satisfeito e senti que todos compreenderam que eu só aceitara fazer aquelas cinco semanas, por amizade com a Felipa Garnel. 
Há muito que me vêm convidando para voltar à televisão e há muito que venho recusando, por saber muito bem qual é o formato em que eu mais renderia e o que me têm pedido não corresponder às minhas expectativas. Para ser inteiramente verdadeira um deles, bem recente, estaria lá muito próximo, mas como em tudo na vida, houve um senão, que foi a negociação das condições financeiras. E, aí, não chegámos a acordo.
É que eu prefiro não trabalhar, a faze-lo por um preço que não corresponda àquilo que eu entendo ser o meu valor. É um critério que sigo há muitos anos, talvez porque me posso, ainda, dar a esse luxo.
Este longuíssimo intróito vai explicar o que vem a seguir.
Vivo num prédio onde somos quatro condóminos. Difícil seria, não ter com qualquer deles relações de grande correção. De facto, assim é. À excepção de um, que está sempre alugado pelo proprietária, em termos de grande rotatividade e do qual não conhecemos nem inquilinos, nem dona.
Porém, desde que ali vivo, já lá vão perto de 30 anos, um dos andares trouxe-me sempre gente, que se havia de transformar, com o tempo, no que chamo de grandes amigos. Os últimos, chegados há 3 anos - a Rita decoradora e o António advogado -, foram mesmo o que chamo de algo especial e que se assemelha muito com a que tive com os primeiros proprietários, que continuam, para mim, a ser elementos de uma família escolhida.
Pois bem, quer a Rita quer o António, quando me vêem mais cansada, levam-me com eles para o Alvito onde têm duas casas maravilhosas, que gostam de ter sempre cheia de amigos, parte dos quais hoje já são, também, meus. A sua qualidade humana é tão rara que decidiram fazer de um palheiro um quarto, para que eu ficasse na sua habitação e não na das vistas.
Fui estrea-lo este fim de semana. É uma suite encantadora toda forrada a madeira, onde não falta nada de que possamos carecer. Para além disso e dos repastos em casa, saltitamos também a comer em sítios que só eles conhecem.
Este fim de semana teve, porém, um happenning. É que o António levou-me a passear, montada numa moto quatro,  perante a rizada de todos os amigos presentes. E eu, com esta idade, adorei... Foi um fim de semana de luxo, que só a muita amizade deste casal me poderia proporcionar.
Acresce que a casa, linda, e os seus donos, sempre que lá estão, atraiem montes de amigos, que ali se sentem bem tratados e em total à vontade. E eu que já tenho pouca familia, quando estou com eles, volto ao tempo da minha infância rodeada de primos e primas.
Bem hajam, Ritinha e António, pela  já muito rara amizade que ambos me dispensam!

HSC

terça-feira, 15 de outubro de 2019

Aquilo de que gosto!


Daqui a uma semana, ou seja no próximo dia 23, estará nas livrarias o meu novo livro, de que vos mostro a capa, acima.
Os livros são sempre uma parte de nós. Talvez por isso, quando saem das nossas mãos , o sentimento que temos é semelhante ao de ver um filho levantar asas e largar os progenitores, para seguir o seu caminho. A partir daí, ele é mais vosso do que do seu autor. Cada leitor irá lê-lo de forma diferente. O livro irá transformar-s e já não será, mais, apenas aquilo que o autor escreveu. Será, também, aquilo que o leitor nele percepcionou, dando-lhe uma alma nova.
O que eu desejo, quando escrevo, é exactamente isso. E a cada novo título, o que eu espero, é que ele seja mais uma obra escrita, afinal, a várias mãos. As minhas e as vossas!

HSC

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Pronto, já está!

A experiencia televisiva acabou! Durante cinco semanas, no meio de discursos politicos e campeonatos de futebol, um quarteto ao qual pertenci, pretendeu desanuviar o espírito de quem só nos falava das desgraças eminentes ou das complexas estratégias futebolísticas.
Embora seja muito cansativo fazer um programa de televisão diário, sobretudo aquela hora e porque apenas tivemos uma semana e um "piloto" para nos prepararmos, julgo que cumprimos aquilo que prometemos e no fim já só acontecia o inesperado e era nele que funcionávamos melhor.
Sei que me diverti, me irritei, e ri. Tudo ao mesmo tempo. Fiz este sacrifício - estava muito longe de pensar aceitar voltar à televisão - porque sou muito amiga da Felipa Garnel que já fez, por minha causa, alguns "sacrificios". Não me arrependo. Ganhei amigas e amigos que conhecia mal e confirmei as qualidades humanas da Silvia Rizzo, que todos devíamos conhecer melhor.
Como se costuma dizer aqui em casa, face às dificuldades, "pronto, já está. Até à próxima..."

HSC