Costumo dizer que a felicidade é feita de muitos momentos felizes. O dia de hoje é, para mim, um desses momentos, em que me foi dada ocasião de assistir à subida de José Tolentino de Mendonça a Cardeal.
Não porque isso altere nalguma coisa a relação de amizade que nos une, mas porque fico muito feliz ao ver reconhecida pelo Papa a qualidade humana e cultural deste homem que conheci na ocasião mais dolorosa da minha existência.
Depois dos meus pais, dos meus filhos e da escassa família que me resta, o padre Tolentino, agora Cardeal da Igreja, é a pessoa mais importante da minha vida, aquela que, eu sei, velará sempre por mim.
Depois dos meus pais, dos meus filhos e da escassa família que me resta, o padre Tolentino, agora Cardeal da Igreja, é a pessoa mais importante da minha vida, aquela que, eu sei, velará sempre por mim.
Assim, no dia de hoje, sinto-me muitíssimo feliz. E enche-me de alegria poder partilhar este momento, com todos os que me lêem e também apreciam aquele que sempre veremos como o nosso padre Tolentino!
HSC
Compreendo e fico feliz com a felicidade que a senhora sente.
ResponderEliminarPara todos os portugueses, é um motivo de orgulho, mas para aqueles que privaram com o actual Cardeal Tolentino de Mendonça - como acontece com a Dra. Helena -, imagino que seja, efectivamente, um dia especial e muito feliz. Longa vida é o que lhe desejo.
Cumprimentos.
( mas se não lhe parecer abuso: Um abraço. )
Aceito feliz esse abraço que retribuo!
ResponderEliminarDrª. Helena compreendo a sua felidade
ResponderEliminarhoje, porque eu também a sinto.
Desejo muito que Tolentino de Mendonça
tenha muita saúde para exercer este seu
novo cargo.
Os meus cumprimentos.
Irene Alves
Tolentino Mendonça é um dos grandes poetas contemporâneos, e uma pessoa rara, pela forma original como vê o mundo, o ser humano, o cristianismo, a espiritualidade.
ResponderEliminarVamos ver que estragos, ou não, fará nele, que ama a simplicidade e rejeita o fausto, todo o ambiente pestilento e luxuoso do Vaticano, que nada tem de cristão.
O seu percurso como padre permitiu-lhe ter o tempo e as condições para aprofundar os seus conhecimentos sobre as artes, sobre si mesmo, sobre os outros.
Mas em Tolentino não há nada da habitual conversa bafienta do padre convencional, cheia de sentimentos moralistas e ilusões de perfeição-
«Não temos de ser perfeitos, temos de ser inteiros».
Tolentino é culto, conhece bem a dualidade do ser humano, estudou com interesse figuras malditas como Pasolini de quem diz «Filma o sagrado com o óculo do profano, e o profano com o óculo do sagrado».
Enganei-me: o comentário sobre a compra da Tvi pela Cofina pertence ao post «A acabar a...experiência». Peço desculpa.
ResponderEliminarDra Helena
ResponderEliminarCompreendo a sua felicidade e a alegria de a partilhar. Que Deus proteja o homem, o poeta, o padre, porque todos precisamos muito de pessoas como ele. Crentes, ateus ou agnósticos não ficaram indiferentes à grandeza espiritual e cultural do novo Cardeal. Foi pena que o PR não tivesse podido estar presente. Escolheu a homenagem ao politico morto em detrimento do Cardeal vivo. É uma perspectiva...
António Bernardino
Assisti a tudo pela televisão. Vi o nosso amigo como se lá estivesse.
ResponderEliminarObrigada por nunca se esquecer da sua mensagem e de nos relembrar sempre o que lhe deve cada um daqueles que com ele privou.
Francisco Cabral
Tolentino, além de poeta e cardeal, é sobretudo uma pessoa. Deve ser difícil viver naquele horrível mundo só de homens, com as suas batas maxi, fechadas com dezenas de pequenos botões, as suas leves túnicas brancas de cambraia e rendinhas, a capinha de avó friorenta, os sapatos Prada.
ResponderEliminarAquela biblioteca é maravilhosa, mas não para todos os dias! Tolentino tem de encontrar o seu cantinho para poder ler, em liberdade, ao pé do gato.
Pobre Cardeal!
Anónimo das 10:59
ResponderEliminarEsteja tranquilo, que as vestes que refere só são usadas em ocasiões de festa para a Igreja. No quotidiano, a única coisa que ele usará como símbolo cardinalício, é o anel, como usam a aliança aqueles que mostram que são casados. No resto usará as vestes de um padre que em lugar de gravata usa a tira branca que, creio incomoda bastante menos.
Quanto à Biblioteca julgo que a felicidade de poder viver entre um tal património o fará muito feliz.
Cada pessoa goza a felicidade à sua maneira. Uns no meio de livros, outros nos meandros da política, outros nos mosteiros. Tento sempre compreender que aquilo que me torna feliz, seria para muitos uma enorme maçada. Chama-se a isto o "way of life" próprio de cada ser humano. Já Frank Sinatra há alguns anos o cantava!
É muito estranho mas esta noite sonhei com JTM. Uma luz branca, muito pouco acentuada, envolvia-o, olhava para mim com uns olhos redondos de criança e um sorriso quase imperceptível. Sonhos são sonhos, mas não sou praticante, nem me atraem especialmente imagens envoltas em luz.
ResponderEliminarMas foi como se o conhecesse desde sempre, nos olhos vi bondade, curiosidade, transmitiu-me ao mesmo tempo, bem-estar e desafio.
Uma coisa é certa, gostaria de conversar com JTM, talvez por isso este sonho tão inesperado, mas bem-vindo.
AL
Seja qual for a nossa religião ou a falta dela, algo me parece inegável. Os homens como Tolentino pertencem ao mundo e não só à Igreja. Por isso é que congregam pessoas tão diferentes à sua volta!
ResponderEliminarMarcelo Benevides
Não sou católico, mas Tolentino de Mendonça tem de facto qualidades muito especiais. O que lhe interessa é "ouvir" o outro. Raríssimo nos tempos de hoje.
ResponderEliminarBartolomeu Cabral
Também não sou católico. Mas conheço Tolentino e creio poder dizer que me vai fazer por cá muita falta.
ResponderEliminarPedro
🌷
ResponderEliminarNão sabia que todo o poema
ResponderEliminaré um tumulto
que pode abalar
a ordem do universo agora
acredito
JTM em «A noite abre meus olhos»