Segundo o Expresso, a empresa
familiar de Graça Fonseca, ministra da Cultura, assinou a 29 de julho um novo
contrato com a Câmara Municipal de Lisboa. O contrato celebrado pela Joule —
Projetos, Estudo e Coordenação, Lda tem como alvo a elaboração do projeto de
redes de infraestruturas, no âmbito do Plano de Urbanização do Vale de Santo
António.
O mesmo jornal divulga
ainda a existência de um outro
contrato, este já assinado em fevereiro entre a Joule Internacional — Serviços
de Engenharia, Lda e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
E dá conta que os dois contratos
foram atribuídos por ajuste direto, representando para a empresa da ministra da
Cultura, um encaixe de 39.500 euros (19.900 euros, o primeiro, 19.600 euros, o
segundo).
Graça Fonseca, ministra da
Cultura desde Outubro de 2018, detém 8% do capital da Joule – Projetos, Estudos e Coordenação, estando o
restante capital nas mãos do pai, da mãe (ambos com 38%) e do irmão, que
controla 16%. Já na Joule Internacional, Graça Fonseca tem a mesma participação
de 8%. O pai é o maior acionista, com 70% do capital, e o irmão controla 22%.
Ainda de acordo com o Expresso, desde 2009, quando Graça Fonseca se tornou vereadora da
CML, a empresa de que é sócia assinou 17 contratos com o setor público.
A ligação entre as
empresas de Graça Fonseca e o setor público foi conhecida no final de julho,
poucos dias antes de o primeiro-ministro António Costa ter pedido ao
Conselho Consultivo da Procuradoria Geral da República que se pronuncia-se
sobre a incompatibilidade das
participações acima dos 10% de familiares dos ocupantes de altos cargos
públicos, ascendentes ou colaterais até ao segundo grau em negócios com o setor
público.
Documentação retirada do jornal online ECO
Já nada me surpreende nestas notícias. O que me
surpreende é que Graça Fonseca não se explique nesta matéria, que dizendo respeito
a eventual incumprimento da lei, respeita, enquanto ministra, a todos nós.
Sobretudo quando, sem ninguém a questionar, nos deu a conhecer pormenores da
sua vida pessoal, que a não tornam nem melhor nem pior ministra.
Se sentiu que devia expor-se, não foi pela posição que ocupa, mas por qualquer outra razão que desconhecemos. O que se pede agora, é a mesma transparência nas operações feitas com a sua empresa que, essas sim, têm a ver com as suas funções.
Se sentiu que devia expor-se, não foi pela posição que ocupa, mas por qualquer outra razão que desconhecemos. O que se pede agora, é a mesma transparência nas operações feitas com a sua empresa que, essas sim, têm a ver com as suas funções.
HSC
A vida pessoal dos detentores de cargos públicos só pode ter interesse se de algum modo provocar algum conflito com o desempenho desses cargos.
ResponderEliminarMais que isso é puro voyeurismo.
Boa semana
Penso exactamente o mesmo. GF sem se perceber porquê veio a público esclarecer que era lésbica. Sem ninguém lhe perguntar nada.
ResponderEliminarAgora deveria ter o mesmo comportamento e aqui sim porque fere uma lei esclarecer o pais a razão dos ajustes diretos com uma empresa que é da familia. Agora somos nós que perguntamos e temos direito a resposta.
Anselmo Temudo
a cultura também dá dinheiro? não sabia
ResponderEliminarA senhora já falou demais. Agora que já se "vingou"não fala. Espera que nada aconteça...
ResponderEliminarSer Lésbica parece que a torna numa intocável política!
ResponderEliminarO que me pasma mais é a lata. Têm lata para tudo e o país assiste e aplaude. Quanto mais trapaceiro, melhor, mais esperto. Tudo é permitido.E ser lésbico só mostra que a senhora é de fibra :)
ResponderEliminarSe existem cursos de Gestão das Artes em Portugal porque motivo são pessoas de áreas como o direito, etc. a ocupar estes cargos?! Se existem pessoas com investigação e trabalhos na área das indústrias da cultura, de gestão do património, da gestão das artes?!
ResponderEliminarEsta Srª Desgraça Fonseca não por ser lésbica mas porque não parece ter formação e conhecimentos nas áreas da cultura, acrescenta ainda infração à lei que não permite contratos com o sector público, às empresas de familiares de governantes. Não sei se a lei das incompatibilidades já está em vigor, mas segundo li, essa lei anula os contratos dessas empresas familiares mas não implica a demissão do cargo.
GF quer lá saber da Cultura, está a fazer currículo para outros voos.
E ter declarado ser lésbica não foi inocente, é tudo marketing. Mas na verdade isso passa-se com os políticos, em todos os quadrantes.
No comentário «Tem Graça, Fonseca» diz Ricardo AP- «Os quadros da coleção Berardo sabemos onde estão mas não são nossos, estes (170 obras da coleção de arte do Estado, desaparecidas) são nossos mas não sabemos onde estão».
ResponderEliminarNada de novo, são todos corruptos. Ser lésbica e do Bloco são apenas pormenores.
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