terça-feira, 26 de setembro de 2017

Domingo

São mais dois dias e as promessas entram no limbo. Mais uma vez não se discutiram os problemas das autarquias e mais uma vez se transformaram estas eleições numa espécie de teste nacional  aos partidos e, sobretudo, numa forma de pressão sobre o Orçamento que está a ser negociado.
A campanha não constituiu uma surpresa. Nem no conteúdo nem na forma. E o lado pouco civilizado como decorreram algumas intervenções, talvez se explique porque o governo viu os seus resultados económicos positivos muito ensombrecidos pelos incêndios e pela novela de Tancos. A surpresa só virá se os resultados de Domingo não confirmarem o poder do PS, que insistiu em fazer destas eleições a ante câmara das legislativas que se aproximam. 
Se dissesse que toda esta euforia me não dá alguma preocupação, mentiria. Os dados económicos conhecidos são complexos de interpretar e até sob alguns aspectos contraditórios. Perante o que vejo anunciado, ou o governo tem reservas que desconhecemos ou corremos alguns riscos que nos podem sair muito caros, sobretudo porque a Europa está nas mãos da Alemanha e esta entrou numa fase em que todos os cenários de coligações possíveis levantam problemas que pouco nos beneficiam.
E, se olharmos à nossa volta, Espanha, França, Inglaterra e Itália estão longe de nos darem tranquilidade. Aguardemos, pois, com alguma curiosidade, o que se irá passar aqui e na Catalunha, no próximo dia de descanso.

HSC

2 comentários:

  1. Comungo das suas preocupações.
    Já escrevi um texto em que dizia que
    a partir do resultado das eleições na
    Alemanha os países do sul não podem
    mais contar com a solidariedade dos
    outros países. Só vejo o a
    atual governo
    a comprometer-se com mais gastos, para
    segurar o acordo com o PCP e o BE, mas
    eles quererão sempre mais e mais.
    Num programa eleitoral em vez de chamarem
    munícipes diziam fregueses. Ao que se chegou.
    .............................................

    Ontem Portugal(na m/opinião) foi enxovalhado
    em Angola. Aquela noção de democracia que
    Angola tem, deixa muito a desejar.
    Os meus cumprimentos.
    Irene Alves

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  2. Engraçado,ainda hoje ouvi o Passos Coelho falar numa acção de campanha,e pensei o mesmo!É que ele falava de Tancos e Pedrógão, e a Teresa L.C. candidata-se por Lisboa e pela Autarquia!

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