quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Cabecinhas pensadoras...

Depois dos caderninhos "pró menino e prá menina" postos fora da vista a conselho do Governo, surge agora outra medida brilhante, também de carácter proibicionista. 
De certo assustado com a elevada taxa de abstencionismo e prevendo um Sol outonal que, no futuro, se prolongue, de que é se lembrou o Executivo? Apenas e só da eventualidade de tornar os dias eleitorais interditos à prática do futebol profissional.
Alguém de perfeito juízo acredita que quem queira votar o não faça por um jogo de futebol? Será que, após quatro décadas de democracia, as cabeças pensantes deste país julgam que nós somos todos idiotas e precisamos de ser forçados a fazer aquilo que não queiramos fazer?
Será que esta protecção paternalista do Estado também considerará a hipótese de fechar cinemas, hospitais, Igrejas, praias e piscinas, para que os portugueses, como criancinhas, decidam ir votar, estando as mesas de voto abertas por 11horas?
Valha-nos Santa Engrácia, porque a ideia que os nossos governantes têm de nós é lamentável. Quem quiser abster-se fa-lo-á em qualquer circunstância. Quem entender o voto como um acto de cidadania, não deixa de o cumprir por causa de 2 horas de futebol. Metam isso na vossa cabecinha pensadora...


HSC

7 comentários:

  1. Se há assim uma tão grande preocupação com as altas taxas de abstenção (nem vou referir as causas que monopolizava a caixa de comentários...) que haja a coragem de assumir o voto obrigatório.
    Não me agrada.
    Mas seria mais coerente que estas parvoíces.
    Bfds

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  2. Concordo com o comentário do meu amigo Pedro Coimbra
    e concordo com as suas palavras.

    Mas parece que ontem mesmo, o Governo já estava
    a recuar!

    Quem quer votar, só não vota se estiver doente

    ou ausente do país, e não lhe for possível.

    Os meus cumprimentos.

    Irene Alves

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  3. Pedro Coimbra

    Estou inteiramente de acordo consigo. Também não gosto do voto obrigatório.
    mas era mail lógico do que este tipo de medidas menorizantes!

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  4. Dra HSC
    Penso que a medida é a pensar nos milhares de jogadores que nunca o podiam fazer pelos motivos profissionais.
    Afinal também têm direito a votar e nunca o podiam fazer, o que é injusto.Como vota um jogador que por exemplo mora em Lisboa e vai jogar aos Açores ou á Madeira? Não têm tempo e muitos sentem-se injustiçados.
    Pedro

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  5. Anónimo das 13:42
    Há muitas formas de resolver o problema dos jogadores permitindo-lhes votar antes ou no local em que se encontram, como acontece com os emigrantes. O que não deve fazer-se é "proibir". O que deve fazer-se é facilitar o voto a quem joga!

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  6. Cara Dra HSC
    Grato pela sua resposta.Desconhecia essa facilidade atribuída aos jogadores.
    Ouvi alguns lamentos em período eleitoral - que partiam para jogar e as urnas fechadase chegavam e encontravam o mesmo cenário - daí meu comentário.
    Pedro

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  7. Atestados de menoridade, vindos de quem devia ter juízo, não me merecem nenhum respeito. Ainda não perceberam que o MUNDO é outro... e que, por exemplo, se há uma enorme abstenção entre os jovens, deviam meditar e pôr a mão no peito. É que em promessas eles não vão e não lhes restam as utopias da nossa geração. Mas pensar e discutir de forma saudável dá muito trabalho e é para muito poucos

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