quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

O governo, o acordo e a Europa

"...Desde Abril até esta semana, ouvimos quatro metas socialistas para o défice de 2016: primeiro 3% do PIB com um crescimento de 2,4%, depois 2,8% e 2,6% com um crescimento de 2,1%, e agora 2,4% com um crescimento de 1,9%. Tomando os números como bons, isso significa que o PS está conscientemente a impor ao país um conjunto de medidas que significam mais austeridade e menos crescimento a troco do apoio das extrema-esquerda para estar no poder.

Todos os organismos, nacionais e internacionais, que se pronunciaram sobre os planos orçamentais do PS desaprovaram-nos, nos seus números e nas suas orientações. Nos cálculos da UTAO, o ilusório "adeus à austeridade" exigirá que o Estado peça emprestado mais 11 mil milhões de euros do que estava previsto há apenas três meses. A aliança do PS com os que diabolizam a Europa, os mercados, a banca e os capitalistas está, afinal, a querer ficar mais dependente de todos eles e fazer mais dívida para ser paga pelos governos que se lhe seguirem – e talvez para ter ainda mais argumentos para logo a seguir exigir à Europa, aos mercados, à banca e aos capitalistas que perdoem o dinheiro que agora se lhes pede.

O PS que há menos de cinco anos pediu a Bruxelas um empréstimo de mais de 70 mil milhões de euros para evitar a bancarrota, que tem defendido mais integração, que é até favorável a um governo europeu - o que significa dar real direito de veto à Comissão Europeia sobre esboços de orçamentos - é o mesmo PS que destrata o Conselho de Finanças Públicas (que, em bom rigor, deveria não emitir um parecer mas fazer os cenários macro sobre os quais os governos fariam opções de políticas). É o mesmo PS que manda para Bruxelas um orçamento com contas marteladas e em "risco de grave incumprimento" das regras acordadas. Nenhum país, nem França, nem Itália, nem Espanha ousou tanto: os seus esboços de orçamentos também foram recusados, mas por mero"risco de incumprimento".

Isto não é negociar. Negociar passa por explicar com transparência o que se pretende alcançar, tentando cumprir com boa-fé as regras acordadas, podendo ganhar-se com isso também credibilidade para ser-se agente da sua mudança. Foi isso que Vítor Gaspar tentou, e até poupou ao país dois mil milhões de euros em juros. Os partidos também morrem, e o PS europeísta estará a definhar. Ainda não será eurocéptico, mas parece ser hoje conduzido por uma tropa de eurocínicos..."

(In Público, excertos do artigo "Os partidos também morrem", de Eva Gaspar)



Confesso que não perceber a causa das coisas me incomoda bastante. Ora eu por mais esforço que faça não estou a compreender o que se passa com o OE. Por um lado, diz-se, a discussão técnica está terminada. Mas a política ainda não. Alguém me explica porquê?

HSC

12 comentários:

  1. Inconseguimento da ética socialista/esquerdista.Nem eles se entendem quanto mais fazerem-se entender.
    Baralhar o povo é o que eles pretendem.Alguém tem dúvidas disto?!
    Eu não!

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  2. Ir buscar Eva Cabral como alguém credível é, no mínimo, lamentável! Alguém que foi assessora de Passos, que aceitou fazer-lhe o frete de limpar a imagem péssima da criatura se não fosse “bizarro”, seria triste. O texto que foi repescar e transcrever é patético, de uma falta de nível e de capacidade de avaliação que mete dó. De uma parcialidade que choca. O DN de hoje, on-line, dizia coisas diferentes, todavia, HSC não o foi buscar. Preferiu esta nódoa provocadora. Nada que nos deva admirar. Afinal a autora deste Blogue – com todo o direito que lhe assiste e Democracia – é de Direita, uma simpatizante Pafiana, embora nos pretenda fazer crer do contrário. Ir buscar um “tratante político” com o Vitor Gaspar como exemplo é absurdo! Um incompetente, que aliás veio a público reconhecer a sua incapacidade de dar volta à coisa (a geringonça do PAF). O mesmo que recorreu ao Fundo de Estabilização Social investindo-o na compra de dívida pública e deste modo diminuindo para metade as necessidades de financiamento do Estado Social, deixando a sustentabilidade da Segurança Social numa situação crítica! “Contas marteladas”, diz a tal Eva, ouve-se e espantamo-nos. Vejam-se as contas que a dita Eva, enquanto o Paraíso do governo PSD/CDS reinou, se esqueceu de mencionar. 14 Orçamentos rectificativos, 20 e coisa inconstitucionalidades, cortes nos “lixados da vida”, aumentos de 150% noutros “favorecidos da vida”, mentiras sucessivas, quer nos impostos, nos cortes, etc. Aumento da dívida público para 130% e da privada em mais de 230%, desvio de verbas públicas para o Ensino e Saúde privadas, desqualificação profissional e baixa substancial dos salários em geral, emigração em massa, corrupção, tráfico de influências e porcarias de todo o tipo a todos os títulos, lixo segundo as agências de notação, apesar das humilhações constantes a que Passos/Portas se prestaram perante as Instituições internacionais, redução do período de recebimento do subsídio de desemprego, com isto, a par da emigração, manipulando os números do desemprego, etc. E vem esta criatura, a tal Eva Cabral dizer umas tantas fantasias provocatórias e vem a autora deste Blogue colher e divulgar esta falta de seriedade! Realmente, daqui se vê e se compreende, como o País está dividido. De um lado quem prefere os que navegam nestas águas que Eva Cabral elogia e prefere e do o outro lado os outros que não aceitam e a quem repugna a Injustiça Social. Quanto ao mencionado Conselho Superior das Finanças Públicas, aconselho-a a olhar para o seu conselho executivo onde estão 2 estrangeiros com ligações ao FMI, à CE, ao FED, etc.

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  3. O Titus está agora mais aliviado depois de vomitar?
    Olhe, isso trata-se. Mas não é de bom tom vomitar em casa alheia. faça-o na sua própria e deixe a minha em paz. Divirta-se visitando os blogues que lhe convêm. Não perca tempo no meu!

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  4. O tal de TITUS terá pago ingresso no FIO DE PRUMO, HSC ?


    Melhores cumprimentos.

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  5. Sõ que Titus esta carregadinho de razão. Eva Cabral... que coisa medonha e feia

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  6. Neste orçamento, onde está o incentivo às empresas que permitem gerar emprego?
    Arranjaram mais impostos sobre os produtos petrolíferos. Não reduzem a taxa de IRC.
    Aprovaram as 35 horas semanais para os funcionários públicos, desvalorizando o trabalho dos trabalhadores privados, que pagam, através dos seus impostos, esses mesmos funcionários e que, ainda para mais dependem dos grevistas afectos aos transportes públicos.
    O Incentivo às Empresas está absolutamente comprometido e o regresso à Bancarrota apresenta uma aceleração monumental. Ora, depois de todos os sacrifícios que fizemos, esta é uma situação completamente deplorável.
    Beijinho :)

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  7. Sr. (suposto) Titus Adrianus, bom dia.
    Com uma aspirina, a dor de cabeça passa-lhe.
    É certo que não adquire sensatez ou educação, mas talvez lhe modere a tendência para dizer disparates.
    Aproveite a dica.





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  8. Oh Senhora D. Helena este blog não é público? Ou só aceita améns e não critícas? Afinal onde está a sua "elegância", minha Senhora?

    Maria Gomes

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  9. Já desisti de compreender as contas públicas. Receio é o futuro, no presente parece que estão todos contentinhos.
    Quanto ao senhor que teve o desplante de a acusar de parcialidade, ele que vá para um sítio que eu cá sei. Desculpe.

    Um bom fim de semana.

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  10. Maria Gomes
    O que eu não aceito é incorreções.
    Porque é que o Sr Titus não se identifica? E se não gosta do que eu penso, porque é que cá vem? Por masoquismo? Ou para dizer o que no seu blogue não diz.?
    Um blog publico não é forçosamente um blogue onde se façam afirmações falsas. E os números de Eva Gaspar estão publicados. Basta ler. Mas isso dá trabalho e não rende!

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  11. PAF venceu as eleições.O Povo mostrou quem quer a governar.E com a eleição presidencial viu-se ainda melhor - sem dar hipótese a estórias - quem o Povo quer de verdade no comando.

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