Ontem numa Fnac a abarrotar de gente - tanto gosto que tive em rever alguns rostos! - foi lançado o livro de Filipe Santos Costa e Liliana Valente, sobre o antigo semanário Independente.
Os apresentadores foram João Miguel Tavares e Ricardo Araújo Pereira. A escolha foi perfeita, já que se considera que um está à direita (?) e o outro está à esquerda (?) do chamado espectro partidário. Cada um deu, a seu jeito, a visão de um jornal, de uma história política, de uma época e de dois homens que, para o bem e para o mal, agitaram as mansas águas da época.
Eu, feliz ou infelizmente, vivi essa época de forma bem diferente daqueles que fizeram o Indy e daqueles que o compravam. Com efeito, a visão daquela realidade, pelos olhos da mãe de um dos directores daria, creiam, só por si, um outro livro. Cheio de risos, seguramente, mas também com alguma dor à mistura. Foi um período bastante duro, sobretudo porque as fúrias de algumas pessoas recaíam sobre mim, que para além do laço familiar só lá tinha posto dinheiro.
Com efeito, as duas únicas vezes em que fui accionista do que quer que fosse, foram meras provas de amor maternal, dado que também fui accionista do JÁ, o outro jornal, do outro filho, o Miguel.
Voltando ao livro que irei ler atentamente, algo vos posso confessar: ontém, tantos anos volvidos, percebi melhor o que foi o Indy, o ambiente que nele se viveu e a gente que lá militava. O que me fez recuar alguns anos e sentir que tinha rejuvenescido sem precisar do bisturi!
HSC
Eu, feliz ou infelizmente, vivi essa época de forma bem diferente daqueles que fizeram o Indy e daqueles que o compravam. Com efeito, a visão daquela realidade, pelos olhos da mãe de um dos directores daria, creiam, só por si, um outro livro. Cheio de risos, seguramente, mas também com alguma dor à mistura. Foi um período bastante duro, sobretudo porque as fúrias de algumas pessoas recaíam sobre mim, que para além do laço familiar só lá tinha posto dinheiro.
Com efeito, as duas únicas vezes em que fui accionista do que quer que fosse, foram meras provas de amor maternal, dado que também fui accionista do JÁ, o outro jornal, do outro filho, o Miguel.
Voltando ao livro que irei ler atentamente, algo vos posso confessar: ontém, tantos anos volvidos, percebi melhor o que foi o Indy, o ambiente que nele se viveu e a gente que lá militava. O que me fez recuar alguns anos e sentir que tinha rejuvenescido sem precisar do bisturi!
HSC
Só posso dizer que era uma leitora assídua do Independente,
ResponderEliminarsempre ansiosa pelo próximo número. Depois teve o fim
que se sabe e o Expresso que foi sempre institucional,
está muito desinteressante e já não o compro.
Cumprimentos.
Irene Alves
Percebo mais ou menos o que sentiu. Quando há cerca de ano e meio "A Vida Portuguesa" proporcionou uma conversa entre Miguel Esteves Cardoso e Paulo Portas, vinte e seis anos depois da aventura jornalística que fizera de O Independente um projecto único, importante e memorável, eu percebi com clareza que o tempo passa, mas que certas coisas deixam em nós uma marca profunda.
ResponderEliminarO Independente foi um marco, um espécie de "pedrada no charco". E para as pessoas da minha geração, que é mais ou menos a mesma da geração do Independente, mais ano, menos ano, mais ainda. Porque nos identificávamos com aquela irreverência, porque estava muito mais perto de nós, e porque foi com ele, mais do que com o Expresso, que crescemos.
É por isso que sem ser preciso saudosismos, nem nostalgias parvas, há um lado bom das memórias. Não li o livro, mas ainda bem que há um livro sobre o Independente, porque o arrojo e a coragem com que aquela ideia inovadora foi levada para a frente apenas é possível quando se tem vinte anos e a vontade de mudar o mundo, mesmo cometendo erros, admitidos muito tempo depois e só com a distância que apenas o passar do tempo e a maturidade permitem.
Seja como for, O Independente marcou-nos a todos e deixou "huella"
no jornalismo e na sociedade portuguesa. É por isso que não se esquece.
Fico curiosa para ler o livro. Só não sei é como é que vou arranjar tempo de ler tanta coisa.Mas isso já é outra história...
Beijinho ;)
Olá,
ResponderEliminarDra.Helena fez bem partilhar, porque também eu recordo com alguma saudade esses tempos.
Na qualidade de leitora do Independente, achava que o seu PP ia longe demais, não poupando ninguém e criando muitos anticorpos.
Mas eu gostava de ler, era jovem!
Já lhe ouvi muitas vezes dizer que não foi fácil?Também me parece que não?!
Então o que é ser mãe?
Um grande abraço,
Aqui está a única fase em que gostei do Paulo Porta, quase idolatradamente (à semelhança do que sinto agora pelo Varoufakis :) ), depois foi para a política e estragou-se. Coisas da vida. ;)
ResponderEliminarVale a pena ler o livro. É ótimo para os mais distraídos...
ResponderEliminarDesconhecia a sua intervenção como accionista mas mãe que é mãe e no seu caso sem querer a ofender tinha mesmo que dar para os dois lados: Miguel e Paulo:)
ResponderEliminarEra leitora assídua e reservava sempre o número a seguir, porque no quiosque que havia na gare do Rossio, esgotavam na hora.
Um jornal excelente e hoje, pelo menos para mim, não existe nenhum com tal categoria em todos os sentidos. Só pecava numa coisa...o formato era super grande:):):)
Por vezes compro um ou outro para ler um artigo completo e que me desperte a atenção, mas de resto...enfim!
Um bom dia
Manchete do Indy
ResponderEliminarCostão do Beirão e Czarina apaixonados.
Só o amor une os inimigos.
Zé
ResponderEliminarBom dia Helena
Tão novinhos, o tempo passa a correr, saber envelhecer sem recurso ao bisturi é a melhor atitude. A meu ver claro.
Carla
Era uma vez o Indy(ano)...ai,era,era!
ResponderEliminarUm que falazurra grosso bem diferente do primo Castelo Branco(só de nome,pois o tom é bronze) e com tanta pressa de sentar na cadeira bem se ia espalhando ao comprido no chão.
Tem de ressurgir o rei para afastar mouros e afins.
Era uma vez...um País Seguro.
Zé