Muitas
das coisas e das pessoas de quem mais gosto, devem-se a acasos. Entrar num
museu e descobrir não só um quadro, mas alguém que nos sabe explicar “o que
está escondido nele”, ir a um cinema e deparar com um filme que jamais
esqueceremos, emprestarem-nos um livro que nos toca fundo e passa a estar na
nossa cabeceira, ouvir um disco e ter a sensação de que ele foi composto para
nós, enfim, estabelecer amizades virtuais que se tornam fortes e reais, tudo
faz parte de um mundo que parece paralelo. Mas não é. E sem o qual possivelmente
não seriamos o que somos.
É neste infinito labirinto de inesperados, nesta conjugação de
acasos, que, muitas vezes, descobrimos em nós próprios, aspectos dos quais nem sequer
suspeitávamos.
E não
deixa de ser algo assustador pensar, depois de conhecer o que mais gostamos, que
tenhamos vivido tanto tempo sem conhecer o que depois conhecermos.
HSC
Lindíssimo texto, que subscrevo sem tirar nem pôr sequer uma vírgula. :)
ResponderEliminarBeijinho
Não penso assim. As coisas e as pessoas surgem-nos quando surgem e antes houve outras coisas e outras pessoas. Além disso, o facto de irmos descobrindo novos gostos e afinidades faz parte do encanto da vida. E até encontrarmos em nós aspectos novos - nem todos conseguimos tal proeza - é no mínimo interessante. Não me parece assustador. Tem um lado muito bonito.
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ResponderEliminarTão bonita esta entrada. Todos os dias descubro coisas novas, às vezes até já as vi muitas vezes, mas nunca me tocaram como nesse momento.
Nada acontece por acaso, nem mesmo aquilo que deixa de acontecer. Tudo vai ao encontro daquilo que, lá bem no intimo, estamos abertos a conhecer…
ResponderEliminarE é também por isso que daqui envio um montão de reconhecidos abraços para si.
🌷
ResponderEliminar🌷🌷🌷
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ResponderEliminarBom dia Helena!
Passa-se o mesmo comigo, hoje creio que nada é casual.
Muito boa, a sua interpretação sobre este, tema!!
Gosto, de a ver assumir publicamente " pessoas de que gosto".
Viu, ontem a reportagem na Sic sobre a violência doméstica?
Nem sei o que dizer...
Mulher
A mulher não é só casa
mulher-loiça, mulher – cama
ela é também mulher-asa,
mulher-força, mulher-chama
E é preciso dizer
dessa antiga condição
a mulher soube trazer
a cabeça e o coração
Trouxe a fábrica ao seu lar
e ordenado à cozinha
e impôs a trabalhar
a razão que sempre tinha
Trabalho não só de parto
mas também de construção
para um filho crescer farto
para um filho crescer são
A posse vai-se acabar
no tempo da liberdade
o que importa é saber estar
juntos em pé de igualdade
Desde que as coisas se tornem
naquilo que a gente quer
é igual dizer meu homem
ou dizer minha mulher
José Carlos Ary dos Santos
Carla
...e o que desconhecemos onde julgamos conhecer?
ResponderEliminarDói
dói tanto
o desencanto das palavras escondidas em sorrisos brandos
Dói
a descoberta da nossa ingenuidade
mal gerida
e depois avaliada criticada destruída
cada gesto nosso
cada palavra
cada olhar terão sempre a força de um sinal talvez errado
e sobrar depois sei lá que vida...
é delicioso lê-la. Obrigado
ResponderEliminar⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️
ResponderEliminar...ler um Blog e ficarmos rendidos...
ResponderEliminarGhost Casper
ResponderEliminarhttp://youtu.be/1qb8xDfPmFo
Ninguém
Olá Helena,
ResponderEliminaràs vezes gosto de vir até aqui passar os olhos nas "suas novidades", e aí, conforme os temas e conforme o meu espírito, vai de fio a pavio. Às vezes sorrio, noutras me emociono, há as vezes em que concordo e também as há em que nem por isso, mas permanece o encanto.
Já não é de hoje que me pego a fazer a mim mesma essa questão, e mais: como vivemos sem conhecer o que não conhecemos ainda. Aliás, isso sim, sempre me assustou, e hoje, constato que com razão: o que ainda estaria por vir, por se mostrar - claro que já se trata de assunto um pouco fora do tema que você propõe, mas foi o que me ocorreu ao ler o texto.
um abraço
Este texto é do blog ponteiros parados. O seu a seu dono.
ResponderEliminarAnónimo das 18:02
ResponderEliminarEste texto foi inspirado nos Ponteiros Parados. Não é o dos Ponteiros Parados.
O seu a seu dono.