Hoje uma grande amiga minha fez a defesa da sua tese de mestrado na Universidade de Lisboa. Versava sobre um pintor vivo, Barahona Possollo, o qual esteve fisicamente presente na cerimónia, o que, para começar, não acontece todos os dias.
Porque falo aqui nesta tese? Porque a sua autora, embora mais nova do que eu, já passou os setenta. E isso não só não contou na sua decisão, como, desde que a conheço, ela sempre andou à frente das mulheres do seu tempo e do seu estatuto social. São casos como este que me fazem acreditar que o mundo gira, mesmo quando tudo parece indicar que ele vai ficar parado.
A Maria Guiomar Machaz - é dela que falo - representa uma gama de mulheres que nunca descurando o seu lado feminino, jamais se deixou dominar pelo que a vida lhe não deu de mão beijada. Numa altura em que a maioria de nós se limita a ser avó - aliás, com todo o direito - ela mima as netas, mas recusa-se a aceitar que o passar dos anos lhe tolha a mente, o corpo e o espírito. É uma mulher inteligente, sensível e bonita, que merece que eu torne pública toda a minha admiração.
HSC
Há muito que por aqui não passava, e foi bom sentir que aqui continua a teimar dar nos bocadinhos de si. Bem haja.
ResponderEliminarAdmiro muito quem continua a estudar para alem da contabilidade dos anos. Parabéns para a sua amiga para si e todos os que a idade é principalmente mais tempo para de estudar e manter a curiosidade por tudo.
Um forte abraço, Zia
Querida Helenamiga
ResponderEliminarTenho de aplaudir uma Senhora fabulástica!
Eu, com 73 anos, vou lançar um novo livro...
Qjs
ResponderEliminarAdmiro muito as pessoas assim, mas penso que em alguns casos , se trabalha sempre muito e há uma altura em que se deve parar, olhar e escutar.
A lufa-lufa de anos e anos tem os seus custos e deixa marcas. A meditação, o não fazer nada de extraordinário, o recolhimento, são parte do envelhecimento e não diminuem em nada o valor da pessoa que resolve parar e pensar.
A Maria Guiomar Machaz tiro-lhe o chapéu!
ResponderEliminarMaria Virgínia
ResponderEliminarUma coisa não impede a outra. Há algum tempo que pratico meditação - e não é nada fácil o exercício - mas regalo-me quando vejo uma amiga que podia não o fazer, dedicar-se à sua valorização intelectual com o mesmo ardor com que se dedica ao seu aspecto físico.
A meditação é um exercício de silêncio. Escrever também. O que prova que podemos conciliar silêncios e palavras sem qualquer falta de sintonia.
Mas percebo muito bem quem queira parar. Parar mesmo!
Dra. Helena, aplaudo pessoas que como a sua amiga avançam no tempo dessa forma tão digna, porque como muito bem diz no título, "a idade não conta", mas sim a vontade de não se deixar dominar pela data que está no BI. A idade está na forma como se caminha pela vida tentando sempre ir mais longe! Parar é morrer!
ResponderEliminarUm Abraço, Ailime
A quem possa interessar e saiba ler
ResponderEliminarEste blog não é Departamento de Estado.
Nem a sua autora pertence ao governo.
Assim, as reclamações devem ser identificadas e dirigidas aos Serviços competentes.
É uma questão de ver na net as direcções.
Muito simples. Tanto, como escrever para aqui...
Sabe Helena, são exemplos desses que me fazem acreditar que tudo é possível, provando que a determinação e a paixão não têm idade. São pessoas como a sua amiga e, como a Helena, que nos fazem concluir que não há limites, para a coragem de começar e recomeçar... Maravilhosos exemplos de vida... Peço a Deus que me dê saúde para lhes seguir as pisadas.
ResponderEliminarBeijinho para si :)
Quando falei em parar, não queria dizer, deixar de sonhar e fazer projectos....mas parar de trabalhar, de me comprometer em tarefas demasiado exigentes, pois a nossa vida também deve ser feita de momentos leves e belos.
ResponderEliminarNão conheço a amiga,mas desejo tudo de bom. Parabéns.Viva para quem tem a coragem de não parar.
ResponderEliminarParabéns também para a Doutora Helena pelo recado que manda para quem continua a servir-se deste espaço para aquilo que não deve.
Como admiro pessoas assim!!
ResponderEliminarParabéns à sua amiga, espero que a defesa da tese tenha, corrido da melhor maneira!
Já estive presente numa ( meu marido ) não é facil perante o júri e plateia responder a todas as questões de forma serena e confiante.
Carla
Oh! a idade conta! E conta tanto que deu este e outros posts. Não se existe à toa.Conta e deve contar, que não somos os mesmos em idades diferentes. E é por isso que a Helena e todos nós invejamos - com inveja boa - essa senhora. De outra forma, a tese de mestrado, que nunca desmerece o autor, passaria despercebida.
ResponderEliminarMas há mais formas. Muitas sem tese ou possibilidade de licenciatura. A todas as mulheres que não se deixam morrer de pasmaceira, a todas as que corajosamente enfrentam os dias e o futuro fazendo-se gesto a gesto, eu admiro. E por elas me nasce uma ternura quente e viva que quem me dera as embrulhasse nas noites que também há, nas horas sozinhas que nos esperam ao virar da esquina, nos dias solares que tanto hesitam por vezes em nascer.
Um Viva às Mulheres!