segunda-feira, 11 de agosto de 2014

O Homem mais procurado


Ontem fui ver o filme O Homem Mais Procurado, cujo título original, A Most Wanted Man, por uma vez, não se afasta da tradução. Trata-se de uma adaptação ao cinema do livro de espionagem do escritor John Le Carré, autor que muito aprecio e que tem como protagonistas Philip Seymour Hoffmann e Rachel McAdams. Hoffman, que se suicidou há uns meses tem, como sempre, uma interpretação excelente. Nos secundários Willem Dafoe é dos meus preferidos também.
Assim estava quase tudo reunido para ter um grande filme. É bom, vê-se bem, mas não dá o salto. A meu ver, porque o realizador não soube faze-lo e porque a película tem manifestamente 15 minutos a mais, que “empastelam” o ritmo conseguido até à primeira metade da mesma.
A história baseia-se num caso real, o de Murat Kurnaz, um cidadão turco e residente legal na Alemanha, que foi capturado por autoridades dos EUA, com conhecimento do governo alemão e levado para Guantánamo, onde ficou preso por vários anos. Foi finalmente solto em 2006, sem qualquer acusação.
Para quem esteja em férias e, como eu, tenha grande admiração por Hoffmann, aconselho que veja. Se está em contraciclo com o espírito do país, vá também. Se anda com “azia”, o melhor é ir ver uma comédia romântica...


HSC

11 comentários:


  1. Li o livro há vários anos como outros de Le Carré. Gosto muito mais dos livros que dos filmes ( cliché, eu sei). A maioria sofre de americanite aguda. Havia uma série Smiley's People com o saudoso Alec Guiness que era excepcional, mas era na TV.

    Não vou ver esse filme, embora Hoffmann fosse um dos meus ídolos - todos os filmes que vi com ele valeram a pena - o trailer não me suscitou grande interesse.

    Hoje morreu outro grande actor, de quem tenho verdadeiras memórias. O Clube dos Poetas Mortos era um dos filmes que dava aos meus alunos todos os anos e há passagens que sei de cor. Tb dei o Good Morning Vietnam em várias ocasiões. Há actores que nunca deviam morrer e muito menos suicidar-se quando têm milhões de fãns em todo o mundo.

    Bom, são horas de ir dormir....boa noite, Helena!

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  2. Obrigado pela dica, mas soltei uma sonora gargalhada com o seu último parágrafo:)

    Hoffman foi como foi e ontem Robin Williams partiu da mesma forma. Há dias revi o seu famoso filme: "Bom dia Vietname" com o seu sorriso contagiante!

    Enfim!

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  3. Oh! Não sabia, gostava tanto de Robin Williams! Apesar da vida ser o que há de melhor mesmo se não é extravagantemente boa, entendo perfeitamente situações em que devém insuportável, desinteressa. É uma paz que se procura. E talvez se consiga. Espero que sim. O nada pode ser apetecível.

    Penso que terei de ir ver uma comédia romântica. Parva de todo. Embrutecer docemente. Mas com alguma qualidade:))
    Bom Dia

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  4. Gosto imenso dos livros e hei-de ver o filme.
    L.L.

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  5. Doutora, sugere alguma comédia romântica que se passe nas ilhas Cayman?

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  6. Também gosto do autor John Le Carré,e Fiel Jardineiro é um dos meus filmes de eleição.Já aqui o tinha mencionado há muito tempo.
    Irei ver este com certeza.
    E,mais um actor que partiu,Robin w e tal como Hoffmann de uma forma que nos faz pensar...
    Um bom dia para si e obrigado pela partilha.
    Está o tempo fresco que bom!

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  7. Salgadinho
    Com o seu nome, deve saber que nas Ilhas Cayman não há romantismos. Há dinheiro... antes bem escondido. Agora nem tanto, porque os "mercados de apoio" mudaram muito e Cayman perdeu clientes!
    :-))

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  8. Ó minha excelsa Doutora, mas existe alguma coisa mais romântica do que o dinheiro? Enfim, se não tivesse levado com um TIR em cima ia lá só para farejar o que a maré não levou. A propósito, conhece algum filme nostálgico sem rios violentos nem montes nevosos? Muito agradecido, Doutora. Agora vou orar.

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  9. Ore, Salgadinho, ore, porque pouco mais poderá fazer, se não for Salgado!

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  10. Para desanuviar e apanhar fresco, normalmente com as salas de cinema quase vazias, podem ver-se «Quase Gigolo» (só pela cabeça do Turturo e do W. Allen passaria aquela situação - mas com eles ainda conseguimos rir) ou «Que mal fiz eu a Deus», comédia francesa fraca, mas pontualmente com graça e bons actores.
    Bom fresco e algum descanso,na hora do calor, embora já saibamos que está sempre a trabalhar...

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  11. Anónimo das 12:54
    O Gigolot já vi e até fiz um post aqui sobre o filme. O outro não. Mas vai estrear-se um com Hellen Mirren que hei-de ir ver.

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