Pedro Correia, no Delito de Opinião, tem vindo a pôr o dedo na ferida, quando refere as questões que interessava que esta campanha europeia abordasse. São elas que eu e muitos outros portugueses gostariam de ver debatidas. Aqui fica a sua lista que, por roubo, me permito fazer minha também.
"1. A Turquia deve entrar na União Europeia? Antes ou depois de solucionada a questão de Chipre? Quanto custará a adesão turca a cada contribuinte português?
2. A União Monetária deve prosseguir? E em que moldes? Os efeitos da crise foram ou não agravados pela existência da moeda única? Portugal deve abandonar a zona euro?
3. O Pacto de Estabilidade e Crescimento deve ser revogado? Este pacto potenciou os efeitos da crise nos países da União Europeia?
4. Deve ser aprovada uma nova Agenda de Lisboa, que privilegie as políticas sociais e a criação de emprego?
5. Que política de imigração deve adoptar a União Europeia? Faz sentido reequacionar os critérios que levaram à adopção do Espaço Schengen?
6. Deve ser renovada a Aliança Transatlântica, pilar das relações entre a UE e os Estados Unidos? Faz sentido acelerar a criação de um exército europeu em prejuízo da cooperação militar com Washington?
7. A UE deve continuar a reger-se pelo princípio da intergovernabilidade ou privilegiar o reforço dos poderes efectivos do Parlamento Europeu?
8. Se parcelas dos actuais Estados membros declararem a independência -- na sequência de um referendo, como se anuncia na Escócia, ou de modo unilateral, como pode vir a suceder na Catalunha -- esses novos países receberão luz verde para se tornarem a curto prazo membros da UE? Que limites devem ser estabelecidos ao tradicional princípio da inviolabilidade das fronteiras?
9. Durão Barroso foi um bom presidente da Comissão Europeia? Em caso afirmativo, destacou-se em que domínios? Em caso negativo, qual o seu pior legado?
10. A União Europeia deve ampliar-se para lá do perímetro do continente europeu? E até onde?"
A isto, eu chamo de "trabalho cívico". Ou seja, aquele que se faz em prol da sociedade em que vivemos, para que ela use o voto de forma completamente esclarecida.
A resposta a estas questões é uma obrigação dos candidatos. Quem o não faça, quem se contente com ataques mais ou menos pessoais, não pode depois queixar-se da abstenção...
HSC
Seria bom demais Dª.Helena, mas eu que vou tentando perceber a engrenagem e meandros da UE. O pouco que sei é porque procuro, falo, debato, leio, leio, leio...mas a maioria não o faz e os políticos aproveitam-se disso, porque nada melhor que manter um povo "analfabeto e burro em termos políticos".
ResponderEliminarHoje vi três intervenções a de Ana Drago, Joana Amaral, Jorge Sampaio e António Costa. Que salada russa e Jorge Sampaio, para mim foi o mais assertivo no que disse.
Os do PCP igual a si próprios, pelo menos estes não mudam com o vento e os restantes, o que se sabe.
Resumindo, tudo não passou de guerrilhas partidárias e hoje aprendi um pouco mais consigo numa resposta que deu a uma comentadora sobre "o valor anual dado pelo Estado a um partido com assento parlamentar por cada voto arrecadado e requerido anualmente à Presidência Parlamentar". Sabia que tinham apoio, mas desconhecia por completo a Lei que referiu.
3,15€ para mim é muito, para eles será um ninharia e dá que pensar como a comentadora referiu, porque com eles compro pelos 4 produtos para o básico da minha alimentação.
Não deixarei de votar, mas já sei como e quem votar nestas eleições!
Estarei certa Dª.Helena?
marrocos pediu nos anos 80 para entrar na ue, há 1 pedido formal, uma carta dirigida pelo rei de então à ue, foi lhe respondido que não, que a entrada estava limitada aos paises europeus, tinham pena, mas...
ResponderEliminarcreio que discutir nestas eleições questões hipoteticas, como a da catalunha, seria extemporãneo, não existe esse problema no presente nem a espanha compreenderia ao ver candidatos portugueses debater esse cenário imaginario que tambem não é problema doutros paises
os assuntos europeus deveriam ser debatidos e a posição dos candidatos em relação a eles como futuros parlamentares europeus, sem duvida.
A abstenção tem que ser analisada muito seriamente como um protesto e até algum desprezo pelos srs que mostram total falta de respeito pelos cidadãos a quem desesperadamente pedem o voto. Quem ouviu alguém debater séria e profundamente algum tema desta lista? A politiquice caseira dá- lhes mais audiência (pensam eles!).
ResponderEliminarPatricio Branco
ResponderEliminarPara se fazer parte de um grupo, por norma há regras estabelecidas. Se olhar para estes últimos anos, verifica que os problemas das partes - países - tem consequências no todo. Muro de Berlim, Turquia, Ucrânia, Chipre, etc, etc são meros exemplos.
Aliás, as questões enlencadas estão longe de serem só de um país.
não gostei de ver antonio costa a desprezar a da. inercia, creio que foi infeliz e a simpatica actriz deve estar um pouco desapontada, afinal mesmo que recebam ou não o mesmo, e que importa isso,ela e ronaldo estão unidos e simpaticos no dueto da publicidade
ResponderEliminarAcho que também se deveria discutir a necessidade ou não de haver tantos deputados!
ResponderEliminarÀ semelhança da nossa Assembleia da Répública, que também deveria ser discutido. Para quê tantos deputados, gabinetes, secretárias, assessores, chefes de gabinete, etc, etc. Não serão essas, também gorduras do Estado? Não são também funcionários públicos que é preciso diminuir?
Cumprimentos
Também subscrevo. Esta tem sido das piores campanhas de que me lembro.
ResponderEliminarNuma altura destas, confesso que não entendo.