quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Pronto...já passou!

Confesso que me cansam muito estas festejos obrigatórios em que ao 365º quinto dia todos se desejam o melhor e acompanham as doze últimas badaladas com doze pedidos listados de antecedência.
Até ao desastre do malfadado Prestige, a minha família fugia para a neve e aí decorriam as nossas celebrações numa tentativa de esquecer a dolorosa data de 25 de Dezembro em que a minha Mãe faleceu.
As responsabilidades de um dos filhos na pasta da Defesa obrigaram a que, nesse ano, não saíssemos, sempre à espera de ver se a mancha do derrame se encaminhava ou não para Portugal. 
A partir daí o Miguel e o Paulo queriam sempre ir para pistas de que eu não gostava e instalou-se a sistemática ditadura da maioria. Até que eu dei o grito do Ipiranga, cortei a colecta e decidi ficar com os meus irmãos. O argumento económico foi decisivo e a neve foi à vida. Desde então todos nos reunimos em casa do mano mais novo. Quem quer e pode vai. Os que têm outras famílias, dividem-se como entendem. Creio que é um pouco o que se passa com muitos de nós!
O que este ano me surpreendeu foi a loucura das compras num período de crise. Há muito tempo que não via um tal frenesim e sou capaz de apostar que o consumo interno terá dado um pulo bastante significativo, apesar de haver quem diga o contrário. Como economista surpreende-me e como cidadã fico perplexa, porque o cartão de crédito vai ter de ser pago em Janeiro...

HSC

15 comentários:

  1. Embora concorde que possa ser triste, desgastante e muito comercial, gosto imenso de ver a familia nesta altura do ano. Espero bem que nunca nos tirem estes feriados!
    L.L.

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  2. Querida doutora Helena, bom ano.

    Que 2014 lhe reserve o que mais desejar.
    Felizmente, 2013 já lá vai... e até que enfim.. que não vai deixar grandes saudades. Pessoalmente, foi um ano muito duro e um período muito doloroso. Não que só pelo facto de o ano ter mudado os problemas tenham desaparecido (nem por isso), mas há sempre uma esperança renovada (nem sei bem explicar).

    Um bom 2014 e, reparei agora, a soma dos algarismos deste ano dá 7 (o número da perfeição).

    Será pois um ano perfeito:

    se houver dificuldades (mas que as saibamos e consigamos enfrentar);

    se houver dor (que percebamos porquê);

    Se houver cansaço (que as nossas energias se renovem);

    se houver momentos de desespero (que saibamos manter a serenidade);

    Se houver muito frio (que se dê o devido valor ao calor);

    Se houver muito calor (que saibamos aproveitar a frescura da beira-mar);

    Se houver momentos de solidão (que saibamos aproveitar os momentos de convívio com aqueles de que mais gostamos;

    Se houver zangas/ desentendimentos (que saibamos aproveitar a alegria da reconciliação);

    Enfim... que saibamos aproveitar cada momento que 2014 nos reserve.

    Beijinhos,
    um excelente ano,

    Vânia Baptista

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  3. Neste país já nada me espanta e eu jamais entro no frenesim das compras, pois começo a comprar (aproveitando liquidações) ou fazer a partir de Fevereiro e por vezes fico surpreendida com o aumento do custo e consequente poupança que fiz:)

    Sempre fiz isto e nunca consegui poupar, mas também a não endividar.me e com todas estas medidas de austeridade e cortes, ainda menos e só falta o aumento da renda de casa que deve estar para breve.

    Porque fala em neve...é um sonho...porque nunca vi neve, nem nevar e pode ser que um dia consiga.

    Um Bom ano para si e todos os seus e que a situação de milhares de portugueses (onde me encontro) possa melhorar.

    Um abraço sincero

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  4. Que bom estar de volta Helena, senti a sua falta. Bom Ano. Beijinho com carinho.

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  5. Então, mas isso do cartão de crédito ... em Janeiro, logo se vê!! E assim vamos andando!
    Bom ano de 2014!
    Um beijinho,

    Carla

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  6. Tal como à Helena também me surpreendeu o excessivo frenesim consumista, que continua para além das festas,com os saldos...
    Agora retoma-se a rotina, se bem que para mim, que tenho uma parte da alma espanhola, as festas só terminam verdadeiramente com os Reis e não perco a "Cabalgata de los Reyes", no dia 5, na TVE, porque esse momento da chegada dos Reis Magos me parece sempre cheio de encanto e poesia.
    Um muito Feliz 2014!

    Beijinho

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  7. Bom dia!
    Concordo plenamente, ainda bem que já acabou esta obrigatoriedade de alegria, diversão e consumo desenfreado!
    Sigo diariamente os seus comentários, adoro lê-los e revejo-me na maior parte das vezes.
    Um bom ano para si!
    Elisa

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  8. Bom Ano Dra. Helena, com saúde paz, amor e trabalho!
    Um grande beijinho
    FL

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  9. Quanto ao consumo, realmente ficamos perplexos com este frenesim. Mas, pensando bem, a crise não é para todos. Salvo algumas exceções, quem tinha poder de compra antes da crise, continua a tê-lo agora, quero dizer aqueles que esgotam a Serra da Estrela, Algarve, Madeira, Brasil, etc.
    Um Bom Ano, com ou sem crise...

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  10. O consumo excessivo em determinas épocas é um reflexo da própria crise: as festas justificam os excessos cometidos e assim justificados. Isto quando há crédito ou dinheiro, que pelos vistos ainda existe. Na real necessidade tudo se apaga a sério. E aí, sim, reside a crise em toda a sua abrangência. Um abraço Helena. E que o novo ano a mantenha feliz.

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  11. Dra. Helena

    Desejos de um 2014 com saúde, sorte e alguma paz, para si e para toda a sua família.
    Não fora as notícias nem tinha dado pela "loucura das compras". Nunca fui muito dada a compras exageradas para "dias especiais" (dia da criança, dia da mãe, dia do pai, dia dos namorados, Natal e etc. e tal). Embora aprecie e goste de presentear opto quase sempre por comprinhas nas Cercis,e bancas de artigos da paróquia, uma forma de ajudar estas instituições, que bem precisam.

    Renovo os desejos de um 2014 com saúde para nos presentear com os seus artigos sempre tão reais e imperdíveis.
    Bem Haja.
    Glória

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  12. maria de jesus meira2 de janeiro de 2014 às 18:25

    Em primeiro lugar desejar-lhe um bom ano e depois tecer um breve comentário ao que acaba de nos testemunhar e que não deixa de nos deixar preplexos a todos. Ainda hoje, cá em casa, numa conversa banal, em jeito de humor, comentávamos como era possível as pessoas estarem sempre a queixar-se, se afinal de contas as lojas estão sempre cheias, onde quer que vamos. Onde é que anda a crise afinal?? pagam com os cartões de crédito, mas pergunto não lhes sai dos bolsos??? que comportamento estranho. Ou seremos nos um pais de queixosos, que nunca está satisfeito com o que tem ???

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  13. Para mim também não é nada feliz esta quadra. Por obrigação fazem-se encontros familiares que são mais desencontros que outra coisa,mas é tradição.... estou a começar desde já a pensar em acabar com a tradição para ver se isto melhora. gosto muito de rir...mas de dentro não por favor
    Coragem a todos para enfrentar o novo ano e o que tiver de acontecer

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  14. Olá Helena, bom regresso!!...
    Àcerca das minhas Festas há muito pouco a dizer. Foram, apenas, as primeiras de um tempo que, apesar de não ser novo “debaixo do céu”, foi difícil e delicado de atravessar. Mas, aí estou eu novamente, cheia de energia e alegria, para continuar, e, tentar, celebrar a própria vida.
    Ora, devido ao meu estado de espírito, fiz greve de compras. E, qual não foi o meu espanto, quando, dois dos meus amigos, que concentram várias representações de marcas de roupas e acessórios para consumo médio/alto, afirmaram que as vendas dos últimos dois meses ultrapassaram todas as expectativas, chegando, não só, a cobrir a fraca aderência de todo o ano, como, a exceder as vendas dos anos anteriores à crise “troikana”. E esta, hem?!...

    Abraços grandes com muita alegria e esperança num novo recomeço.

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  15. Bom regresso, fez-me falta...
    Este assunto fez-me lembrar uma entrevista que vi na TV, em que uma "pobre" mulher, com a cara e a voz disfarçada, por vergonha,se lamentava por ter que ir buscar água à fonte para tomar banho mas exibia umas magníficas unhas de gel às florinhas...

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