sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Dois livros


Costumo ler dois livros em simultâneo. Há muito que o faço e por isso tornou-se um hábito.
Acabei de ler o "Doutor Glass", de Hjalmar Soderberg que é um belíssimo ensaio sobre a alma humana. Não é recente e foi considerado um livro muito bom. É-o de facto.
E já comecei outro, acabado de sair - tem dias -, intitulado "Jusqu'ici tout va mal", de Cecile Amar, uma especialista em faunos da política e que aqui se ocupa de Hollande, depois de já ter escrito sobre Ségolène Royal e Lionel Jospin.
Porquê este último? Porque, por motivos sentimentais, a França é, para mim, uma espécie de segunda pátria e o seu actual presidente constitui, aos meus olhos e parece que aos dele próprio, um verdadeiro enigma.
Se não, vejamos. A obra obra abre com a frase de Hollande "Vous me demandez qui je suis? Ça, c'est une question terrible...".
Será preciso dizer mais?!

HSC

O trigo e o joio...


"Há gente na RTP que não faz puto".

A afirmação é de Alberto da Ponte, presidente do Conselho de Administração da RTP em entrevista à revista Notícias TV, que sai com o Diário de Notícias e Jornal de Notícias.
"Aquilo que me preocupa na RTP é que continuo a ver o trigo e o joio. Continuo a ver na RTP profissionais que trabalham 13 a 14 horas por dia e continua a ver na RTP profissionais que não trabalham puto", disse Alberto da Ponte. "
E isso é uma situação que tem de ser corrigida e vai ser corrigida através de uma avaliação que vai ser feita", disse o presidente da RTP.

À maneira dos irmãos Dupond, eu diria mesmo mais, que me parece que essa avaliação já deveria ter sido feita há muito tempo!

HSC

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Uma questão de carácter

Julgo que sobre o caso Hollande  - sentimental, claro, porque o outro ainda está longe do fim - já tudo se disse. Mas com o assentar da poeira e com alguma frieza, julgo importante que sem personalizarmos muito, façamos algumas considerações sobre o que certas posições revelam do caracter de uma pessoa. 
O divórcio seja ele de um casamento ou de uma união de facto é sempre uma ruptura e esta é, por norma, fonte de dor. Por isso se espera que os seus intervenientes se comportem com a maior dignidade, quer haja ou não filhos. É um problema de respeito mútuo e um tributo aos anos passados em conjunto.
Apesar de Valerie Trierweiller não me ser pessoalmente simpática - confesso que me pareceram sempre de algum exibicionismo os beijos glamourosos dados publicamente a Hollande, em várias ocasiões -, a verdade é que esta mulher foi sujeita a uma humilhação pública tremenda. E um homem que sujeita uma mulher com quem vive há oito anos a esta humilhação, terá tudo menos respeito por ela.
Ao que consta em França, deixou-a voltar ao apartamento que ambos haviam alugado em Paris, mas deu-lhe prazo de saída para arranjar casa própria. E parece que terá dado instruções para que, na vinda da India, Valerie já não gozasse das prerrogativas de segurança com que para lá foi. A ser verdade, mostra que, ao contrário do que diz, Hollande não é um homem normal. A maioria dos homens normais não se comportam assim, felizmente.
O Presidente francês arrogou-se ser o rei Sol e fazer o que muito bem entendeu. Saíram-lhe algumas contas furadas. Nem ele é rei, nem os franceses são parvos. Esta história, num tempo em que a sua popularidade é baixíssima vai custar-lhe caro no eleitorado feminino. E eu compreendo, porque se fosse francesa consideraria, depois disto, que o carácter deste homem deixa muito a desejar...

HSC

domingo, 26 de janeiro de 2014

O fim


O presidente francês confirmou, este sábado, numa declaração exclusiva à France Press, o fim da sua relação com Valérie Trierweiler, colocando um ponto final a quase duas semanas de rumores alimentados pela comunicação social.
Valérie Trierweiller abandonou "La Lanterne", a residência oficial do presidente, e instalou-se num apartamento que havia arrendado com Hollande, em Paris. 
Hoje, deverá viajar para a Índia, a fim de participar num evento da ONG "Acção contra a Fome". 

HSC

O sexo, apesar da crise


Uma análise estatística feita pela Agência de Saúde Pública de Barcelona, baseada no primeiro Inquérito Nacional de Saúde Sexual realizado em Espanha chegou à conclusão de que quanto mais invejável é o nível social, mais chances a sexualidade tem de ser melhor.
Para sustentar esta tese 9.850 espanhóis responderam a uma longa série de questões indiscretas que, posteriormente cruzadas com dados socio-económicos, permitiram aquela conclusão. 
Segundo Dolores Ruiz, a profissional responsável por aquele estudo "é nas camadas mais desfavorecidas da população que, em média, se está menos satisfeito com a vida sexual e é nas mulheres que esta diferença mais se acentua".
Os diversos factores invocados são um menor acesso à contracepção, uma maior dificuldade de encontrar parceiros e uma maior prevalência de abusos sexuais e de relações impostas.
Todavia e apesar do impacto da crise, os espanhóis na sua grande maioria - perto de 90% - continuam a considerar-se "muito satisfeitos" ou " razoavelmente satisfeitos" com a sua vida sentimental.
( in Le Nouvel Observateur de 23 a 29 de Janeiro)

Questão para dizer "ah! latinos"...

HSC

sábado, 25 de janeiro de 2014

Mais outra demissão

Ana Drago apresentou hoje a demissão da Comissão Política do Bloco de Esquerda na Mesa Nacional do partido.
Na carta de demissão, pode ler-se que “as discussões que ocorreram ao longo das últimas semanas no seio da Comissão Política tornaram clara uma divergência profunda e fundamental sobre a estratégia do Bloco na presente conjuntura”.
A bloquista refere-se concretamente à questão colocada ao Bloco deste vir a integrar uma candidatura convergente com o Manifesto 3D (Dignidade, Democracia e Desenvolvimento) e o partido LIVRE para as eleições europeias, a realizar a 25 de Maio.
A ex-deputada diz que o partido recusou a proposta de convergência e não “equacionou” sequer a possibilidade de isso acontecer.
Ana Drago, que deixou o Parlamento em Agosto passado, acredita que a convergência seria um passo essencial na construção de uma esquerda alternativa que, embora não fosse fácil nem correspondesse à solução para todos os problemas, iria permitir debater a Europa e “lançar uma dinâmica de alargamento e mobilização que fazem hoje muita falta ao Bloco”.
Ainda no mesmo documento, Ana Drago salienta que a decisão a entristece, mas foi muito ponderada. E termina dizendo que não sabe se irá ter, um dia, a solução para a esquerda, mas não quer neste momento fazer parte do problema.
Há algum tempo que se esperava esta decisão de Ana drago, na sequência da actual bicefalia do BE e das saídas que têm vindo progressivamente a ser feitas.
Pode gostar-se ou não de Francisco Louçã. Mas não se pode negar a falta que ele faz ao partido!
HSC

Again...


“O presidente da Assistência Médica internacional (AMI), Fernando Nobre, em relação a uma nova corrida a Belém, disse estar em “período de reflexão”, no programa ‘Discurso Directo’, da TVI24. Porém, referiu ser “extemporâneo e precipitado” falar de eventuais candidaturas às eleições presidenciais”.


Espera-se que reflicta bem e muito. Há gente que não aprende!

HSC

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

O humor francês

A marca existe. Tive o cuidado de verificar.

HSC

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Inteligência emocional

15 Signs That You Are Emotionally Intelligent
JANUARY 14 BY DANIEL WALLEN IN COMMUNICATION, MOTIVATION

Leia e dê as respostas. Não tenha receio. Faça o seu teste. Eu já fiz...

Emotionally intelligent people aren’t ruled by their thoughts; they are the master of them. Discover your emotional strength today with these 15 signs that you are emotionally intelligent.
1. You’re Fascinated by What Makes People Tick.
Emotionally intelligent people are fascinated by human behavior. They notice things like body language, dialect, and personal tics. Being a people-watcher helps them find clues about what makes each individual special.
2. You’re an Enthusiastic Leader Who Walks the Walk.
Emotionally intelligent people know it’s silly to talk the talk if they’re not willing to walk the walk. Instead of leading behind by delivering commands, they lead from the front by setting an example.
3. You’re Aware of Your Strengths and Weaknesses.
Emotionally intelligent people know you’re not as weak as your weakest link; you are as strong as your strongest link. They use their greatest strengths as much as possible to make their weaknesses a moot point.
4. You’re at Peace with the Past.
Emotionally intelligent people don’t have time for regret. They drop their baggage and move forward into the present, because that’s where progress happens.
5. You’re Not Freaked Out About the Future.
Emotionally intelligent people don’t obsess with future events outside of their control. They are comfortable living in a world that doesn’t come with a crystal ball, because life is meant to be an exciting adventure (not a scripted routine).
6. You’re Tuned in to the Present Moment.
Emotionally intelligent people don’t merely “get through” their hectic day. Instead, they actively experience the nuances of every single moment of every single day.
7. You’re a Skilled Active Listener.
Emotionally intelligent people know that “hearing” and “listening” are two different things. They re-phrase a person’s statements in the form of a question to make sure nothing got lost in translation.
8. You’re Capable of Figuring Out Why You’re Upset.
Emotionally intelligent people don’t let a chorus of negative self-talk take over their brain. They are detectives who explore their environment, searching for clues that reveal why they feel the way they do and (most importantly) what they can do to make it better.
9. You’re Comfortable Talking with Friends and Strangers.
Emotionally intelligent people never met a stranger they didn’t like. They don’t care about a person’s age, race, religion, gender, sexual orientation, or political affiliation; they love everybody equally, because we’re all human here.
10. You’re Ethical in Business and Relationships.
Emotionally intelligent people follow their moral compass in business and life. Their values might differ from person to person, but high standards govern their behavior.
11. You’re Eager to Help People.
Emotionally intelligent people don’t need a reason to help others. They help elderly women with their grocery bags; offer to wash the dishes if a friend or partner prepared dinner; and hold doors open, not just for ladies, but gentlemen as well.
12. You’re Able to Read People Like a Book.
Emotionally intelligent people can translate the meaning of gestures, expressions, and body-language. They know you can’t depend on language alone, because a person’s physical presence is often at odds with the words they express.
13. You’re Firm in Your Desire to Achieve.
Emotionally intelligent people strive for success, no matter how long it takes. They are willing to deal with setbacks and address shortcomings, because you don’t lose until you quit.
14. You’re Motivated for Reasons Inside of Yourself.
Emotionally intelligent people build motivation that lasts. They detach themselves from the end result and focus on enjoying the process. Personal development doesn’t happen at the moment of achievement, but during the growth process that leads to success.
15. You’re Willing to Say “No” When You Have To.
Emotionally intelligent people know there can be too much of a good thing. They know they can’t do everything, so they set priorities determined by what is most important to them.


Então como foi? Está contente com o resultado? Possui inteligência emocional?

HSC

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

O lado negro das praxes

Abordo hoje o tema das praxes académicas, que tem estado na ordem do dia pelas piores razões.
Devo confessar que tais tradições sempre me deixaram de pé atrás – onde estudei elas não existiam –, porque infelizmente aquilo que supostamente seria uma maneira de integração dos novos alunos está, a meu ver, a tornar-se num meio de humilhação, de desrespeito e até de ameaça à própria vida. A situação é profundamente lamentável e exige que se tomem medidas urgentes.
A grosseria e a violência destas práticas atingiram níveis tão inadmissíveis que não podemos continuar a encolher os ombros, ou a não nos indignarmos.
É que todos somos mais ou menos cúmplices do que se passa, consequência de uma certa forma de demissão das funções paternas e de uma educação com fortes laivos de laxismo e permissividade.
Parece ser cada vez mais a altura de pensarmos nisto, num tempo em que quase todos os jornais admitem que a tragédia do Meco poderá ter tido como origem praxes académicas.

HSC

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

As crianças precisam de amor


Mais uma votação para esquecer. Vamos para um referendo sobre a adopção e co-adopção. Se a lucidez e inteligência prevalecerem, o Tribunal Constitucional mandará às urtigas a pretensa inquirição.
Conseguiu-se, de facto, um duplo objectivo. Ninguém falar do OE e suas gravosas medidas – já aí vem um rectificativo a caminho – e atrasar a resolução de um problema que aflige algumas famílias e muitíssimas crianças.
Assim, mais de 17 mil crianças institucionalizadas continuarão a aguardar quem lhes proporcione um lar, e os filhos de um dos cônjuges de um casal homossexual continuarão a ficar privados de um pai ou de uma mãe, no caso de desaparecimento de um deles.
Pode-se gostar ou não da nova realidade que são os casais do mesmo sexo. Mas tenho dificuldade em compreender que se prefira o internamento de uma criança numa instituição social, ao calor afectivo de uma família, seja ela de que natureza for. Só quem nunca visitou estas instituições e viu o olhar das crianças que lá se encontram poderá fazer tal escolha.

HSC

O esbulho dos 707

Telefonar para números começados por 707 custa uma fortuna, em particular se for de um telemóvel.
Estes números (chamados únicos pela PT) não são considerados números pertencentes à rede fixa - vá lá perceber-se porquê - pelo que são sempre pagos, mesmo por aqueles que contractualizaram uma mensalidade com a promessa de terem chamadas grátis.
Além disso estes números de telefone começados por 707, para além de apresentarem um elevadíssimo custo para quem faz a chamada, raramente são acompanhados do seu custo por minuto. Só quando se recebe a factura ou o saldo do telemóvel termina, é que se tem a percepção do esbulho de que fomos alvo.
A ANACOM Autoridade Nacional de Comunicações tem recebido um volume considerável de denúncias e reclamações de consumidores relativas ao uso indevido deste prefixo.
Como se não bastasse o já de si elevado custo dos 707, nalgumas das situações fiscalizadas por aquela autoridade foi detectada a sua utilização para a prestação de serviços de audiotexto, o que aumenta exponencialmente o custo das chamadas e levou a que tivessem sido instaurados processos contra-ordenacionais.
Por outro lado, em muitos casos, os 707 surgem acompanhados de designação de “chamada local” ou “número azul” - o que é falso, pois estas chamadas são as que utilizam o prefixo 808 – confundindo assim quem faz a chamada e pensa tratar-se de números de baixo custo.
Telefonar do telemóvel para um 707 custa, pelo menos, três vezes mais do que do fixo.*
Mais grave ainda é o facto de muitos números de telefone oficiais estarem a mudar para 707 na prestação de serviços informativos que constituem uma obrigação, como é caso do Portal das Finanças (707206707). 
Nos seguros a moda também pegou. Quando se circula de automóvel e se tem um acidente, o natural será ligar para a seguradora através do telemóvel. E qual o prefixo da maior parte dos números de assistência disponibilizados pelas seguradoras? Os 707, é claro! 
Será que alguém recebe uma percentagem sobre os elevados custos que os desafortunados que necessitam de apoio são obrigados a pagar? Não será altura de alguém responsável acabar com esta situação?

HSC

* 0,10€/minuto/rede fixa
  0,25/minuto/rede móvel com tarifação ao segundo 
  após o 1º minuto

Assessores


"...no Governo há “assessores de aviário”, jovens promissores de 20 e poucos anos a vencer 3.000€ mensais. Expliquem-nos a razão por que um pensionista paga CES e IRS e estes jovens só pagam IRS!
Ética  social da austeridade?”

Bagão Félix (Público 2014.01.13)

Este texto foi roubado à Ana Vidal, que o postou no blogue Delito de Opinião. Confesso que não li o jornal, pelo que apenas agora tive conhecimento do facto aqui narrado, que só me não surpreende porque, creio, isso já será impossível. Mas também gostava de saber a resposta à pergunta!

HSC

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Quanto mais ricos...


Amanhã vai ser debatido publicamente um estudo da Universidade Católica Portuguesa e do Instituto Luso-Ilírio para o Desenvolvimento Humano, que revela que as pessoas que recebem mais de 4 mil euros por mês são tão infelizes como aquelas que recebem menos de 500, e que conclui que quanto mais ricos e instruídos, menos solidários são os portugueses. 
O estudo revela ainda que os possíveis culpados deste quadro social poderão ser a educação orientada para o carreirismo e o individualismo que lhe está subjacente.
Ora aqui está algo que nos deverá fazer pensar, no actual estado de crise em que vivemos, na sociedade que pretendemos deixar aos nossos netos. Porque é deles que, verdadeiramente, já se trata.


HSC