O Estado americano está, desde ontem, parado. É verdade. A
excepção são os serviços considerados vitais. Assim, os oitocentos mil
funcionários que não cabem naquela classificação, foram mandados para casa, sem
serem pagos nem tão pouco saberem quando voltam ao trabalho. Chama-se a esta
situação - de falta de dinheiro para pagar aos funcionários - de shutdown e,
desde 1976, aquele país já a experimentou por dezassete vezes.
O que é que se passa? O Senado - de maioria democrata - quer um orçamento com aumento de impostos e a Câmara dos Representantes - de maioria republicana - não está para aí virada.
Esta discussão dura já há mais de um semestre e os republicanos, para votarem o orçamento que evitaria esta paragem, exigiram cortes na reforma do sistema de saúde defendido pelo Presidente.
Como não houve acordo, chegou-se ao orçamento e, sem a sua aprovação, ao shutdown. Claro que os congressistas continuam a ganhar o seu salário, os pequenos funcionários é que sofrem um corte radical.
Curiosamente, sublinhe-se, um tal cataclismo não origina convulsões sociais, como aconteceria certamente num país europeu. O porquê deste comportamento é difícil de entender.
Mas foi assim que em 1995, passe o voyeurismo, o shutdown no mandato de Bill Clinton, teve inesperadas consequências. É que foi por a Casa Branca ter ficado ficado sem funcionários, que o Presidente chamaria a sua estagiária, Monica Lewinski, a qual viria a protagonizar a história rocambolesca que se conhece.
Espero que Michel Obama esteja atenta ao passado, para preservar o presente ...
Espero que Michel Obama esteja atenta ao passado, para preservar o presente ...
HSC
Michel Obama está atenta e Obama é mais esperto de que todos julgam e vai conseguir o que pretende sem "Mónicas":)
ResponderEliminarDiziam e falaram que ele iria atacar de imediato a Síria...e a prova está à vista de todos.
Tomara Europa erguer-se das cinzas tão rápido quanto eles.
Cara Fatyly
ResponderEliminarNão foi propriamente por vontade de Obama que a América não atacou a Síria. Nesse campo e na Europa, só Hollande parecia não ver. Cameron teve de enfiar a viola no saco, perdõe a expressão, quando o seu próprio partido, não alinhou com ele.
A Europa está velha e decadente, mas neste caso fez frente, e bem, a Obama.
Acabo de regressar desses sítios, ontem e anteontem parecia nada se ter passado... Afinal que são à escala dos EUA, 800 mil, num país que tem quase 300 milhões de habitantes?! Uma gota de almas num país onde o privado é que conta e por isso as convulsões não se fazem sentir. Porém há que dizer que os militares e funcionários ligados à segurança não correm o risco de ficar sem salário (assim por lá diziam os jornais,)
ResponderEliminarp.s. Ao ler lá os jornais nunca consegui encontrar uma palavra que traduzisse o"shutdown" mas pensei que fosse deficiência minha, porém com espanto nos jornais portugueses que distribuíram no avião também a palavra não vinha traduzida...
Gostava de concordar consigo, querida Amiga, mas se o Hollande queria ir, o Cameron nao foi porque já nem maioria parlamentar tem e a Sra. Merkel so cuida do seu jardim e da sua horta, como dizer que a Europa fez frente ao Obama? A Rússia representou aqui a Europa, responde-me a Helena?
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ResponderEliminarPois também acho que o Obama fez uma figura desnecessária , diría mesmo infantil , do tipo "segurem-me que senão eu mato-o" , nesta história toda da Síria e que vai começar a caír-lhe em cima (já começou) a pouco e pouco .
Isso mesmo se depreende da leitura diária dos jornais locais (e não pelos excertos que nos são servidos aqui por um imprensa obamaníaca).
O lado bom da Europa estar velha é que tem alguma saber de experiência feito e segurou-o , como muito bem diz a Drª Helena , acho que não nos devemos esquecer que todas as grandes guerras começaram aqui e todos os ismos nasceram aqui .
E também não nos podemos esquecer que a Europa nunca viveu um período de paz generalizada tão longo como este que nos calhou a muitos .
A emitir moeda à velocidade a que o têm feito e com quase 30% da dívida nas mãos da China (há 10 anos pouco passava dos 5%)podem enganar muita gente durante algum tempo mas estas coisas têm um limite e o FED já o percebeu .
RuiMG
PS - Há uma gralha no texto , é Michelle .
Ó Alcipe o seu conceito geográfico de Europa é muito restrito. E o resto, não conta?!
ResponderEliminarNão foi por vontade de Obama que os States não atacaram a Síria, foi porque outras vozes se ergueram, incluindo o Conselho de Segurança.
É por isso que não estou descansada e acredito que Obama voltará à carga, eventualmente alicerçado na dificuldade que os observadores irão ter. Veremos...
Dra. Helena, o "caso" com o Cliton, teria sido em 1995 e não em 1955, pois em 1955 ela ainda não era nascida...
ResponderEliminarMas não são estes mesmos americanos que fizeram de "polícia" no Vietname, Iraque e agora Síria?... Quem não resolve os problemas de casa, como quer resolver os dos outros? Deviam cortar os vencimentos também a todos esses políticos que estão no governo, e não só aos 800 mil!
ResponderEliminarCaro Anónimo das 13:58
ResponderEliminarClaro que tem toda a razão. "Pirei" com as autárquicas, está visto...