Há, para mim, três dores muito penalizantes. As dores de costas, as dores de cabeça, as dores de alma.
Há dias em que as dores de costas - seis a oito horas diárias à frente de um computador ...- são insuportáveis. Mudo de posição, levanto-me, volto a sentar-me, estico-me, mas nada. Elas estão lá, indiferentes aos meus esforços. Quase que lhes oiço a gargalhada e a voz roufenha a dizer-me "querias que eu me fosse embora, não querias? Mas não vou. Gosto de estar aqui contigo. Subo e desço da cervical à lombar e divirto-me. Aguenta-te e aguenta-me".
Outros dias são as dores de cabeça, latejantes nas têmporas e vislumbrando pontos luminosos intensos como uma chuva de estrelas. Procuro o quarto escuro e o silêncio. O menor ruído ou raio de luz, intensificam a vaga sensação de agonia que as acompanha.
Menos frequentes, as dores de alma. Mas quando doem é como se todo o corpo fosse triturado, como se presente e futuro não existissem e o passado fosse uma vaga mancha na memória. Solução possível é correr, andar de bicicleta, nadar, queimar toda a espécie de calorias. Apenas está proibido chorar, porque o choro aumenta a dor.
Estas são, para mim, as dores do ofício de viver. Intensas, as malandras. Mas nunca definitivas!
HSC
Coitada, Helena. Não é bom nem para a cabeça nem para as costas estar ao computador tantas horas de seguida. É fazer a empreitada por turnos. Duas horitas no máximo e depois ir dar uma esticada, um passeiozito, depois descansar um pouco, uma buchazita, uns alongamentos, depois retomar. Arejar a cabeça e movimentar o corpo são bons antídotos para tudo - até para as dores de alma.
ResponderEliminarEspero que vá conseguindo evitar essas malandras mas, se elas espreitarem, então que as consiga domesticar.
Um bom fim de semana, Helena!
Acho mesmo..que muitas vezes.o choro é um alívio...um rio a correr naturalemnete pela vida!! Adorei suas reflexões nesse espaço!!!abraços carinhosos
ResponderEliminarAi as dores, ai as dores... Para as dores de cabeça latejantes, dessas que até agoniam só o gelo na cabeça alivia. Aqui fica a receita, molhar um lenço (pode ser um bocado de lençol velho) e coloca-lo no congelador juntamente com a faixa de gel fria reutilizável durante uma hora no frio. Depois colocar a faixa de gel na cabeça (devidamente protegida) e apertar com o lenço frio na zona da dor. descansar durante algum tempo no quarto escuro. Comigo o gelo tem resultado em quase tudo o que são inflamações e dores. As melhoras.
ResponderEliminarComo eu a compreendo minha amiga!(que apenas conheço )das suas escritas e da T V rio com as suas inconfundíveis gargalhadas e sofri com a doença do seu filho, fico feliz de as ver com neto que estuda por cá, são esses momentos que ajudam a tirar dores .
ResponderEliminarOs meus cumprimentos
Manuela
A minha cervical hoje também está a dar sinal de que cá está!
ResponderEliminarSinceramente, já começa a aborrecer!
Um beijinho
Vânia
Só lhe quero dizer, que muito admiro pelo bom som das gargalhadas que dà no programa da Julia Pinheiro, não perco um progama em que entra,, desejo um bom fim de semana
ResponderEliminarTal como U.J.M. referiu, acredito que vai continuar a contornar e a domesticar essas malandrinhas.
ResponderEliminarEu vou tentar fazer o mesmo... cumprindo a máxima de que “A dor é inevitável, o sofrimento pode ser opcional...” (Carlos Drummond de Andrade).
Beijinho
Que bom que é ler o que escreve, faz bem à alma.
ResponderEliminarBeijinho e bom fim de semana
Muito obrigada pela lição. Eu costumo chorar e não percebia porque não ficava melhor. Agora sei porque é que a minha dor não diminuía.O chorar não deixa.
ResponderEliminarVou seguir a lição de dar cabo da dor de alma, massacrando o corpo. Pelo menos faz bem à "linha"
Maria
Também sofro dores físicas - enxaquecas. São horríveis, paralisantes e crónicas. Desgastam-me... Beijinhos, Helena.
ResponderEliminarE a mais penalizante de todas é a dor de korno
ResponderEliminarBom dia,
ResponderEliminarBem sei que venho fora de tempo mas foi quando li o post. Quando tem dores de costas consulta um fisioterapeuta? Sou apologista de minorar as dores tratáveis, desejo-lhe uma vida sem dores.
Cumprimentos,
Sofia Baptista
Cara Sofia B
ResponderEliminarFoi a fisioterapia que me evitou ser operada a uma hernia discal.
Também sou apologista de minorar dores tratáveis!