O relatório do BCE relativo à utilização de cartões bancários mostra que
existem grandes variações nos países da União Europeia e que estas se situam
entre um mínimo de 0,6 cartões por habitante na Roménia e os 3,3 no Luxemburgo.
O número de pagamentos por ano e por habitante, varia entre os 16 da
Roménia e os 236 da Finlândia.
Já o valor das transacções oscila entre os 12.738 euros no Reino
Unido e os 1.294 na Roménia.
Portugal - com uma média de 1,9 cartões por habitante -, surge em quarto
lugar, a seguir ao Luxemburgo (3,3), Reino Unido (2,3) e Suécia (2,1) e acima
da média da União Europeia (1,4).
No que respeita ao número de pagamentos por ano e por habitante (158)
ocupa o sétimo lugar e no que diz respeito ao valor das transacções, com 8.067
euros, surge na décima posição.
Ainda segundo aquele relatório, a fraude com cartões tem vindo a
diminuir desde 2007, mas em Portugal, registou-se tendência contrária, com a percentagem de fraude no valor total das
transacções a aumentar 14%.
No passado tive grandes dúvidas sobre a eficácia deste meio de pagamento entre nós, dado o grau de ileteracia nacional. Errei e ainda hoje me interrogo como é que pessoas que não sabem ler nem escrever utilizam, por memorização, o cartão de crédito nas caixas multibanco. Mistérios...
HSC
Bom dia,
ResponderEliminarainda ontem, falava com o meu marido sobre a adaptabilidade natural do português às novas tecnologias.
Em tempos, enquanto "moça" viajada, deparava-me com essas diferenças, quer no uso do cartão de multibanco/crédito, quer no uso do telemóveis e portáteis. Mesmo nos países nórdicos, parecia-me que eles estavam a anos de luz da utilização que nós por cá já fazíamos.
E, como tudo, certamente tanta à vontade também acabará por trazer outras consequências.
Pessoalmente, confesso, sou utilizadora do cartão MB (apenas tenho um cartão e também não tenho cartão de crédito, acho-o um perigo para a saúde financeira em geral), o meu telemóvel só serve para fazer e receber chamadas e o computador ainda é fixo, puro instrumento de trabalho.
E não me parece que esteja deslocada no tempo.
Cumprimentos,
Cláudia
Sobre os cartões de crédito/débito, eu tenho 1 que uso e guardo no bolso. Curiosamente, entre nós, tenho visto senhoras e homens que, no momento do seu uso, fazem questão de mostrarem em carteira própria os respetivos cartões, com uma parte visível, 10 ou mais unidades. Será para ostentação?
ResponderEliminarConvenhamos que um cartão de débito/crédito é muito prático. Lembra- me que, durante os 15 anos que com os filhos fizemos férias por esta Europa, como o € era ainda um sonho e os cartões inexistentes, era complicado! Portanto tínhamos que levar todo o dinheiro para as três semanas que,normalmente, íamos de férias. Assim todas as noites se faziam rigorosamente contas do que se tinha gasto, embora houvesse um quantitativo que "não existia" isto é, que só seria gasto em situação de emergência!
ResponderEliminarHoje esse problema já não se põe o que não quer dizer que se gaste em tudo o que nos dá na "real gana"!
Ser economicamente equilibrada/o é inclusivamente um dever para não ter sobressaltos na vida...
Cara amiga, não se pode negar que a taxa de literacia (ou alfabetização) dos portugueses subiu imenso nos últimos 40 anos - não parece, mas os números estão no estudo do António Barreto. Por outro lado, a minha mãe é licenciada em Direito e nunca se habituou aos cartões de crédito. É certo que minha mãe tem 90 anos e os cursos de Direito no tempo dela deixariam certamente a desejar, comparados com os das actuais universidades modernas, livres e autónomas - mas também não deixavam os seus licenciados propriamente em estado de iliteracia... Com amizade
ResponderEliminara) Alcipe
Meu caro Alcipe
ResponderEliminarAprendi na Universidade e, depois, na escola da vida profissional, que as estatísticas servem para tudo!
Claro que a ileteracia de há 30 anos, quando me começaram a falar do dinheiro de plástico, não era a de hoje. Mas se você estivesse a ensinar na Universidade veria - como eu vejo - a surpreendente ignorância nacional em questões tão básicas como a História ou a Língua Pátria...
No entanto, as estatísticas só medem os resultados finais. Exceptuo a PORDATA, que nos tem fornecido elementos preciosos sobre quem somos e como somos.
Você é, está de ver, muito mais optimista do que eu!
Registei que a Dalma se deixou, pelo menos hoje, de se desgrunhar em argumentos para se apôr do lado de lá e.....está cá.
ResponderEliminarEstá a ver Dalma como nem sempre é preciso estar aos berros para ser ouvida?!
Que bom que é passar por cá. As suas histórias são sempre por mim recebidas com um suspiro.
Queria enviar-lhe um beijinho aqui do porto,
A. Malheiro
O sistema português de cartões é melhor que os congéneres europeus e, baseia-se num sistema de débitos (e não crédito) e usa-se em imensos serviços. Por exemplo, pago o passe no multibanco e ainda noutro dia tinha uns srs na fila atrás de mim a espreitar como se fazia. É um sistema fantástico que está mesmo muito bem explorado! qualquer viagem pela Europa demonstra um sistema de cartões bem mais limitado que pouco mais faz que levantamentos.
ResponderEliminarO cartão de crédito é essencial quando se sai do país. Cá usa-se o de débito que é mais realista!!
ResponderEliminarNão é preciso ler muito bem para usar um cartão de crédito, penso que há muitas pessoas letradíssimas que os não usam. O meu ex- ( juiz) é contra e paga tudo em dinheiro. Não consigo imaginar o que seja!!
Bjo
Caro/a A.Malheiros
ResponderEliminarOu é falta de compreensão minha, ou incapacidade absoluta sua de comunicar por escrito pois não percebi ABSOLUTAMENTE NADA a onde queria chegar!
Caros comentadores
ResponderEliminarQuando falei em memorização referia-me ao uso das caixas multibanco. No resto, saber ou não ler, não será importante.
ResponderEliminarCara Drª Helena
A propósito do seu comentário das 15.34 lembrei-me que há 2 maneiras de mentir : uma é não dizer a verdade e a outra é fazer estatística .
RuiMG
P.S. - Muito oportuna a sua referência à PORDATA , recorro diáriamente ao seu site e sou leitor quase compulsivo dos livrinhos publicados pela Fundação Francisco Manuel dos Santos .
Eu não utilizo cartões.
ResponderEliminarUm beijinho,
Vânia
Como detesto andar com dinheiro,
ResponderEliminarleia-se mais de cinco ou dez euros, o cartão multibanco foi uma optima invenção. O de crédito, bem gerido, sem deslumbres tambem facilita a vida, e pudemos evitar os juros.
Se alguma vez tivesse ido na conversa dos bancos, que me continuam a oferecer cinco vezes mais do que devem, sentir-me-ia respondavel pela dívida que atormenta este País. Assim não.